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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Desanimo

Este é o sentimento que se apoderou de mim e espantou a euforia pré férias.

O marido acordou-me às 4:30 da manhã para me informar que a carrinha dele estava avariada. Inicialmente nem percebi o que me estava a dizer. Por momentos pensei que fosse mais um dos exageros dele. Por norma, ouve ruídos estranhos e passa a vida a dizer que algo não está bem apesar de nunca termos tido problemas. Pensei então que seria algo do género mas depressa percebi que p caso era sério. O carro simplesmente não pega, aliás bem dá sinal de arranque. Presumimos que possa ser o motor de arranque mas só o mecânico pode confirmar. O marido foi de mota para o trabalho e eu já não consegui dormir. Ainda tentei mas não conseguia desligar o meu cérebro. Fiquei a matutar soluções para a embrulhada em que ficamos.

Primeiro tenho que ligar para a oficina do seguro para informar que afinal não vou lá deixar hoje a minha carrinha para reparar a batida. Tínhamos combinado tudo de forma a esta ser reparada  durante a próxima semana evitaríamos assim ter que usar um carro de substituição.

Depois tenho que tentar ligar para uma companhia de reboques a tentar perceber como é possível tirar o carro da garagem sendo que o reboque não entra na nossa garagem e não me parece muito viável empurrar aquela carrinha pesada pela rampa da garagem que têm uma inclinação bem acentuada.

O marido tem que passar no mecânico a ver se podemos lá deixar hoje a carrinha. Se sim tem que accionar o reboque do seguro ou então levar o mecânico ato a carrinha a ver se consegue pelo menos pô-la a funcionar até à oficina.

O marido têm também que ver se as barras de tejadilho que comprou para o carro dele servem no meu. Caso contrário teremos que ver se conseguimos comprar umas barras apropriadas ao meu carro. Se não conseguirmos resta-nos a opção de nos espremermos-nos todos dentro do carro. Usamos o espaço do sétimo lugar para alguma bagagem e a restante vai repartida aos nosso pés.

Para além disso tive que pensar numa solução para o marido conseguir ir buscar os miúdos à escola que hoje termina ás 13H. Deixei os gémeos, pedi um favor à auxiliar da escola que aceitou ficar com eles antes do portão sair e fui deixar o carro ao marido. Apanhei o comboio para trabalhar e vou aproveitando para escrever este post como forma de libertar o stress. O marido está de mau humor, não o condeno, e já fala em abandonar a ideia de férias. Eu, por um lado, também desanimei mas, por outro, custa-me perder o dinheiro que já dei.

O meu homem tem medo o meu carro não aguente a viagem mas até ver nunca me deixou ficar mal ao contrário da dele que ele têm num pedestal. Ainda no outro dia discutíamos entre nós uma possível troca de carro, ele defendia que deveríamos trocar a minha porque é mais velha, eu argumentava que deveríamos trocar a dele porque não gosto de a conduzir. Ela já devia saber que eu tenho sempre razão e esta avaria só vêm provar isso.

Só espero que no fim não seja nada demasiado caro é que todas as peças para aquele modelo custam balúrdios.

No meio desta confusão toda ainda consigo pensar que apesar de tudo até tivemos sorte. A avaria poderia ter ocorrido amanhã com o carro carregado. Poderia ter acontecido em viagem o que não seria fácil de gerir com quatro pequenos. E nos pior dos casos poderia ter acontecido em Espanha e não sei bem como é que nos íamos desenrascar. No fim o carro até foi bastante atencioso connosco.

Vamos lá ver como nos safamos e se vamos ou não de férias.

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