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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Sempre a surpreender-me

Como sabem na terça-feira fui ao hospital com o Guilherme. O médico achou por bem receitar-lhe Atarax para combater a reacção alérgica. Mandou o rapaz pesar-se e quando percebeu que ele tinha mais de 36 kg mencionou que lhe ia prescrever comprimidos.

Eu devo ter mudado de cor e o Guilherme ficou com cara de pânico. O médico percebeu que algo não estava bem e perguntou se ele não tomava comprimidos. Eu referi que nunca tinha tomado e que não sabia que seria capaz. Durante alguns momentos revi-me a mim em criança e o meu trauma para tomar comprimidos. Eu bem que os tentava engolir mas eles simplesmente colavam-se à minha língua, quanto mais água eu bebia mais eles se colavam. Desenvolvi então a táctica de os mastigar. Sim eu sei que é um habito horroroso para já não falar que o sabor é repugnante mas só assim conseguia. Quando eram cápsulas a minha mãe abria o invólucro, deitava o pó numa colher e diluía aquilo numas gotas de água. O sabor era asqueroso e o liquido granuloso mas tinha que ser.

Hoje sei que o problema em engolir comprimidos é muito mais usual do que eu pensava. Conheço pessoas que ainda agora na idade adulta não os conseguem tomar inteiros. Eu felizmente superei o trauma.

Sai do hospital com a receita e passei na farmácia para comprar remédio. Entreguei o comprimido minúsculo ao meu filho enquanto pedia para não ter saído à mãe. Para meu grande espanto colocou-o na boca, bebeu água e engoli-o o medicamento.

Tanta preocupação e afinal não foi assim tão difícil tomar um comprimido pela primeira vez.

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