Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.
Finalmente acabaram as obras e ficamos com um espaço em branco para decorar.
Temos passado os últimos dias em pesquisas online a tentar perceber como decorar o espaço sem gastar uma fortuna. Aos poucos vamos escolhendo artigos e mal posso esperar para tudo ficar pronto. Até lá os rapazes divertem-se na nova pista de atletismo.
Tudo começou um dia destes quando nos tocaram à campainha perto de meia noite. Acendemos as luzes de fora da casa e fomos à porta. Não vimos ninguém à frente pelo que resolvemos espreitar no quintal. Olhamos para fora e nada. Percebemos que foi uma brincadeira e preparamos-nos para voltar para a cama. Eu reparei numa coisa escura que estava no mosaico do quintal.
- Aquilo é um sapo?- questionei
- Não sei.
O marido saiu, aproximou-se e o animal não se mexeu. O marido deu-lhe um encosto com o pé e ele lá deu um pequeno salto. Lembrei-me logo que, nos primeiros dias quando estávamos a mexer na terra debaixo das árvores, o marido tinha dito que tinha visto um sapo a saltar. Na altura olhamos e não vimos nada pelo que acabamos por presumir que tinha sido uma ilusão. Percebemos nessa altura que afinal tínhamos um sapo no quintal e que não deve conseguir sair devido ao tamanho dos muros. Decidimos logo que seria mais um inquilino afinal estamos numa zona em que existem todos os tipos de animais.
A questão é que agora tenho medo de ir ao quintal depois de escurecer. Não, não tenho medo de sapos mas tenho medo de não o ver e o esborrachar.
É uma pergunta que tenho colocado a mim própria desde que comecei a apanhar pêras da nossa pequena pereira. Já comemos imensas e demos montes. Mesmo assim todos os dias estão pêras e mais pêras caídas e amassadas no chão. Ontem decidi apanhar tudo e ainda tirei um grande saco cheio.
Quase que nem o consigo levantar do chão de tão pesado que está. Vamos continuar a comer e se não dermos conta do recado transformou o resto em doce.
Quase que me esquecia de dizer que são totalmente biológicas. São tão doces que quase não há uma que não tenha vestígios de bicho.
Quando começamos a falar em trocar de casa e ter um quintal o Guilherme pediu logo para que plantar uma pereira e uma macieira. Nós dissemos que logo veríamos porque ainda não sabiamos o que iríamos comprar. Encontramos entretanto está casa pela qual nos apaixonados. Quando a viemos visitar apenas vimos o interior porque a chuva não nos deixou por os pés na rua. Compramos a casa e descobrimos que o pedido do rapaz foi atendido.
Pêras e maçãs com fartura e como bonos ainda vai comer pêssegos também.