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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Depois do cheiro terrível

Pouco depois de apanhar o Santiago a tentar colocar água no ouvido deparei-me com outra situação. Estava a sair da cozinha e vi o rapaz a colocar uma almofada grande e quadrada no cimo das escadas. Parei atenta para entender o plano dele. Com paciência ajeitou a almofada até ficar na posição que queria e preparou-se para se sentar em cima dela.

- Santiago! Não estás a pensar escorregar pelas escadas a baixo em cima da almofada? Pois não?

- Sim. É como se fosse um trenó. - afirmou de sorriso no rosto

- Nem penses que ainda te mágoas. Vai para cima. 

Lá foi ele triste a arrastar a almofada quase maior que ele. Mãe sofre!!! 

 

Um cheiro terrível

No fim de semana fiquei um pouco sozinho com os rapazes. Estava eu relaxada a ler quando ouvi o som de água a correr. Notei que o som nunca mais parava pelo que fui verificar o que se passava. Cheguei à casa de banho e encontro o Santiago debruçado numa posição esquisita sobre o bidé.

- Santiago o que estás a fazer?

Olhou para mim com a cara toda molhada. 

- Estou a tentar lavar o meu ouvido!

- Lavar o ouvido?

- Eu coloquei o dedo lá dentro e depois cheirei. Tem um cheiro terrível.- disse enquanto fazia a maior careta. 

As coisas que eles se lembram🤣

Fascínio pela máquina de lavar roupa

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Os pequenos adoram brincar com a máquina de lavar roupa. Passam tempos a rodar e rodar aquele tambor brilhante. Também gostam de mexer nos botões principalmente quando está ligada mas o amor deles está naquele tambor. O engraçado é que lembro-me de eu e o meu irmão também adorarmos brincar com estas máquinas. Eu adorava rodar o botão para programar o ciclo da lavagem que naquela altura fazia uma barulheira quando era rodado. Recordo-mo da minha mãe me avisar constantemente para nunca rodar o programador ao contrário porque se o fizesse estragaria a máquina.

Na família e amigos vários são os que me contam histórias semelhantes quer deles quer dos filhos. O que será que esta maquina têm de tão fascinante quando somos crianças? Sim porque em adulto já não lhe achamos piada.

O que é que ele fez desta vez?

O Santiago esteve calado dois minutos, foi tão rápido que nem nos apercebemos. Só reparamos que algo estava mal quando chegou com um ar comprometido ao pé de nós nesta figura.

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Ficamos preocupados pois nãofaziamos ideia o que era a substância que o cobria.  Por um lado temos tudo o que é perigoso fechadoa sete chaves mas por outro eles têm tendência a descobrir perigo nas coisas mais banais. O pai esfregava-lhe o rosto porque até os olhos tinham aquela pasta branca e eu procurava pistas sobre o que seria. Encontrei a prova do crime em cima da nossa cama.

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Valeu-nos umas grandes gargalhadas quando percebemos que não  corria perigo de vida.

Dão-me conta do juízo

Agora dão sumiço a tudo. Tão depressa estão com a chucha na boca como não sabem dela. Passamos horas de cabeça colada ao chão para espreitar debaixo dos móveis em busca dos objectos perdidos. Eles imitam-nos, espreitam debaixo dos móveis e depois dizem -nos que não está lá nada com ar de gozo. Por vezes acho que fazem de propósito só para não nos deixarem sossegar cinco minutos. Ontem roubaram-me os chinelos. Passei mais de uma hora à procura deles. Espreitei debaixo do sofá,  atrás da porta,  no quarto de brincar, no quarto onde dormem, no meu quarto, nas casa de banho e na cozinha. Acabei por desistir e andar o resto da noite descalça.

Hoje de manhã por pura coincidência dei com os ditos enfiados entre a mesa de apoio e o móvel.  Estes rapazes dão-me conta do juízo.

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Não há condições de trabalho!

Ontem o marido foi para a natação com os mais velhos e eu fiquei com os gémeos. Tratei do jantar e fui dar banho aos dois. Dei-lhes banho, tirei primeiro o Santiago e deixei o Salvador mais um pouco dentro de água. Limpei o Santiago, pus-lhe creme e enquanto o estava a vestir abri o ralo da banheira para ficar sem água. O Salvador começou a por-se em pé todo contente e eu fartei-me de avisar que ia cair. Desviei os olhos um instante para apertar o pijama ao Santi e oiço o Salvador a rir às gargalhadas. Olho para ele, apercebo-me que se está a rir às gargalhadas porque fez a necessidade numero dois na banheira.  Levanto-me para o agarrar antes que aconteça um acidente. Ele pensa que eu estou a brincar com ele, escorrega e aterra bem em cima do presente.

Dou-lhe banho novamente. Limpo-o, ponho-lhe creme e trato de o vestir. Quando estou a apertar-lhe o pijama oiço barulho de água, olho para trás e vejo o Santiago todo contente a molhar-se todo no bidé.

Eu não sabia se havia de rir, chorar, gritar, berrar ou simplesmente ignorar. Alguém me diz como é possível não desesperar.

Assim não dá, não há condições de trabalho.