Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.
Nos restantes dias já estávamos mais ambientados e começamos a conseguir aproveitar melhor o tempo. Tomávamos o pequeno almoço por volta das dez horas evitando assim a enchente do refeitório. De seguida apanhávamos o autocarro que está constantemente a fazer viagens entre o hotel e a Disney. Ia sempre a transbordar apesar de nunca o apanharmos antes das 10:30/11H. Chagávamos ao parque e íamos tirar os fast past das diversões em que queríamos andar e que tinham esta opção. Depois íamos gerindo as restantes diversões. Passamos a ir almoçar depois por volta das três, quatro da tarde. Primeiro porque entre o meio dia e as três é impossível comer e segundo porque as filas de espera diminuem substancialmente durante esse horário. Assim tomávamos um pequeno almoço reforçado, trazíamos bolachas e pão que íamos petiscando até à hora de almoço. De referir que não era sacrifício nenhum tomar um pequeno almoço reforçado no hotel o mais difícil era parar de comer. Tinham uns croissants de comer e chorar por mais, estaladiços por fora mas derretiam-se na boca. Tinham uns cacetes maravilhosos e viciantes.
Em compensação a comida na Disney deixava muito a desejar. Na grande maioria dos restaurante a ementa é sempre a mesma. Pizzas, hambúrgueres e cachorros. Ainda por cima caros, custa pagar 15€ por um menu em que a pizza parece daquelas congeladas que custam dois ou três euros no supermercado. Pessoalmente não me importo de pagar para comer mas gosto de ter uma certa qualidade versus preço. Cometemos o erro de não ir com a meia pensão, pensamos que iríamos andar todo o dia no parque e que não fazia sentido ir ao hotel comer. Pensamos também que sendo um parque direccionada para as crianças existiriam opções mais saudáveis.
Depois de lá chegarmos e avaliarmos tudo é que percebemos que não tomamos a opção certa. Duma próxima vez iremos com meia pensão porque no fundo basta dez minutos de viagem e estamos no hotel para comer. Podendo sempre voltar ao parque para assistir ao espectáculo de encerramento que é a coisa mais espectacular de sempre.
Deixo-vos mais algumas fotos.
A atracção do Indiana Jones que é fantástica. As crianças têm que ter mais de 1,40m para andar. Felizmente o meu Guilherme já têm mais e pode andar comigo. O pai ficou com o Leo que não gosta nada destas coisas.
Preparados para entrar no Ratatoille que é uma atracção 3D muito interessante. Posso dizer que sai zonza lá de dentro de tanta agitação no ecrã.
A missão espacial que acabou por ser a nossa atracção preferida. Perdia a conta a quantas vezes andei mais o Gui, só sei que assim que chegávamos ao fim ele me perguntava se podíamos ir novamente.
A tentar tirar a espada do Rei Artur.
Todos a andar no Dumbo, um pouco encolhidos do frio.
Uma voltinha de barco.
Um pouco gelados depois da viagem no segundo andar do autocarro.
Uma voltinha no carrossel.
Perdidos no labirinto da Alice no Pais das Maravilhas.
Amei o passeio de bardo do It´s a Small World. Milhares de bonecos mecanizados que dançam e cantam segundos os países que representam.
A assistir à tão famosa parada. O Guilherme estava todo chateado que não queria ver aquilo. Acho que pensava que era uma coisa só para meninas ou crianças pequenas mas depois de começar acabou por nos pedir para passar para a frente e assistir.
Há espera do tão famoso espectáculo nocturno que não desiludiu.
No meio das milhentas lojas de souvenirs descobrimos uma loja do lego e tivemos que abrir os cordoes à bolsa.
Entretidos nas construções.
No fim resta-me referir que foram cinco dias e quatro noites muito bem passados. Gostei da experiencia, das pessoas, da segurança. Deixem que vos diga que todas as malas passam por um RX antes de entrar no parque e as pessoas têm que passar por um detector de metais. Para além disso andam policias com cães a patrulhar os acessos ao parque. Lá dentro é um outro mundo. As pessoas deixam os carrinhos em todo o lado para andar nas atracões, eu fiquei um pouco surpresa porque nos carrinhos ficam mochilas e sacos com souvenirs pendurados. Aparentemente ninguém deve roubar nada a ninguém porque se não as pessoas teriam mais cuidado com as suas coisas.
Regressamos com a promessa de voltar dentro de quatro ou cinco anos quando os gémeos já puderem desfrutar de quase tudo.
