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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Fico doida

De manhã arranjei os gémeos. Troquei a fralda ao salvador e vesti-o. Depois fiz o mesmo ao Santiago. Terminada a tarefa arrumei as toalhinhas, peguei na roupa suja para colocar a lavar e preparei-me para apanhar as fraldas. Digo preparei-me porque estas não estavam no chão onde as tinha pousado. Perguntei aos mais velhos se as tinham visto, ou colocado no lixo, mas a resposta foi negativa. 

Comecei à procura das ditas ao mesmo tempo em que os nervos começavam a subir. Procurei por todo o lado e nada. Ao mesmo tempo via os minutos a passar e sabia que já estava a ficar atrasada. Procurei mais um pouco e desisti. Preparei-me para sair, mas quando estava a fechar a porta lembrei-me de ter ouvido o barulho de uma gaveta a fechar. 

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 Lá estavam elas na gaveta da papelada. Acho que, de tanto nos verem enfiar papeis para lá, ficaram a pensar que era um caixote de lixo.

 

 

A vizinha agradeçe

Os gémeos estão naquela fase horrorosa de atirar tudo pela janela. Claro que se fossemos pessoas com sorte esta fase ocorreria no inverno quando temos quase sempre as janelas fechadas por causa do frio e da chuva. Mas claro que não poderia ser assim. A destino têm alguma tendência a não nos facilitar a vida pelo que agora temos que lidar com este problema. Podemos manter as janelas fechadas evitando assim que objectos, estranhos, sejam arremessados pela janela enquanto assamos lentamente dentro de casa, devido ao calor. Ou então podemos abrir as janelas para apanhar ar e ouvir os rapazes a chorar que deixaram cair alguma coisa. Até ao momento já atiraram uma chucha, meia dúzia de brinquedos, bastante roupa e um ordenado de molas.

A vizinha do res do chão até deve agradecer porque vai ficar com um stock ilimitado de molas que duraram a vida toda. Eu é que não gosto nada passo a vida a comprar molas e quando preciso não tenho nenhuma.

Quando não é uma coisa é outra.

Ontem estava a fazer o jantar e os gémeos vieram ter comigo à cozinha. Como não estava a utiliza o forno perceberam que não havia anda para brincar e foram embora. Eu continuei o que estava a fazer até sentir falta deles. Por norma passam o tempo todo a passear entre a sala e a cozinha. Passou-se mais de dois minutos sem que viessem te comigo e eu logo vi que havia coisa. Fui à sala e não os vi. Fui ao quarto e nada de gémeos. Comecei a experimentar tentar abrir as restantes portas para confirmar se alguma tinha ficado destrancada por esquecimento mas nada. Estavam todas trancadas o que significava que os gémeos tinham que estar nalguma das divisões onde já tinha procurado. Volta a fazer nova ronda e oiço barulho que me parecia vir da despensa. Abro a porta e deparo-me com os dois lá dentro a fazer das suas. Meteram-se dentro da despensa, fecharam a porta e ficaram lá dentro às escuras a espalhar a reciclagem. Acabei por acender a luz e tirar uma foto aos sacanas.

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Fico de cabelos em pé

Estes meninos mais pequenos vão de mal a pior, é quase impossível estar em casa com os dois sem endoidecer. Apesar de ter as gavetas todas trancadas eles descobriram que conseguiam tirar talheres pela ranhura que fica.

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 Claro que foi uma animação com eles a tirarem talheres e a espalha-los pelo chão. Adoram atirar tudo o que faz barulho e eu agradeci o facto de os vizinhos de baixo não estarem a ouvir aquela barulheira. Tentei de todas as formas, possíveis e imaginárias, que eles deixassem a gaveta em paz mas sem sucesso. Então resolvi tomar medidas mais radicais uma vez que estava farta de apanhar talheres.

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Sim filmei a bandeja dos talheres, eles depressa perderam o interesse porque já não conseguiam tirar nada da gaveta.

Viraram então a tenção para uma gaveta diferente.

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Desarrumaram, brincaram e até tentaram arrumar mas sem sucesso.

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Eu arrumei os panos várias vezes mas assim que os arrumava eles iam logo espalhar tudo novamente. Optei por não arrumar mais. Quando o marido chegou a casa arranjou a tranca da gaveta e já não há panos espalhados pela casa.

Perto da hora da almoço fui fazer sopa para lhes dar. Deixei-os entretidos, ainda a brincar com os panos. Estava a descasar as coisas e começo a ouvir um barulho diferente. Fui ver o que se passava e vejo que o Santiago tinha arrastado uma cadeira até ao pé do aparador. Subiu para cima dela e estava todo contente a escavar nas pedras do meu centro de mesa.

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 Pedrinhas azuis por todo o lado. Tive uma trabalheira para arrumar tudo.

