Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.
No domingo à tarde o marido foi para a casa de banho. Teve lá algum tempo, saiu e quando estava a chegar à sala correu de novo para trás. Demorou-se mais um pouco e quando finalmente saiu disse-me:
- Não sei o que é que colocas-te na comida mas fez-me mal. Estás a tentar envenenar-me?
- Aguenta esse pensamento que agora preciso ir eu.
Percebemos depois que apanhamos a virose dos pequenos que lhes causou grande transtorno intestinal. Contudo eu não consigo deixar de pensar que a primeira coisa que ele pensou foi que eu o tinha envenenado.
Eu que sou uma pessoa linda e maravilhosa era lá capaz de lhe fazer mal. Se calhar anda a ler demasiados post destes:
Ontem chego a casa e o marido tinha mais novidades sobre a escola:
1º - O Leonardo almoçou um copo de água. Questionamos o menino sobre o que era o almoço, respondeu que era massa mas que tinha um molho esquisito e ele não come essas coisas.
2º - O Guilherme andou à porrada com um colega. Eu nem queria acreditar! O meu paz de alma andou à porrada? Questionei-o sobre o assunto e ele explicou-me que estava a jogar a atirar uma bola. Era a vez de um dos meninos mas o outro não queria dar a bola, então o meu menino, que tem tem o síndroma de defensor dos fracos e oprimidos, resolveu intervir e tirar a bola ao colega. Este não gostou, agarrou-se a ele e o desfecho já nós sabemos. Conversámos com ele, explicamos que não queremos que bata em ninguém mas se lhe baterem deve defender-se. Depois questionámos se ele tinha pedido desculpa. Eu pedi mas ele não me pediu a mim. Demos um aerto de mão, eu apertei mas ele não estava a apertar, depois olhamos um para o outro e começamos a rir. Menos mal, a situação ficou controlada.
Ontem, cheguei a casa e o marido informa-me que a monitora lhe esteve a fazer queixas do Leonardo quando o foi buscar. Já? Ainda vamos no segundo dia!
Então a educadora estava muito preocupada porque ele não quis comer. Disse que lhe tentou dar umas colheres de sopa à força ( acabou de ganhar um inimigo para a vida), mas desistiu porque ele estava quase a vomitar. O marido explicou que ele era mesmo assim e para não se ralarem e não insistirem.
Hoje de manhã, alguém acordou de muito mau humor a dizer que não queria ir para a escola. Dizia que a escola agora é uma seca. Lá estive eu que o convencer a ir e prometer que ninguém lhe vai obrigar a comer a sopa. E se eu não gostar do comer? Não comes.
Que ei eu de fazer, ele que passe fome pode ser que assim abra a pestana.