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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Socorro! Não percebo os meus filhos

- Mãe ontem o Lucas fez anos.

- Fez? E comeram bolo?

- Sim era bolo nu mal.

- Bolo o quê?

- Nu mau.

- Era um bolo do lobo mau?

- Não, era nu mal.

- Era muito mau?

- NÃO. Era nu mal.

- Santiago não consigo perceber.

- Era nu mal - diz o Salvador.

- Meninos desculpem mas não estou a entender. 

Ficam frustrados por não se fazer entender e quando chegamos à escola quis saber de que raio era o bolo.

- Ó mãe não tinha nada de especial.

- Mas eles dizem que era um bolo nu mal e eu não percebo o que significa.

- Era um bolo o quê?

- Nu mal. - diz o Santiago

- Mãe não a posso ajudar. Também não percebo o bolo era um bolo normal.

- Isso NU MAL- grita o Salvador.

Fiquei então a perceber que nu mal era normal

Às vezes preciso de um tradutor

Minutos depois de termos saído de casa o Salvador gritou:

- Ai a minha língua!

- O que foi amor?

- Pisquei a minha língua!

- O quê?

- Pisquei a minha língua! Ai! - explicava enquanto enfiava o dedo na boca para mostrar

- Trincas-te a língua?

- Não. 

- Beliscas-te a língua.

- Não! Ai...

- Filho não consigo perceber.

- PISQUEI A LÍNGUA!!!!!

- Mordes-te?

- Não.

- PISQUEI.

- Está bem filho. Isso já passa.

 

Já agora se alguém conseguir traduzir eu agradeço 

Trovoada ao amanhecer

Hoje acordei com o som da chuva intensa e com os clarões dos relâmpagos a iluminar o amanhecer. Deixei-me estar no calor da cama. Nada como ouvir o ruído da chuva e dos trovões quando estamos protegidos é quentes. 

Fiquei a desfrutar um pouco à espera que tudo terminasse. Passaram cinco, dez, quinze minutos e nada. Deixei de adorar o momento. Passei a maldizer o tempo por me fazer sair com quatro crianças nestas condições climáticas.