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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Raspadinha de abraços

O marido foi buscar o Leonardo à escola. Quando voltou disse-me:

- Quando chegou ao pé de mim perguntou se lhe podia dar um abraço. Nem sei o que lhe deu.

Mais tarde percebi o que se tinha passado. 

- Mãe já viste a raspadinha que eu recebi.

- Quem te deu uma raspadinha?

- A professora mas não é uma raspadinha normal. É uma raspadinha de abraços. Eu ganhei um então pedi ao pai para me abraçar. Também me podes dar um?

- Claro que sim meu filho.

Uma ideia tão simples mas mesmo fantástica  

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Um numero que não para de crescer.

O numero de mortos não para de subir e acho que todos nos questionamos sobre quantos mais mortos ainda estarão  por descobrir. Ontem passei o dia agarrada à televisão, tinha muito para fazer mas não conseguia desviar os olhos daquelas noticias. Ainda hoje me questiono se é verdade ou apenas um pesadelo. Arrepio-me cada vez que oiço falar nas fatalidades, nos feridos, na área ardida. Choro pelas pessoas e pela natureza perdidas.

As redes sociais estão inundadas de pedidos de informações sobre o paradeiro de pessoas que estavam de férias na zona. Sinto um nó no estômago perante a nossa impotência. Questiono-me vezes sem conta como é possível isto ter acontecido?

Por outro lado existe uma coisa boa sair desta tragédia. Vejo uma onda crescente de solidariedade, quer para com os bombeiros que arriscam as suas vidas diariamente, quer para com aqueles que perderam tudo. Fico tocada. Afinal somos um povo unido e com um coração grande. Juntem-se a esta luta e ajudem com o que possam. Lembrem-se que até um litro de água pode fazer a diferença na vida de alguém. 

 

É nisto que se tornou o Natal?

No sábado deixamos os pequenos com a avó e fomos tratar das prendas de Natal. Já sabíamos exactamente o que queríamos e onde encontraríamos os produtos escolhidos. Por norma, é assim que fazemos as nossas compras, chegamos e pegamos no que queremos e desta vez não foi excepção. Depois de pagarmos os volumes comprados fomos embrulhar os presentes.

Enquanto pela nossa vez comecei percebi que as pessoas que estavam a fazer os embrulhos eram voluntárias. Devo dizer que fiquei muito revoltada com o que vi.

Uma cadeia de lojas que factura imenso não pode empregar alguém para embrulhar presentes? É certo que não é o trabalho ideal mas acredito que muitos dos que não têm trabalho ficariam felicíssimos por uns dias remunerados. Aparentemente a empresa opta por ceder o espaço a voluntários de uma organização que embrulham os presentes enquanto pedem contributos para a sua causa.

Ora vejamos não temos pessoas a pedir para uma causa, temos pessoas a fazer um trabalho que pode não ter retorno nenhum. Para além disso como consumidora acho escandaloso, depois de ter gasto dinheiro na loja, ainda ter que levar com um discurso exaustivo sobre o que a associação faz.

Não é que não eu não seja solidária porque gosto bastante de contribuir. Contudo gosto de contribuir para as causas que escolho e não gosto de ser sujeita a pressões. A meu ver o facto de as pessoas estarem ali a fazer aquele serviço faz com que as pessoas se sintam obrigadas a colocar dinheiro na caixa que tão gentilmente está na mesa de embrulhos.

Já passaram alguns dias e quanto mais penso nisso mais desconsolada fico. Fico triste que os grandes retalhistas se aproveitem assim de associações que tentam fazer o bem. Acho que é errado e uma autêntica exploração. Não sei se a cadeia de supermercados vai ou não doar algo à causa, mas não vimos qualquer informação que isso iria acontecer. Resta-me presumir que o único beneficio que a associação vai ter é o facto da exposição directa a terceiros mas a meu ver não me parece o suficiente.