Histórias que ficam para sempre
No fim de semana estivemos com os meus pais. Estávamos a conversar sobre a liberdade que eles nos deram versus a liberdade que agora damos aos nossos filhos. Mais uma vez veio à baila a história da Catarina foi ao talho que tanto diverte a minha família.
Devia ter meus oito, nove anos e a minha mãe incumbiu-me de ir comprar um frango ao talho. Eu ia ao pão desde os três anos. Com cinco comecei a ir ao supermercado mas nunca tinha ido ao talho. Aceitei a tarefa com satisfação porque era sinal que a minha mãe confiava em mim. Saí de casa decidida a fazer o melhor trabalho possível.
A minha mãe ficou em casa apreensiva com o recado que me tinha mandado fazer. Teria que atravessar mais estradas e sair um pouco da zona por onde andava habitualmente. Passaram vinte minutos e eu nada de aparecer. Trinta, trinta e cinco e nada. A minha mãe esperava à janela e por fim lá me viu em direção a casa.
- Então Catarina, tanto tempo?
- Ó mãe tive que ir ver onde é que o frango estava mais barato. Primeiro fui ver o preço aos talhos todos e depois fui comprar no que tinha o preço mais baixo.
- Ainda bem que só existem três talhos caso contrário hoje não almoçavamos.