Memórias
Num destes fins de semana aproveitamos o facto de irmos sair para cortar o cabelo aos rapazes. Resolvemos ir ao local habitual que fica mesmo ao lado da nossa antiga casa. Assim que nos aproximamos da zona os pequenos perguntaram se íamos para nossa casa. Eu fiquei espantada afinal, passaram-se seis meses desde que mudamos e os gémeos ainda nem três anos tinham. Contudo percebi que não se esqueceram e talvez nunca se esqueçam daquela casa que foi o nosso primeiro ninho.
Eu vi-me inundada de memórias. Vi as tardes passadas no parque. As caminhadas à noite pela vizinhança. Senti uma nostalgia imensa e quando entrei no prédio para ir verificar se existiam cartas para nós fui seguida pelo Guilherme. Enquanto subíamos no elevador ele dizia que queria ver como a casa estava agora, eu tive que lhe explicar que não íamos entrar só íamos espreitar no contador se estavam cartas para nós.
Viemos embora felizes de termos visitado a zona e nos termos cruzado com alguns conhecidos mas também tristes porque... Tristes porque não foi uma casa que deixamos para trás mas sim um lar.