O dia começou bem cedo porque tínhamos que estar as cinco da manhã no aeroporto. Eu levantei-me por volta das 3:45 para dobrar a roupa que tinha colocado a secar perto da uma da manhã. Entretanto o marido levantou-se, vestiu-se e foi vestir os mais velhos. Um pouco antes das cinco já estávamos no aeroporto. Fizemos o check-in, despachamos a bagagem e fomos comer alguma coisa. Seguimos depois para a porta de embarque e passado uns minutos já estávamos a embarcar.
Os meninos estavam ansiosos e adoraram a descolagem. Entretanto o Leonardo começou a ficar com sono e dormiu o resto do voo.
Chegamos a Orly e apanhamos o transfere para o hotel. O hotel surpreendeu-me pela positiva, tudo muito limpo e o pessoal muito simpático.
Os miúdos adoraram o tema do filme Carrs e o Leonardo já nem queria ir para a Disney. Lá o convencemos que tínhamos que ir comer e lá seguimos para o parque. Almoçamos e começamos as nossa averiguações. Começamos pelo Walt Disney Studio e andamos em meia dúzia de diversões. Entretanto o frio e o cansaço começaram a instalar-se . Acabamos por desistir e voltamos para o hotel.
No dia seguinte vestimos uma quantidade imensa de roupa.Os miúdos tinham 3 camisolas e ainda vestiram dois casacos por cima. Mesmo assim passamos o dia todo com frio, o termómetro marcava cerca de 4º e a temperatura fazia-se sentir quando estávamos parados nas filas de espera. Pior ainda que estar parados à espera era andar nas próprias diversões. O parque estava inundado de pessoas e os tempos de espera eram imensos em quase todas as diversões. Aproveitamos para ir intervalando os espectáculos e as diversões, matando assim dois coelhos com uma cajadada. Não só mantínhamos-nos quentes dentro dos pavilhões como eliminávamos itens a fazer da nossa lista. Adoramos o Cinémagique. Aproveitamos a hora de almoço para andar no Crush´s Coaster e na Tower of Terror. Este hotel do terror acabou por ser uma das nossa atracões preferidas, como tinha os fast pass que nos permitiam entrar a uma hora marcada sem esperar, andamos várias vezes nele.
Entretanto o frio começou a apertar há medida que o dia avançava. Valeu-nos a viagem no Studio Team Tour em que existem duas demonstrações com fogo e que nos aqueceram a alma. Gelamos novamente a ao assistir ao espectáculo do Moteurs Action mas aquecemos no fim com mais uma demonstração com fogo.
Aproveitamos também para entrar nas diversão Armageddon mas a coisa não correu da melhor forma. A diversão leva-nos para uma parte de uma nave espacial e de repente algo corre mal. Começamos a ver fogo numa escotilha, o chão treme debaixo dos nosso pés enquanto vemos mil e uma luzes de emergência a piscar e alarmes a soar. À medida que vão fechando uma escotilha os problemas começam noutra. Começa a haver fumo, os alarmes ficam mais altos, o chão abana com mais força. O objectivo é mostrar-nos como são feitos os filmes no cinema mas é um pouco assustador para as crianças. Os meus filhos agarraram-se a mim e eu só lhes dizia que era tudo a fingir. Acho que com o barulho todo nem conseguiram ouvir o que lhes disse. Quando as luzes voltaram vi que o Leonardo estava a chorar e o Guilherme estava bastante assustado. Olhei à volta e muitas das outras crianças estavam também a chorar. O Leonardo disse-nos que pensava que íamos morrer o que mostrar o quanto ficou assustado.
De seguida fomos desanuviar para a zona do Toy Story.
Eu e o Guilherme adoramos o carro do Toy story e ao longo dos dias repetimos esta diversão algumas vezes.
Os pára-quedas foi outras das nossas diversões preferidas. Mais tarde até o Leonardo e o pai andaram. Pena que tivesse sempre muito tempo de espera. Da primeira vez que eu e o Guilherme andamos esperamos mais de 45 minutos na fila. O marido foi passear com o Leonardo e nós ficamos ali em pé à espera. Entretanto atrás de nós estava um casal de franceses com um menino que devia ter cerca de três anos. O menino engraçou com o Guilherme e acabaram por estar o tempo todo a brincar. Não percebiam nada do que o outro dizia mas mesmo assim conseguiram brincar entre eles. Fiquei emocionada porque as crianças mostram-nos sempre que não interessa a língua que falamos ou a cor de pele que temos. As crianças demonstram-nos que somos todos humanos e que com um coração aberto conseguimos chegar a um entendimento.