Nem quis acreditar no que vi ontem
Depois de mais de uma semana fechados em casa alguns bens essenciais começavam a faltar. Não tive outro remédio se não sair para ir às compras. Cheguei à porta do supermercado dez minutos antes da hora de abertura, entrei sem problemas e não vi nada de anormal. É certo que alguns bens desapareceram ou foram, estratégicamente, trocados pelos similares mais caros mas só compra quem quer. Eu acabei por não trazer certos produtos porque me recuso a pagar bens inflacionados. Talvez, num futuro próximo, terei que o fazer mas só quando não conseguir evitar.
No entanto o que mais me espantou foi a situação que vi quando saí do supermercado.
Ao sair do estabelecimento vi uma mãe com duas crianças a passar a fila de pessoas para falar com o segurança. Senti pena daquela mãe que se via forçada a levar as crianças consigo, uma ainda de colo e outra que não teria mais que 3 anos. Enquanto avançava para o carro vi um homem com um carrinho aproximar-se da entrada. Estranhei o facto e observei um pouco. Percebi que a mãe que tinha passado por mim e que tinha entrado no supermercado tinha parado a poucos metros da porta à espera. O homem explicava algo ao segurança enquanto apontava para a senhora e as duas crianças. O segurança limitava-se a abanar a cabeça recusando deixar o homem entrar.
Afinal a pobre mãe que se via obrigada a ir às compras com as crianças não estava sozinha. Fiquei chocada. As pessoas continuam a fazer o que bem entenderem sem pensar nos resultados das suas acções.