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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Há dias em que tudo corre mal

Não sei porque é que o universo funciona assim mas a verdade é que se há dias em que corre tudo relativamente bem existem outros em que nem sequer deveríamos ter saído da cama. Não sei porque isto acontece talvez seja um mau carma ou qualquer coisa do género. Mas tenho a certeza que já todos passamos por isso.

Começa logo de manhã e as causas podem ser muitas. Adormecemos, os miúdos demoram uma eternidade a vestirem-se, entornamos um biberão, um dos bebés bolsa-se ou bolsa-nos e temos que trocar a roupa dele ou nossa. Já estamos no carro e lembramos-nos que ficou algo necessário em casa, voltamos a trás. Entretanto já estamos a atrasados tentamos recuperar o tempo perdido mas algo está contra nós. De repente verificamos que estamos sem combustível e temos que para nas bombas, mais tempo perdido. Os sinais teimam em ficar todos vermelhos. Quando não existem sinais luminosos apanhamos uma alma que dirige a 20 Km/h e não existe forma de a ultrapassar.  Por fim conseguimos chegar ao trabalho atrasados e já com os nervos à flor da pele.  

Claro que no trabalho as coisas também não nos facilitam a vida. Temos que lidar com um cliente chato que quer por força ter razão quando não tem. Um transportador falha uma entrega importante e nós é que vamos ouvir do cliente. Os colegas trocam mercadoria e os cliente recebem mercadoria errada. O telefone não para de tocar. Temos a caixa de email cheia. O chefe resolve vir com ideias luminosas e nós fingimos que estamos a ouvir. Respiramos fundo contamos até 10, tentamos em vão acalmar-nos mas no fundo só nos apetecer agarrar a carteira e ir partir para casa. Por momentos passa-nos pela cabeça a pergunta será que se eu sair alguém dá por isso? Entretanto o telefone toca novamente e antes de atendermos pedimos para que chegue rápido a hora de irmos embora.

Finalmente estamos a caminho de casa mas o universo continua a conspirar contra nós. Apanhamos um acidente. Ou estão a alcatroar a estrada. Levamos uma hora para fazer um percurso que habitualmente demora 30 minutos. apanhamos os miúdos que resolvem vir a implicar o caminho todo. Ameaçamos parar o carro e deixa-los na rua. Eles calam-se. Chegamos a casa, estacionamos na garagem e verificamos que os rapazes adormeceram. Vamos em busca de auxilio mas o marido não está, foi correr. Tentamos  acordar os meninos, quase que é preciso um balde de agua. Por fim conseguimos que vão tipo zombies até ao elevador. Abrimos a porta de casa e quando nos preparamos para mandar os filhos para a cama vemos que milagrosamente estão dispertos. A muito custo conseguimos dar-lhes banho e jantar. Sentamos-nos no sofá e adormecemos imediatamente. Acordamos com um dos filhos a perguntar alguma coisa e apercebemos-nos que adormecemos antes de os mandar para a cama. Já é tardíssimo e eles ainda estão a acordados. Colocamos-los na cama, vamos-nos deitar e só pedimos que o dia de amanhã seja melhor que o que passou.

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