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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Quando a paixão termina?

Não existe nada melhor do que estar apaixonada. Ficamos de sorriso no rosto e nada nos tira o optimismo do espírito. A paixão trás uma força interior, um animo que nos faz mover montanhas.

No entanto a paixão nem sempre dura para sempre. Muitas vezes não é cultivada. Começam a existir pequenas situações que nos vão desmotivando. Seguem-se outras e mais outras. Quando damos por nós a paixão transformou-se numa espécie de ódio.

Foi exactamente isso que se passou comigo. Durante anos fui apaixonada pela minha profissão. Adorava o ritmo, a pressão, a adrenalina constante da procura de soluções. Não tinha qualquer problema em trabalhar doze horas por dia durante 6 dias da semana. 

Entretanto as coisas mudaram. Eu mudei. A empresa mudou. Vieram novas ideias e deixem que vos diga que não sou nada contra novas ideias. Contudo quando vês que as iniciativas não são minimamente adaptadas à situação e são mudadas quase diariamente num ritmo que é impossível de acompanhar.

Quando assistes a más decisões, umas a seguir às outras, cresce uma revolta em ti. A paixão acaba e fica uma mágoa. Durante os últimos tempos andei totalmente insatisfeita com a minha situação. O marido pressionava para eu procurar outra coisa mas o receio e o comodismo falava mais alto. Deixei a situação arrastar-se na esperança de surgirem melhores dias. É difícil deixar algo que já nos foi próximo do coração.

Felizmente a resposta às minhas duvidas chegou. A empresa num processo de reestruturação teve que despedir pessoas. Eu já tinha demonstrado o descontentamento e referido a minha vontade em sair. Acabei por ser uma das contempladas.

Vou confidenciar que quando recebi a noticia fiquei com um sorriso de orelha a orelha, pode parecer mal afinal existem tantos desempregados, mas foi o que senti. Foi como se uma infinita possibilidade de coisas surgissem no horizonte. Como se um enorme peso me saísse de cima e eu conseguisse finalmente respirar.

Talvez daqui por uns tempos venha a ter uma perspectiva diferente mas neste momento só quero aproveitar este tempo em família que este verão me proporciona.

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