Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.
A nossa relação passou por muitos obstáculos. Uma adolescência. Uma anorexia. Um aborto. Quatro gravidezes. Um parto pré termo. Dois bebés prematuros. O dia a dia com quatro filhos. Uma mudança de casa. Alguns problemas monetário aqui e ali.
Vinte e dois anos a trabalhar em conjunto. Umas vezes melhores que as outras. Zangas pelo meio, porque também são precisas.
Agora estamos de frente a um novo obstáculo. O meu sonho tornou-se o nosso sonho. Suponho que aconte a muitos casais. Eu idealizei a nossa casa na aldeia assim que lá entrei. Vi para além do pó de décadas. Muito para lá das madeiras podres e do chão que rangia.
Na minha cabeça ficaram os sonhos de como iria ficar quando pronta. Acreditei que o meu homem deixaria a meu cargo os planos mas estava enganada. Com o passar do tempo está mais entusiasmado que eu. Dou por ele a pesquisar tipos de chão, modelos de escadas, soluções diversas. É certo que já andamos às turras por opiniões diferentes. Cada um a argumentar porque a sua ideia é a melhor. Desenhos feitos em folhas de papel para tornar visível o seu ponto de vista.
Apesar destes desentendimentos fico feliz. Quando chegarmos ao fim, se chegarmos so fim, a casa não será como idealizei mas será nossa. Terá um pouco de mim e dele também o que tornará tudo mais especial, um lar em vez duma casa.
Já lá vão 15 anos desde que dissemos o sim. 21 desde que trocamos o primeiro beijo. Nem tudo tem sido um mar de rosas. Temos momentos bons e maus. Felizmente se pensarmos as coisas os bons superam os maus com larga margem. 15 anos de vida conjunta, 4 filhos não podia pedir mais. Espero que venham mais 15, 20, 30. Que o amor e o respeito continuem para sempre. Continuo a querer ficar velhinha ao lado dele😍.
Quantos de nós não tecemos conclusões sobre determinadas coisas sem termos os dados todos à nossa frente.Por vezes tecemos conclusões sobre uma determinada pessoa ou relação quando a verdade é que não fazemos a mais pequena ideia.
Resolvi então demonstrar como às vezes as coisas não são bem como aparentam. Por vezes existem homens que parecem que precisam da aprovação das mulheres para tudo o que faz com que pensemos que a mulher deve ter um feitio difícil. A parte do feitio difícil é verdade mas o resto pode não ser.
O meu marido têm o hábito de se desculpar com a minha pessoa quando se quer esquivar a algo. Se o convidam para um convívio e não têm vontade de ir, inventa que eu preciso de ir aqui ou acolá. Outras vezes argumenta que eu já tenho planos. Percebam a parte em que saliento o eu como sujeito culpado da situação mas que desconhece completamente a mesma.
Mas há mais. Quando lhe ligam para vender alguma coisa pede que lhe liguem à noite e depois diz-me para atender. É certo que eu despacho-os num instante mas não havia necessidade de ter que fazer o trabalho sujo dele. No outro dia foi à porta atender um vendedor de televisão por cabo. Conseguiu dizer ao homem que estava fidelizado mas acho que o disse com cara de interessado. Acontece então que o sr. começou a desbobinar sobre todos os pacotes e preços até que me fartei. Lá fui eu, até à porta com a minha cara de poker dizer ao rapaz que não poderíamos mudar mesmo que quiséssemos. Despachei-o indicando para voltar dentro de um ano.
Ainda esta semana tivemos outra situação. Ligaram-lhe para o telemóvel, como não conhecia o numero pediu-me para atender porque deveria ser alguém a vender algo.
- Estou sim. - disse eu friamente
- Boa noite seria possível falar com o Rodrigo?
- Quem fala?
- Sou o X que joga com ele nos veteranos.
- Toma lá o telemóvel que é um colega teu da bola.
Claro que o colega deve ter ficado a pensar que eu era tão má que até controlo o telefone ao marido.
Fica então a deixa que a mulher nem sempre é a má da fita. Acho que muitos homens usam esse mito em proveito próprio e eu sou a prova disso.
