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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Conversa ao jantar

- Leonardo queres mais? 

- Não mãe.

- Mãe o Leonardo parece que está doente.

- Então porquê?

- Porque não quer repetir nem parece dele.

- Pois não.

- Leonardo, estás doente?- pergunta o Guilherme

- Claro que não. Estou tão obcecado com a nossa brincadeira que nem consigo comer. Vou já para cima preparar tudo. Despacha-te para vires brincar.

Não me perguntem que brincadeira fantástica era mas devia ser fantástica para o rapaz nem conseguir comer

Forte!!

Andavam numa correria pegada pela casa até que o inevitável aconteceu, o Salvador tropeçou e caio no chão. Começou de imediato a queixar-se e ia começara chorar quando o Guilherme:

- Não chora mano.- disse enquanto o pegava- Tu és forte e não vais chorar. Forte. Forte. Assim mesmo.

O Salvador lá se esqueceu e começou de novo a brincar. Eis que um dá com um boneco nas costas do irmão mais velho.

- Aí, fogo isso dói.

- Guilherme! Tu és forte. Não te vais queixar. Forte. Forte.

- Ó mãe mas isto doeu mesmo.

- Tenho a certeza que as pernas do teu irmão também lhe doeram da queda.

Brincar às escondidas n#2

Os pequenos continuam a adorar brincar às escondidas. Eu costumo brincar com eles, um deles conta enquanto eu me vou esconder. O segundo acha piada vir para o pé de mim e acaba sempre por denunciar o nosso esconderijo. Outras vezes sou eu que conto e depois vou encontra-los no meu ultimo esconderijo.

No fim de semana queriam jogar mas eu estava ocupada a fazer o almoço. Os mais velhos quiseram estão jogar com os irmãos. O  Guilherme voluntariou-se para ser sempre a contar. O Leonardo escondia-se e os pequenos seguiam-no. Adorei ver como o Guilherme andava pela casa a fingir que os procurava embora soubesse desde o primeiro minuto onde estavam escondidos. Fartei-me de sorrir a vê-lo imitar-me, ignorando um pé de fora dos pequenos ou os risos que indicam bem o paradeiro deles. Em vez disso o mais velho andava pela casa a dizer:

- Onde é que eles se esconderam?

- Não estão aqui.

- Também não estão aqui. Estou a ficar sem ideias.

Os pequenos não conseguiam conter os risos de felicidade por conseguirem estar escondidos sem que o irmão os descobrisse.

São estes momentos que me fazem perceber que é tão bom ter irmãos.