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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Fase da competição

Os gémeos estão a passar por uma fase em que estão em constante competição. Quando comem fazem-no à pressa até que o primeiro a enfiar  ultima garfada e comer e gritar ganhei. Fazem corridas para subir as escadas, para entrar no carro, para se vestirem, para se calçarem...A verdade é que toda esta competição começa a perder a piada. 

Se estão a comer e o Salvador grita ganhei primeiro o Santiago chora porque não ganhou. Se, por outro lado, o Santiago é o primeiro a acabar o Salvador não se incomoda muito e grita logo de seguida que ganhou. Isto faz com que o Santiago comece a chorar porque o verdadeiro vencedor é ele. No fim, a situação acaba sempre com o Santiago zangado e, estas zangas lembram-me o quão parecido é com o Leonardo que nesta idade competia com a própria sombra. 

A competição não se fica só em ver quem é o primeiro e isso nota-se em relação à mãe. Quando um me dá beijo, o outro tratar de dar dois. Quando um me dá um abraço o outro vem dar um mais demorado e mais apertado. Quando os vou adormecer à noite gostam de colocar os braços e as pernas em cima de mim. O problema é que o braço e a perna do irmão estão no caminho, então é preciso empurrar para ganhar espaço e o que é empurrado não gosta disso.

Toda esta fase é muito complicada para a qual temos que ter muita paciência. Tentamos desvalorizar a importância de ganhar mas até à data ainda não tivemos grande sucesso. Resta-nos ter calma até esta fase passar e dar lugar a outra. 

Bazar na Escola

A escola dos mais velhos pediu a todos os pais e familiares que dessem bugigangas para um bazar de Natal. Agora dá-nos a magnifica oportunidade de adquirir algumas dessas coisas. Inicialmente achei a ideia um pouco descabida. Se o objectivo é angariar fundos para a escola porque não pedir dinheiro aos pais? Pensei que seria muito mais rápido pedir dinheiro do que proceder a toda a logística do bazar.Ore vejamos tem que catalogar as coisas, fazer rifas, despender de alguém para fazer as vendas. Achei que era uma autêntica perda de tempo.

Achei mas entretanto mudei de ideias, ou melhor as crianças fizeram-me mudar de ideias. Tenho visto um comportamento diferente da parte delas. De manhã entram felizes e apressadas com alguns trocos a chocalhar nos bolsos e correm a gasta-los no bazar. Abrem as riras com entusiasmamos, ansiosas por saber qual o prémio que lhes saiu. Por vezes o prémio não é o esperado mas a desilusão desaparece quase instantaneamente quando percebem o que ganharam.

Ao fim do dia saem da escola com um sorriso nos lábios e com as mochilas repletas de pequenos tesouros. Saem em pulgas para contar e mostrar aos pais os magníficos presentes que ganharam.

Cá em casa já temos uma pequena colecção de tralhas ganhas no bazar.

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 Agora estou em processo de convencer os rapazes a partilhar as tralhas com familiares. Assim a prendem a partilhar o que ganharam o que têm muito mais significado.