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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Por vezes os melhores gestos vem de quem não se espera

Ás vezes na vida temos uma certa ideia das pessoas. Criamos preconceitos e estereótipos que nos levam a depreender que uma certa pessoa vai agir de uma determinada ideia, mas a verdade é que nem sempre é assim. Por vezes os melhores gestos vem daquelas pessoas que não esperávamos.

No última sexta-feira fui com os 4 miúdos no supermercado. Precisava de algumas coisas e como sabia que o marido estava a aspirar a casa, resolvi tratar das compras com os 4 de forma a darmos tempo ao pai para acabar a tarefa. Entrei no supermercado e notei que estava a ser perseguida por uma Sr.ª. Cada vez que eu parava ou abrandava o carrinho dos gémeos lá estava ela de volta deles.Quando ia andar com o carro lá estava ela a frente dele. Noutro dia até poderia ter achado piada mas depois de uma semana de trabalho não estava a gostar nada. Ainda por cima a Sr.ª fingiu que eu nem existia e nem me dirigiu a palavra.

Lá consegui reunir tudo o que precisava e vou para as caixas. Filas enormes. Ainda olhei para a caixa prioritária mas estava ainda mais cheia que as outras. Como estava sem paciência e já estive uma situação desagradável numa caixa prioritária resolvi ficar numa das caixas normais. Assim que me coloquei na fila um sr. da caixa ao lado disse-me para passar à frente dele. Eu agradeci mas recusei argumentando que só tinha uma senhora à minha frente. O sr. tornou a insistir porque à minha frente estava um carrinho a transbordar. Eu agradeci mais uma vez mas disse que não valia a pena. Ás tantas já estava outro senhor a oferecer-me passagem mas acabou por nem ser preciso porque a Sr.ª que estava à minha frente acabou de colocar as compras no tapete e tirou o carro do caminho para eu passar a frente. Eu acabei por aceitar e agradeci a todos.

Sai do supermercado a pensar que realmente há pessoas e pessoas. Já reclamaram comigo por solicitar passagem na caixa prioritária, já fui fuzilada com o olhar, já ouvi as pessoas ficarem a comentar que já não há respeito pelos outros. No dia em que resolvo ir para uma caixa normal toda a gente me quer das prioridade.

 

Um dia destes fomos a um centro comercial, chegamos ao pé do elevador e estava uma sr.ª na casa dos 60 já à espera. O elevador chega e eu digo ao marido que vou pelas escadas com os mais velhos de forma a ele caber no elevador com a Sr.ª. O elevador abre as portas e a Sr.ª entra, espalha os 4 sacos das compras que tinha pelo chão do elevador todo impossibilitando a entrada de mais alguém. Eu que fervo em pouco água perguntei-lhe ,com toda a educação, se a srª. ia subir. Respondeu-me que ia descer. Pedi-lhe então que desse um jeitinho para entrarmos com o carrinho  dos gémeos até porque o elevador ia primeiro para cima. Começou a resmungar que não tinha chamado o elevador para cima que o elevador ia para baixo. Eu mostrei-lhe o visor do elevador que indicava que ia subir e expliquei-lhe que só queríamos partilhar o elevador. A srª. acabou por sair do elevador e ficou a resmungar, não percebi bem porquê, ninguém lhe faltou ao respeito e só lhe pedimos que coloca-se os sacos todos mais juntos.

Nesse mesmo dia quando íamos descer nos ditos elevadores. O elevador chegou ao piso e vinha ocupado por um casal jovem de pessoas de cor. Assim que viram o meu marido saíram do elevador para ele entrar, o meu marido disse-lhes que cabiam todos pelo que espremeram-se um bocado mas partilharam o elevador.

Agora digam-me lá, se o elevador deu para o meu marido, para o carrinho, para o casal e para um trolley que eles traziam, não  dava para a srª., 4 sacos, o carrinho e o marido?

 

 

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