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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Sabe bem quebrar as rotinas.

Contei aqui que estávamos a pensar passar um fim de semana fora. Que andava a ver sítios para dormir, zonas para visitar, restaurantes para comer. Sofro de um terrível mal que é o facto de  gostar de ter o controle absoluto sobre a minha vida. Gosto de planear o dia ao minuto, sei bem que não é saudável mas com quatro crianças temos que ter um plano caso contrário tudo desmorona. Estava eu a fazer os plano para a nossa escadinha e não conseguia encontrar nada que me agradasse. Os preços muito caros. Hotéis fora da rota que eu tinha idealizado. Estabelecimentos bonitos mas com acessos de 4km de terra batida que o marido nunca aceitaria fazer de carro.

Um dia acordei e pensei que iríamos sozinhos. Não teríamos ninguém a gritar com fome se passassem 5 minutos da hora de comer. Não teríamos ninguém a chorar que queria dormir. Não teríamos ninguém a perguntar se falta muito a cada 10 minutos. Decidi então que iríamos passear sem qualquer plano. Sabíamos a zona que queríamos conhecer e nada mais, tudo o resto se resolveria na hora.

Saímos de casa quando nos apeteceu, não foi necessário colocar despertadores para sair aquela determinada hora. Fomos andando e parando onde queríamos. Fomos conversando muito durante todo o caminho.  Quando sentimos fome paramos para almoçar. Quando quisemos dormir paramos para dormir. Quando nos apeteceu regressar regressamos.

Soube-me lindamente este passeio sem itinerário. Não existiu o stress de termos que estar em tal ponto a tal hora para comer no restaurante X. Não foi necessário estar em tal sitio para dormir. Tão pouco foi necessário andar à procura do hotel x que tínhamos reservado.

Foi um dia totalmente sem regras em que almoçamos quase às três da tarde e jantamos perto da meia noite. A verdade é que embora as regras sejam necessárias por vezes sabe bem viver sem elas.

Natal em Évora

No fim de semana deixamos os rapazes com os avós e fomos até Évora. O tempo estava bastante agradável o que nos permitiu passear livremente pelo centro histórico. Não fomos as únicas pessoas com essa ideia visto que as ruas estavam cheias de pessoas. Imensos turistas mas também imensos portugueses. As montras das lojas estavam lindíssimas e cheias de jovens que faziam as vezes dos manequins. Divertimos-nos a ver a interacção entre as pessoas e os jovens. A rapariga que fazia de noiva na montra da loja de vestidos de casamento fazia a delicia de todos, houve até quem se ajoelha-se para uma foto com a rapariga.

No fundo foi um fim de semana muito bom. Andamos quilómetros e quilómetros, só fomos ao hotel para jantar e dormir. Visitamos monumentos atrás de monumentos. Fotos atrás de fotos. É uma zona linda e cheia de história.

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Coração apertado

Estou aqui sentada a escrever com o coração apertado. Resolvemos fazer uma escapadinha este fim-de-semana eu estive sempre animada com a saída. Confesso que estava em pulgas, estava e estou. Isto é, uma parte de mim está em pulgas para desfrutar de algum tempo como casal, para podemos falar horas sem ter alguém a interromper, sem choros, sem birras. Mas também sem gargalhadas, sem abraços e beijinhos dos miúdos.

Ainda não saí e já estou a morrer de saudades. Só me apetecia sair daqui, correr para o pé deles e abraça-los até há hora de ir.

Vai ser a primeira vez que vou estar tanto tempo sem eles. Os mais velhos já dormem às vezes na avó mas, os mais novos nunca ficaram fora de casa. Sei que eles vão ficar bem, aliás vão ficar óptimos. Estão todos entusiasmados porque vão fazer uma festa do pijama com os avós e os padrinhos dos gémeos. Amanhã os mais velhos vão dormir a casa de uns amigos. No domingo irão à festa de aniversário da amiga onde vão dormir e depois há noite já estaremos nós. A cunhada também já se ofereceu para ir levar os sobrinhos a passear. Só consigo pensar em como são umas crianças cheias de sorte, tem tanta gente que os ama. Quando digo eles refiro-me a nós também, claro. Temos sempre tanta ajuda da familia e amigos, não há palavras para agradecer o apoio que nos dão.

Vai ser um fim de estreias, sei que eles vão-se divertir muito. Mas também sei que vão ter saudades. O Guilherme na quinta-feira perguntou-me porque ia ficar três dias com a avó e eu respondi-lhe que nós, pais, íamos passear. Respondeu-me que também gosta de passear.

Ontem, já a preparar a separação, pediram-me para me deitar com eles. Como sou só uma deitei-me com o Leonardo e disse ao Gui para ir para a cama. Passados 5 minutos esgueirei-me do pé do Leonardo, que já dormia profundamente, e fui deitar-me com o Guilherme. Falamos um pouco e depois mandei-o dormir. Entretanto aparece o marido à minha procura. Tanto gajo de volta da mesma mulher! Realmente não passam sem mim mas eu também não passo sem eles.

Vamos ver como correm os próximos dias. Bom fim-de-semana para todos.