Fiz o que já não fazia à muito tempo
Li sobre o livro no blog da Mula e fiquei logo atraída pela história. A Mula fez o favor de mo emprestar e na sexta estava na minha caixa do correio.
Não peguei logo nele porque tenho mil e uma coisas para fazer devido à mudança. Passei o sábado a limpar e arrumar mas cada vez que passava pelo hall de entrada os meus olhos recaiam sobre ele. Ao fim da tarde resolvi que merecia um pouco de descanso e fui ler um pouco enquanto o marido via o Benfica. Comecei a ler e fui imediatamente transportada para dentro da história. É um daqueles livros que nos prende desde a primeira palavra e que faz com que as horas passem sem darmos por elas. Quando me apercebi o marido já estava a preparar o jantar, já tinha terminado o jogo e eu nem tinha dado por nada. Resignada pousei o livro embora fosse a ultima coisa que me apetecesse fazer.
No domingo seguiu-se um novo episódio de escolha e empacotamento em série. Ao fim da tarde sentei-me um pouco e peguei novamente na história. Li mais um pouco sobre as atrocidades que foram cometidas. Senti as lágrimas caírem com os horrores que aquelas crianças passaram. O meu coração de mãe ficava angustiado cada vez que se falava na fome que aqueles pequenos seres passavam.
Chegou a hora de deitar e o meu coração estava inquieto. Só conseguia pensar na história e como terminaria. Talvez pelo facto de sentir a minha ansiedade o Salvador não caia no sono nem por nada. Demorou perto de hora e meia a adormecer mas mesmo assim eu não quebrei. Era uma pessoa com um objectivo e fiz o que já não fazia à muito tempo. Fui para o sofá munida com o telemóvel em modo lanterna e terminei as ultimas páginas que faltavam.
Depois de terminado posso dizer que tem uma história muito boa. Sim fala de horrores e de atrocidades mas também fala de esperança e de força para lutar. Fiquei especialmente impressionada com a forma como a personagem principal foi capaz de manter um certo optimismo o que ajudou muitos outros.