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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Porque não comes?

Num dia de semana ao jantar o Santiago perguntou:

- Mãe porque é que tu é o pai só comem uma vez?

- Só comemos uma vez?

- Sim. Vocês só comem à noite.

- Santiago nós comemos tantas vezes como vocês.

- Não, não. Eu não te vejo a almoçar.

- E eu vejo o teu almoço, por acaso.

- Não.

- Eu não vejo o teu almoço porque comes na escola e tu não vês o meu porque eu como no trabalho. Percebes?

- Então tu comes no trabalho. Pensava que o teu patrão não dava comida.

 

Só falta o rapaz ter andado a espalhar na escola🙄🤣🤣

4 anos e já fazem planos

 - Hoje é a festa do João.

- Festa? Que festa?

- O João convidou todos para irmos para casa dele. Vai fazer uma festa com palhaços, um circo, uma piscina e muitas bóias, um jogo com aqueles senhores que jogam à bola.

- Matraquilhos?

- Sim. Vai ser super fixe. Temos que ir para casa do João.

- Filho é dia de semana ninguém vai fazer uma festa.

- Vai sim!

- O João enganou-se ou tu percebeste mal.

- Não a festa é esta noite e eu quero ir!

- Salvador hoje não.

- Mas assim vou perder a festa!

- Não vai haver festa nenhuma!!!!

- Vai sim.

- NÃO.

- SIM.

- Salvador a mãe do João não falou comigo por isso não podes ir.

- Mas ... Mas...

- Outro dia eu falo com a mãe do João e combinamos. Nem sei onde é a casa dele.

- Olha pegas no teu telemóvel e o mapa diz onde é a casa do João. É muito fácil.

- Acabou a conversa porque eu já disse que hoje não pode ser.

Passadas umas horas o pai chegou a casa.

- Olá Pai. Podes levar-me a casa do meu amigo João?

- A casa do João?

-Sim ele vai dar uma grande festa e estamos todos convidados.

Optei por sair de fininho antes que me tocasse outra vez. Já estava cansada de tanta argumentação 

Esta fase é tão, mas tão gira!

Ontem quando fui buscar os pequenos à creche o Salvador estava com um saco de gelo no olho. Minutos antes tinha deixado cair uma peça de lego para o chão, quando a tentou apanhar calculou mal o coisa e bateu com o olho  no assento da cadeira. Tinha um pequeno corte e o olho ligeiramente inchado mas nada de preocupante. Entregamos o saco de gelo à educadora e abandonamos o edifício.

Entramos no carro e como estava um calor infernal abri os vidros.

- Mãe não abras o meu vidro.- gritou o Salvador - Se não o vento leva o gelo do meu olho.

Eu limitei a fechar o vidro enquanto me ria da ideia dele. Entretanto oiço:

- Salvador, vira a cara para o outro lado para o meu vento não levar o teu gelo.

E cada vez que o Salvador mexia a cabeça o outro gritava para que não o fizesse. Fui o caminho todo a rir pela preocupação demonstrada pelo irmão e pelo facto de não perceberem que ao tirar o saco de gelo o frio passaria por ele próprio.

Esta fase é mesmo deliciosa. Começam a ser crescidos mas ainda tão inocentes. 

A inocência das crianças

- Mãe, eu tenho um colega que é rico!

- Ainda bem para ele Guilherme. Mas foi ele que te disse isso?

- Sim mãe. Eles diz a toda a gente que é muito rico.

- Esse tipo de coisas não se devem dizer assim. 

- Mas ele está sempre a dizer que vive numa casa com dois andares e que é rico.

- Guilherme não vou confirmar se o teu colega tem ou não dinheiro até porque isso não nos interessa. Vou só dizer-te que nós também temos uma casa de dois andares e não somos ricos.

- Nunca me tinha lembrado que a nossa casa também tem dois andares. Achas que ele está a mentir?

- Não sei, nem quero saber. Apenas quero que percebas que nem tudo o que te dizem é verdade.