Mãe, olha só o que eu aprendi!
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Isto hoje não está fácil. Não sei o que se passa com o Santiago mas passou a noite quase toda em claro. Primeiro não comeu quase nada ao jantar, assim que lhe punha a comida na boca cuspia-la logo. Entretanto dormiu um pouco entre as 22H e a meia-noite e depois acordou. Tentei dar-lhe de comer, pois pensei que seria fome, não quis. Liguei a televisão no baby TV e deixei-o quieto a ver se amolecia. Acabou por adormecer mas passados 2 minutos já estava a chorar. Tentei adormece-lo ao colo mas não parava quieto. Tentei deitar-me com ele e nada. Por volta das 3:30H o marido rendeu-me para dormir um pouco. Quando nos levantamos as 6:30H o Santiago estava finamente a dormir. O Rodrigo disse-me que tinham dormitado durante as ultimas horas, dormiam 10/15 minutos e depois acordava, foi assim durante o tempo que ficou com o pai. Pensei que agora iria dormir mas passados 2 ou 3 minutos de estarmos a pé já estava novamente acordado. No carro dormitou como é costume mas assim que parei o carro acordou logo.
Não chora como se tivesse dores mas está muito refilão. Refila por tudo e por nada. Não consigo perceber o que se passa. Espero que sejam dentes mas nunca mais nascem. Ainda o que vale é que o irmão dorme como uma pedra.
É impressionante como o Santiago me relembra o Leonardo. Ontem aconteceu mais uma vez, se bem que desta vez não trouxe lembranças boas. Estava sentado a brincar na sala e deixou-se cair para trás, bateu muito ligeiramente com a cabeça até porque estava em cima da carpete. Eu estava na cozinha e começo a ouvir a minha tia a dizer para eu ir ver o menino e lá vou eu a correr pois já imaginava o que se passava. Encontro-o nos braços da minha mãe já a ficar roxo, peguei-o imediatamente, começei a abana-lo, soprar-lhe para a cara e já estava preparada para lhe dar uma palmada quando ele finalmente inspirou e começou a chorar.
Fui à cozinha molhar-lhe a cara e só sentia o meu coração a mil à hora. As pernas pareciam gelatina e o estômago ficou embrulhado. Seria de esperar que já tendo vivido esta situação com o Leonardo estivesse mais à vontade com esta situação. Mas a verdade é que não estou, de cada vez que ele deixa de respirar eu temo que não volte a si. Felizmente tenho um instinto que não me deixa entrar em pânico e me faz reagir. Mas quando a situação passa fico com um nó no estômago. Durante dias revejo aqueles segundos que me pareceram horas e fico ansiosa.
O problema está diagnosticado. Tanto ele como o irmão tem as amígdalas muito grandes, tão grandes que obstruem a passagem de ar pelo que terão de ser retiradas. Por norma costuma-se esperar pelos três anos, mas acho que terão de ser operados mais cedo. Voltamos em Outubro para serem reavaliados e se ele continuar a ter estes episódios deve ser para avançar.
Já vi bebes gatinharem de muitas maneiras mas confesso que assim nunca tinha visto.