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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Sexta-feira 13

- Mãe, amanhã é sexta-feira 13!

- Sim Leonardo e então?

- Então que é um dia de azar.

- Nem sempre filho. Eu até gosto de sextas-feiras 13.

- Gostas? Porquê?

- Porque costumam acontecer-me coisas boas nesse dia.

- Eu nem acredito nisso. Como assim? Costumas encontrar dinheiro no chão?

- Sim, e costumo receber boas noticias nesse dia. 

- Eu cá já tenho azares todos os dias por isso nem quero pensar como vai ser sexta-feira.

- Tens azares todos os dias? Que azares são esses?

- Então... Talvez... Sabes...

- Tantos azares e nem me sabes dizer nenhum.

Vamos lá ver se lhe acontecem muitos azares hoje. Só pelo sim e pelo não, não o vou levar comigo quando for jogar no euromilhões. Sabemos lá se o azar dele não é contagioso

 

Existem dias maus e depois existem dias...

Algo se passa connosco neste últimos tempos. Se eu fosse de acreditar em maus olhados e assim, já anda  paranóica. Acho que a fase pior começou quando nos bateram no carro e este foi para a oficina. Tive que andar dum lado para o outro para deixar o nosso e buscar o do seguro. Dias depois tive que entregar o do seguro e o nosso nem sequer estava pronto. A oficina disponibilizou um carro mas de cinco lugares, tivemos que nos desenrascar com um carro velho que nem a velocidade marcava e no qual não cabíamos os seis.

Finalmente a história do carro ficou resolvida e então veio a história da máquina de lavar roupa. Uma semana sem máquina com uma tonelada de roupa é algo que não quero relembrar. Entretanto fomos à gastro e ficou confirmado o refluxo do Salvador. Começou o omeoprazol e vamos ver como reage. No dia seguinte fomos ao otorrino e veio o diagnóstico que o Salvador tem otites serosas. Viemos com um batalhão de medicamentos e a conta na farmácia foi bastante jeitosa. 

No dia seguinte descubro que os pequenos trouxeram um presente da escola. Primeiro nem sabia bem o que era, foi necessário ir ao google e pesquisar imagens de piolhos para ter a certeza. Sou mãe à quase onze anos e nunca tinha tido piolhos em casa. Mais euros na farmácia. Novo corte de cabelo aos gémeos e a família toda com champô na cabeça. Passei os dias seguintes a lavar tudo o havia em casa para garantir que ficávamos sem ovos dos ditos cá em casa. Acho que lavei mais roupa em dois dias do que costumo lavar num mês. 

Segunda-feira volto ao trabalho exausta, mas com vontade de espairecer. O dia correu bem, tirando o facto de estar aterrorizada com os piolhos. Passei o tempo todo a coçar a cabeça sem saber se era psicológico ou se o champô me irritou a cabeça. Mais tarde cheguei a casa e percebi que tudo o que tinha no congelador estava a descongelar. Pensei que a porta tivesse ficado mas fechada e tratei de o fazer correctamente. Voltei uma horas mais tarde e estava tudo na mesma. Passei a noite a cima e baixo a acompanhar o processo, até que me conformei que não havia nada a fazer. Deitei fora o que não tinha salvação, partilhei o que podia ser consumido nos próximos dias. Ontem cheguei a casa e percebi que o frigorífico juntou-se ao irmão. Apesar de terem compressores diferentes o problema parece afectar os dois. Ou isso ou estamos outra vez a sofrer com os sentimentos dos nossos electrodomésticos.

A verdade é que aqui estamos nós, uma família de seis sem frigorífico ou congelador. O técnico vem hoje e eu só peço que seja algo para o qual tenha peças. Caso contrário terá que encomendar material e sabemos lá quando a coisa estará resolvida. É caso para dizer o que mais pode acontecer?

 

Eu, só eu...

Ontem a caminho de casa tive uma situação caricata. De um momento para o outro o carro começa a apitar e eu começo a perceber o motivo de tanto alarido. Vi então que o Salvador tinha tirado o cinto de segurança e fui forçada a parar o carro. Tive que encostar numa zona de terra à beira da estrada mas como era estreita fiquei mesmo rente ao traço continuo. Aproveitei uma brecha no transito, sai do meu local e enfiei-me no banco de trás para apertar o cinto ao rapaz.

Ralhei com ele e disse-lhe que não podia fazer aquilo. Ele desatou a chorar, eu tentei acalma-lo quando comecei a ficar em pânico perante a asneira que tinha feito. Quando me sentei no banco de trás deixei que a porta fechasse porque não queria que algum carro ma arrancasse, o problema é que temos a tranca de crianças activada. Assim dei por mim fechada junto com os miúdos no banco de trás. Tentei baixar o vidro para alcançar o puxador do lado de fora mas também os vidros estão trancados para segurança dos pequenos.

Pois estava ali presa com o carro a trabalhar, chave na ignição, o Salvador a chorar e eu só pensava o que mais poderia correr mal. A única opção era passar por entre os bancos para os lugares da frente. Num carro normal isto até nem corre mal, mas no nosso é um pouco mais difícil devido aos apoios de braços que diminuem o espaço entre bancos e por causa da consola de arrumação que existe entre os bancos, no local onde costumava estar o travão de mão. Juntem a isto o facto de eu conduzir com o banco colado ao volante e o espaço para me enfiar entre o banco e o volante é quase inexistente. Acabei por fazer quase a espargata, apontei a perna direita para o buraco disponível, deixei a esquerda no espaço de trás. Depois deixei-me deslizar para o banco do condutor sem saber o que fazer á perna esquerda. Lá consegui juntar o joelho à testa e roda-la para o sitio certo.