Depois de almoço dado e casa arrumada fui estender uma roupa que se demonstrou uma tarefa quase impossível. O Salvador não pode ver ma janela aberta que trata logo de a fechar. Nenhum dos dois pode ver o cesto das molas porque espalham as molas por todo o lado. Então eu comecei a estender roupa e vieram logo os dois a correr. Eu pegava numa peça, ia ate ao frigorifico de onde tirara duas molas do cesto, abria a janela e tentava estender a roupa enquanto o Salvador empurrava a janela contra as minhas costelas para a fechar. Eu colocava-me para dentro e ele fechava a janela. O Santiago estava entretido a espalhar a roupa lavada pelo chão  o que me dificultava ainda mais a tarefa. entretanto o Salvador ouviu a musica duns bonecos interessantes e saiu da cozinha.Eu aproveitei para estender a roupa sem estar sempre a abrir a janela e a levar com ela. Vou buscar molas e vejo o Santiago a preparar-se para deitar uma peças de roupa pela janela. Felizmente consegui salvar a roupa mas tive que continuar a abrir e a fechar a janela até acabar.

Perto das  duas da tarde deitei-os para dormir a sesta e adormeceram imediatamente. Até eu dormi a sesta de tão cansada que estava destes pestes. 

Sempre a aprontar

Ontem ao final do dia  eu estava na cozinha a fazer umas sopas, o marido falava ao telefone com alguém do trabalho a tentar resolver uma situação e os gémeos estavam na sala a ver o Ruca. Eu ia espreitado para a sala, enquanto descascava os legumes, para ver se eles não estavam a fazer asneiras. Lavei os legumes e coloquei tudo ao lume. Quando me despachei percebi que existia uma ausência de barulho. Não barulho barulho porque o marido continuava ao telefone, o exaustor estava ligado e o bico do gás a chiar, contudo faltava o barulho dos gémeos. Que têm filhos sabe que quando estão acordados e calados isso significa que estão a fazer asneiras.

Espreitei para a sala e não os vi, corri à procura deles e encontro-os a aprontar, claro.

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 Tinha acabado de abrir um pacote novo e eles só pararam quando o pacote chegou ao fim. 54 toalhinhas espalhadas no chão e eles todos molhados de estarem em contacto com elas,

O que pode correr mal em trinta minutos.

Ontem cheguei a casa depois do trabalhos e fiquei sozinha com os gémeos e o Leonardo. O marido saiu para passar na padaria e ir buscar o Guilherme à musica. Demorou cerca de meia hora mas pareceu-me que esteve fora horas. Assim que ele saiu preparei a máquina de lavar roupa e coloquei-a a lavar. De seguida comecei a fazer o jantar e o Santiago resolveu vir para debaixo das minhas pernas a tentar alcançar as coisas. Comecei a colocar tudo o mais para trás possível na bancada. Empurrei a bimby para trás pois ele já estava a tentar puxar o napperon que têm por baixo e a ultima coisa que precisamos é de uma bimby espatifada no chão. O Leonardo estava sentado na mesa da cozinha a tentar fazer os trabalhos enquanto lutava com o Salvador que está sempre a tentar roubar-lhe o estojo.

Eu tentava com toda a força fazer o jantar, tomar conta dos gémeos e ouvir o texto que o Leo estava a ler para mim. Entretanto os gémeos ouviram qualquer coisa na televisão que os interessou e saíram da cozinha. Eu percebi que a máquina da roupa estava muito silenciosa. Fui espreitar e estava desligada. Carreguei uma e outra vez para a ligar mas o ecrã simplesmente não acendia. Olhei para a bancada para ver se, inadvertidamente, teria carregado no botão que alterna a corrente entre a máquina da roupa e da loiça e vi que estava desligado. Vi também o Santiago a pegar no pacote aberto com um quilo de esparguete. Tentei trava-lo mas não cheguei a tempo. Fiquei com mar de esparguete espalhado no chão. O Santiago sentou-se todo contente a partir o esparguete, eu andava de gatas a tentar apanhar a massa do chão e o Leonardo andava aos pulos na  cozinha a rir às gargalhadas. O Salvador resolve juntar-se à festa e aparece na cozinha. Eu continuava a apanhar a massa quanto oiço risos. Olho para atrás e os gémeos tinham aberto a máquina da roupa e estava a tirar a roupa encharcada da máquina. O Salvador sacudia uma toalha e o Santiago esfregava-se noutra peça a pingar.

Como é possível dois meninos tão pequenos causarem tanta destruição.

Contei até dez e recompus-me. Consegui colocar a roupa de volta, ligar a máquina, apanhar a massa e fazer o jantar. Quando o marido chegou não havia vestígios das nossas aventuras.