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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Já sei o que o pai lhe disse!

Ontem finalmente lembrei-me de perguntar ao marido o tema da tão famosa conversa.

Descobri então que disse ao pai, mais uma vez, que queria um hamster. Já o ano passado andou a chatear-nos com o assunto, chutámos para o fim do ano escolar e depois desculpamos nos com o facto dos gémeos serem pequenos. Eu nem me importo com a ideia, até porque foi de mim que herdou esta queda para os animais. Eu era daquelas crianças que apanhava os passarinhos que caiam do ninho e levava-os para casa. Via um cão vadio e ficava cheia de pena, eles provavelmente pressentiam a minha pena e seguiam-me até casa. Acabava sempre por ir buscar um pouco de comer para lhes dar.

Voltado ao tema principal, o meu menino tornou a dizer ao pai que queria um hamster. O pai explicou-lhe que ele não é responsável o suficiente para cuidar de um animal. Então o Guilherme prometeu que iria ser mais responsável e que iria ajudar mais. O pai disse-lhe que perto do Natal iríamos avaliar a prestação dele durante estes meses e logo decidiríamos se pode ou não ter um animal.

Até ver continua a esforçar-se imenso. O pai está a fazer figas para que ele se canse e volte ao mesmo para não ter que lhe dar o hamster. Já eu não me importo de lhe dar um animal mas estava mais inclinada para algo mais robusto. Preferira um coelho anão ou outra coisa similar. Não é que não goste de hamsters mas acho que um hamster e os gémeos não vai correr bem, só imagino o animal no chão e um dos gémeos a cair-lhe em cima.

 Bem não vale a pena preocupar-me com isso agora. Vamos lá ver o que acontece nos próximos meses.

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