Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.
Hoje o dia amanheceu frio mas ensolarado. Levei os mais velhos até a escola e segui para a dos gémeos.
Como de costume chegámos cedo mas em vez de ficarmos fechados no carro resolvemos aproveitar o sol. Fomos em busca dos patos.
Voltamos ao carro com as extremidades geladas. Os gémeos queixaram-se que tinham as mãos congeladas mas mesmo assim querem voltar a passear. Tenho que me lembrar de preparar luvas porque temos que aproveitar todos os momentos de liberdade que podemos, com a devida segurança.
No domingo os rapazes dormiram até mais tarde. Depois do pequeno almoço resolvemos começar a viagem para cima. Tínhamos planos para descobrir uma praia fluvial pelo caminho. Chegamos ao destino e vimos as expectativas realizadas.
Este pequeno paraíso é à praia fluvial de pego fundo. A água estava fantástica e o local tem boas condições. Chuveiros, casas de banho, um bar, árvores maduras. Vi churrasqueiras e uma zona coberta onde as pessoas comiam sentadas em mesas. À sombra das árvores famílias faziam piqueniques.
Os mais velhos rumaram a norte com os avós e nós ficámos a contar os dias para nos juntarmos a eles. Este fim de semana seguimos para sul e aproveitamos uns dias de verão. Os rapazes gostaram embora tenham mencionado saudades dos irmãos mais do que uma vez.
No último dia acordamos cedo e rumamos ao castelo de sant'Angelo após o pequeno almoço. A entrada no castelo até às 10h apenas custa 5€ enquanto no resto do dia custa 14€.
O castelo é interessante mas achamos que 14€ é demasiado. Ficamos satisfeitos por termos conseguido entrar com a tarifa reduzida.
De seguida fomos ver o Papa.
O resto do dia foi passado a passear pela cidade. Fomos à Vila Borghese, escadaria Espanhola, a boca da verdade, o Circo Massimo, a pirâmide...
- Nesse dia queres ir à escola e levas um bolo para festejar o teu aniversário, ou querer faltar à escola e passar o dia com a mãe? Posso tirar um dia de férias e vamos passear os dois.
Os olhos dele iluminaram-se de felicidade e disse:
- Quero passar o dia só contigo.
Sinceramente nunca pensei que quisesse falar à escola, certinho como é.
Este fim de semana os dinossauros saíram à rua na Lourinhã e nós fomos ver.
O evento tinha imensas actividades para as crianças como ateliês de pintura e escavações arqueológicas. Os rapazes voltaram a casa cansados de tanto andar. Foi um dia tão dedicado aos dinossauros que acabamos a noite os seis a ver o Jurassic Park.
Temos aproveitado estes dias para passear com os rapazes. Lembrei-me de ter lido no blog da Sofia sobre o parque Marechal Carmona e pareceu-me um bom sitio para conhecer. O parque é de facto muito bom, os miúdos adoraram. O Leonardo só dizia que era o melhor dia de sempre porque estava a ver pavões que é um dos seus animais preferidos.
Depois de se cansarem de tentarem apanhar os animais fomos para a zona do parque infantil onde passamos mais um bom bocado.
Cansados da brincadeira, fomos visitar a boca do inferno e refrescamos-nos com uns gelados.
Passamos um excelente dia, a concelho vivamente o local para um dia em família.Dentro do parque existem ainda um grande parque de merendas bem protegido do sol pela copa das árvores o que possibilita um belo piquenique. A sombra das árvores torna a temperatura muito agradável mesmo num dia quente como os que temos tido. Já conhecem a zona?
Sempre tive uma péssima relação com carrinhos. Os passeios são demasiado pequenos para eles e estão muitas vezes obstruídos. Os elevadores são estreitos e vêm sempre cheios. As estradas são más e os acesso para carrinhos inexistentes. Motivos que sempre me fizeram perder a paciência. Cada vez que pensava em sair perdia a vontade só de pensar em ter que empurrar aquele mono, principalmente o dos gémeos que era uma monstruosidade.
O Guilherme começou a andar com cerca de 14 meses e depressa deixamos de utilizar o carro. O Leonardo andou por volta dos 9 meses pelo que antes do ano já não havia carrinho para ninguém. Com os gémeos foi um pouco diferente, o carrinho foi utilizado um pouco mais tempo porque controlar duas crianças é mais difícil.
Em Junho, quando fomos de férias o marido informou-me que não tínhamos espaço para o carrinho e eu concordei que não havia necessidade de levar a bagageira no tejadilho apenas por causa deste item. Partimos então na aventura de fazer uma semana de férias apenas os dois com os miúdos todos, num pais estrangeiro e sem carrinho para os pequenos. A verdade é que tudo correu muito melhor do que pensava. Os pequenos adoraram a liberdade mas comportaram-se sempre muito bem. Em nenhum dia me arrependi de não termos levado o dito, é certo que por vezes pediam colo mas com a brincadeira conseguíamos contornar a situação. Voltaram das férias mais desenvolvidos e com uma locomoção muito melhor.
Quando voltamos o carrinho ficou na garagem por mais algum tempo. Eu tinha receio das consultas a que vou muitas vezes sozinha com eles e achava que ainda o ia usar. Os meses foram passando e o artigo ficou sempre no mesmo sitio. Fui a vários sítios com os dois e até com os quatro. Fui às urgências com os dois ao mesmo tempo. Fui às compras, ao parque, à escola… e nunca precisei de os controlar. Finalmente o mês passado senti que estava na altura de nos desfazermos do mesmo. Foi entregue a outra mãe gemelar que necessitava de um com urgência.
Neste momento posso dizer que sinto muito mais vontade de sair com os rapazes só de saber que não vou andar a empurrar um camião.