Se me cansar da minha profissão actual posso ir trabalhar como contorcionista. No fim chegamos a casa sãos e salvos. O marido perguntou porque tinha demorado tanto eu limitei-me a sorrir e pensar se ele soubesse....

Só me apetece gritar!

Estas ultimas semanas têm sido horrorosas. O trabalho apertou e temos trabalhado alguns sábados. Também não ajudou o facto de estarem a tentar migrar os sistemas de servidor, o que faz com que levemos o triplo do tempo a fazer tarefas básicas. No meio disto tudo ainda tivemos que nos desdobrar e lidar com uma virose que atacou os gémeos.

Entretanto o vizinho de baixo veio informar-nos que tinha uma infiltração de água proveniente de nossa casa. Percebemos que a culpada é a cabine de duche. Foi montada e instalada pelo marido à dois anos atrás pelo que até demorou a dar problemas. Tivemos que procurar quem viesse em nosso auxilio e resolvesse o assunto.

Como estamos numa de perseguição aos vizinhos, uma noite destas o marido resolveu roçar o nosso carro no da vizinha. O stress e o cansaço estão a dar cabo de nós.

Para além disto tudo, ainda lidamos com o facto de estarmos preocupados com o Salvador. A médica de família alertou-nos para o facto de o rapaz ter um sopro no coração. Em principio não é nada mas temos que fazer uma ecocardiograma para ter a certeza. Só logo ao final do dia é que vamos saber se podemos suspirar de alivio.

Definitivamente Outubro não é o nosso mês. 

Que faz uma mãe quando fica sozinha em casa?

Na sexta-feira passei a noite sozinha em casa. O marido foi passar o fim de semana fora, a empresa onde trabalha tem o habito de oferecer um fim de semana de convívio aos funcionário uma vez ao ano. Os rapazes passaram a noite em casa da avó para eu não ter que os acordar as seis da manhã, uma vez que tinha que ir trabalhar no sábado.

Ora eu deparei-me com uma casa vazia e só para mim. Fiz para planos de lavar roupa, as casas de banho e relaxar  a seguir. Pensei que poderia adiantar um pouco o livro que ando a ler e no qual não pego à séculos. Isto foi o que pensei....

Na verdade o que aconteceu foi. Coloquei a máquina a lavar e fui limpas as casas de banho. Voltei à cozinha para arrumar o detergente e senti os pés molhados. Acendi a luz e deparei-me com uma pequena inundação na cozinha. Escusado será dizer que passei o resto da noite a limpar água debaixo dos móveis. Ainda andei de volta da máquina a tentar perceber o que se passava. Limpei o filtro, as borrachas, a gaveta e tornei a coloca-la a lavar. Felizmente já não deitou mais água mas quando acabei tudo estava de rastos.

Digam lá que não sou a pessoa com mais sorte do mundo?

Numa maré de azares.

Pois começo a acreditar que estou em maré de azar. Na sexta-feira marcámos uma viagem a Paris, chego a casa e deparo-me com as noticias. Primeiro nem me apercebi porque estava desesperada por casa da bendita chave que caiu no fosso do elevador. Andei a ligar para os técnicos dos elevadores para ver se conseguíamos recuperar a chave. Fui informada que é possível recuperar e deram-me duas hipóteses. O técnico deslocava-se de propósito ao local com um custo, digamos que mais vale comprar uma chave nova. Ou esperar pela revisão mensal para receber as chaves sem qualquer custo. Claro que escolhi a segunda opção, até porque tenho uma segunda chave, então informaram-me que deveria ligar na segunda-feira para combinar.

Depois de falar com os técnicos apercebi-me que afinal aquilo em Paris era sério. Comecei logo a imaginar o marido a não querer ir. Se não tivesse dado sinal na sexta-feira acredito que já não iríamos. Mas agora já não há nada a fazer. Dizendo a verdade nem estou minimamente preocupada o que for para nós será, para além disso, casa roubada trancas à porta. Penso que a segurança vai ser tal em Paris durante os próximos tempos que até será a melhor altura para lá ir.

O sábado correu bem. Fomos passear com os miúdos e levamos os mais velhos ao Lego Fun Factory. Ficaram lá uma hora e adoraram. Ainda estavam a sair e já perguntavam quando é que voltavam outra vez.

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 Sim tudo parecia estar a correr bem mas... comecei a passar mal na noite de sábado para Domingo. Não dormi nada cheia de dores de estômago e de barriga. Apercebi-me, já de manha, que estava com uma paragem de digestão. Espero que não seja viral, porque senão vai correr a casa toda. Enquanto não saiu tudo cá para fora estive cheia de dores. Depois lá acalmou um pouco mas ainda hoje não estou a 100%. Ontem só consegui beber um chá e comer um pão. Hoje bebi meia chávena de chá e ainda não consegui comer mais nada.

Claro que ontem não tive disposição para  fazer quase nada. Fiz o almoço e sopa sentada numa cadeira, nem força nas pernas tinha. Paciência para o próximo fim-de-semana ponho tudo em dia.

Entretanto há pouco liguei para a firma dos elevadores para saber quando iriam fazer a revisão ao elevador. Fui informada que já foram este mês. Adivinhem quando? Na quinta-feira passada. Por tanto, vou ter de esperar um mês para recuperar a minha chave. Informaram-me também que estarei de estar presente para receber a chave. Tenho que ligar no inicio do mês que vêm para combinar com eles. Só espero que dê para irem quando estou de férias porque senão vou ter que faltar ao trabalho. Digam lá que não ando numa maré de azar?