Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.
Eram 7:30 da manhã e o Guilherme já me andava a chatear se já eram horas. Respondi-lhe que ainda não, só íamos à tarde. Passado um pouco lá estava ele novamente a perguntar. Acabei por lhe dizer que íamos as 15H, para que deixasse de perguntar de cinco em cinco minutos. Passado um pouco aparece de relógio de pulso todo contente, olha para o microondas e fica intrigado. Pergunta porque é que naquele relógio eram 9:30H e no dele eram 13:30H. Respondi-lhe que o relógio dele estava mal, fico triste porque pensava que estava quase na hora. O pai acertou-lhe o relógio e eu disse que não queria nem mais um pio sobre o assunto ou não haveria cinema para ninguém.
Depois de almoço saímos de casa. Chegados ao cinema estava uma fila imensa (nada que eu não estivesse à espera). Os bilhetes já estavam esgotados para a sessão das 15H, e já poucos havia para a sessão seguinte. Havia miúdos muito tristes porque tinham que esperar ou porque já não iam ao cinema. Nós como tínhamos reserva não tivemos problema.
Ainda o filme estava a começar e já se ouviam as gargalhadas. Os primeiros 15 minutos foram engraçados mas depois as piadas foram esmorecendo. O filme é engraçado mas fiquei desiludida, estava a espera de mais, mais gargalhadas, mais animação. Os meninos disseram que gostaram mas não saíram do cinema com aquele brilho nos olhos que habitualmente trazem. Não estiveram as horas seguintes a relembrar os melhores pormenores como costumam fazer.
Chegaram a casa e não foram a correr contar a história ao pai. Foi preciso o pai perguntar se tinham gostado, recebeu como resposta um sim e mais nada.
Resumindo é um filme giro mas não é um daqueles inesquecíveis que temos vontade de ver 1001 vezes.
Este fim-de-semana prolongado foi bom mas parece que passou ainda mais rápido que um fim-de-semana normal. Por norma aproveitamos estes dias para fazer mais algumas coisas para as quais o fim-de-semana normal não tem horas suficientes. Na sexta-feira fomos visitar uns amigos em Alfeizerão foi um dia muito bem passado o único senão foi estar a chover. Sempre que lá vamos temos um hábito de ir passear à beira mar em são Martinho do Porto e desta vez não pudemos ir. Os miúdos estavam em pulgas para escalar uma duna imensa que lá existe, o Guilherme dizia que desta vez ia subir ainda mais rápido e o Leonardo só dizia que custa muito e que fica muito cansado. Da ultima vez tive que ser eu a subir com ele para o ajudar e o pior nem é subir mas sim descer pois tem um grau de inclinação. Lembro-me de vir a correr por ali a baixo e pedir para não cair pois se tal acontece-se viria a rebolar o resto de percurso. Bem a escalada terá que ficar para a próxima.
Viemos embora já de noite mas, só depois de o Leonardo fazer um galo, do tamanho de um ovo, nos carrinhos de choque. Ficou todo assustado, nesse aspecto é muito medroso. Para mim até é um alivio porque, conhecendo-o como conheço, ganhou medo aos carrinhos de choque e não vai querer andar tão cedo.
No sábado ficamos por casa, mil e uma coisas para fazer, máquinas e máquinas de roupa para lavar. Tivemos a verificar e todos os dias temos uma maquina de loiça cheia, no fim-de-semana lavamos uma ao almoço e outra ao jantar. E a roupa, lavei 4 maquinas no sábado, duas no domingo e durante a semana por norma faço mais duas. As máquinas são A+++ mas mesmo assim aparecem contas de quase 200 euros ( luz e gás). Depois de todo o dia a lavar, estender e apanha roupa e o marido a tomar conta dos pequenos trocamos. O marido saiu para jogar à bola e eu dei jantar ao quatro, adormeci os gémeos, deixei os mais velhos a ver televisão e fui dormir. Esqueci-me de referir que eu e o marido comemos um pão-de-ló de Alfeizerão inteiro, ainda bem que só lá vamos uma ou duas vezes por anos porque aquele bolo é viciante.
No domingo acordei e fui logo presenteada com uns postais lindos, um colar feito com pelo Leonardo e uma moldura do meu Guilherme.
Fomos almoçar com os meus sogros, demos um salto à Geox para comprar calçado para os mais velhos e passeamos um pouco. Depois fui para o cinema com o Gui, o Leo e a minha mãe enquanto o marido ficou com os bebes. Fomos ver o filme Home que se revelou um filme engraçado para as crianças. Mandamos um balde grande de pipocas a baixo. Enfim divertimos-nos muito mas o dia passou a voar. Chegamos a casa e os gémeos estavam impossíveis. O pai disse que estranharam ficarem só com ele, ficaram logo todos contentes de me ver e aos irmãos mas ao mesmo tempo estavam rabujentos de sono.
Tive sorte e ainda recebi mais um presente, um Samsung Galaxi. O marido diz que faltava a prenda dos gémeos. Realmente sou uma mulher muito amada. Costumo dizer que tenho resmas de gajos a gostarem de mim, digam lá que não é verdade.