São perguntas que oiço constantemente e para as quais não tenho resposta, aliás acho que ninguém tem resposta. Cada caso é um caso e o que resulta para duas pessoas pode não resultar para outras. Cada um de nós tem uma personalidade própria e quando juntamos duas personalidades diferentes debaixo do mesmo tecto a coisa nem sempre corre bem.
No entanto há uma coisa que aprendi com a vida. O casamento é uma parceria e é assim que deve ser encarado. No fundo somos dois gerentes de um pequeno negocio, como em qualquer sociedade, temos que fazer cedências e compromissos. Tudo deve ser alvo de argumentação, discussão e negociação porque juntos seremos sempre mais fortes.
A união é o que nos torna mais fortes e é essa união que temos que tentar manter. Por vezes sabemos que as coisas vão ficar difíceis mas o facto de termos alguém que enfrenta a tempestade connosco, torna tudo mais fácil.
Recentemente tivemos um pequeno abano familiar. A minha mãe ficou doente e precisou de alguns dias de descanso. Ficamos com o problema do que fazer com os pequenos. A avó queria leva-los todos mas assim não teria direita a descanso. Resolvemos então deixar ir os mais velhos e desenrascar com os mais novos. Pedimos à minha sogra que ficasse umas horas diariamente com eles o que ela aceitou de bom grado. No entanto não quisemos abusar, primeiro porque têm alguns problemas de saúde e segundo porque já fica com as minhas duas sobrinhas.
Eu deixo-os lá de manhã, o mais tarde possível, e aproveito o transito excelente para chegar ao trabalho mesmo em cima da hora. O marido sai do trabalho por volta das 10:30/11H e vai busca-los. Dá-lhes o almoço que eu deixo preparado de véspera e dormem os três a sesta juntos. Quando chego a casa encontro os pequenos felizes da vida por estarem com o pai, muitas das vezes já estão de banho tomado e tudo. Faço o jantar, adianto algo para o dia seguinte e fico com os pequenos para o marido descansar. Por volta das duas oiço o despertador tocar e sinto o marido sair. Passo o resto da noite sozinha com eles. Se choram tenho que ir eu. Se acordam tenho que ir eu. Se não dormem com o calor tenho que ir eu. Não me queixo até porque o marido também não se queixa. Andamos os dois cansados mas sabemos que é uma fase e que dentro em breve tudo voltará ao normal.
Neste momentos sei que escolhi o parceiro ideal para estar ao meu lado. Não poderia ter escolhido melhor companheiro para mim nem melhor pai para os meus filhos. Sabemos trabalhar em equipa e tirar o melhor partido disso. A verdade é que os problemas tendem a tornar-nos ainda mais próximos. A união faz a força, espero que nunca percamos esta união e esta capacidade de trabalhar em conjunto por um objectivo em comum.
Marido liga à mulher a questionar se ela sabe da chave de casa dele. A mulher responde que não sabe dela e pergunta se ele já procurou bem porque tem o habito de nunca encontrar nada. O marido responde que já procurou na casa toda e que não a encontra, não poderá a mulher ter levado a chave dele por engano? Mulher responde que tem a própria chave pelo que nunca poderia ter pego a dele.
A conversa termina sem que se encontre o paradeiro da chave. Depois de desligar a mulher decide, por descargo de consciência, ir verificar a mala e não é que descobre a chave do marido. E agora? Mas como uma mulher tem sempre razão esta não dá parte fraca e fecha-se em copas sobre as chaves. Em casa aproveita o facto de o marido ainda não ter chegado e esconde as chaves por debaixo de uma papelada, numa gaveta onde ele habitualmente guarda as suas coisas.
O marido chega a casa e a mulher pergunta-lhe, muito inocentemente, se ele já encontrou as chaves. Perante a resposta negativa a mulher abre a gaveta das tralhas, começa a mexer e milagrosamente encontra as chaves. O marido nem quer acreditar jura que revirou a gaveta e que não viu as chaves.
A mulher diz-lhe que ele tem que apreender a procurar melhor.
Esta historia é baseada em factos verídicos e deixem que vos diga que ainda hoje nos rimos sobre este incidente que acabei por confessar ao final de algum tempo.