Decisões e mais decisões
Como pais temos que tomar muitas decisões ao longo do tempo. Pensamos, ponderamos, discutimos, argumentamos e finalmente acabamos por decidir. A experiencia mostrou-me que nem sempre o que escolhemos é o melhor, talvez porque a vida dá muitas voltas e o que hoje é certo amanhã é incerto. Tudo o que posso dizer é que cada escolha que fazemos é sempre a pensar no melhor para nós como família e se por vezes erramos é porque nos falta a visão para antever o futuro.
Agora com os miúdos a crescerem temos que ter em conta mais uma opinião. Não que tenham o voto final na matéria mas achamos que devem dar o seu parecer nas questões mais fulcrais.
No fim-de-semana o Guilherme resolveu dar a sua opinião sobre uma conversa que estávamos a ter e devo dizer que nos apresentou outra perspectiva.
Eu e o marido estávamos a conversar sobre o quarto dos gémeos. Temos que pensar retirar os berços até porque ele tem uma aversão a dormir neles. Assim que os deitamos parece que o colchão tem picos e acordam imediatamente. Já experimentamos deita-los juntos, separados, já voltamos a colocar um berço no nosso quarto mas nada resulta. Deve ser defeito dos meus filhos porque tive o mesmo problema com todos. Por exemplo, o Leonardo com 12 meses passou a dormir numa cama de corpo e meio e nunca caiu.
Ora estávamos nós a conversar sobre as alterações que deveríamos fazer. Compramos camas para o quarto dos gémeos? Compramos um género de beliche e por enquanto dormem juntos na cama de baixo? Trocamos os quartos? Colocamos os gémeos no comboio que temos no quarto dos mais velhos e fazemos um quarto para os crescidos? Podemos comprar duas camas suspensas e assim ficamos com espaço para colocar uma secretária para cada um e talvez um sofá.
Eis que o Guilherme vem e pergunta porque não fazemos um quarto de dormir para os quatro e transformamos o segundo quarto num espaço só de brincadeira? Eu e o pai olhamos um para o outro surpreendidos. A ideia até não é má! Mas nunca nos passou pela ideia que os mais velhos quisessem dormir com os pequenos. A minha única preocupação na opção Guilherme é o quarto de brincar. Neste momento os mais velhos tem brinquedos com peças minúsculas e estas peças vão ficar mais ao alcance dos gémeos se o quarto for comum.
Mas que um quarto assim ficava giro ficava!
Agora ficamos ainda mais na duvida do que havemos de fazer. E vocês o que acham? Fazemos uma camarata e um quarto de brincar ou um quarto para os mais velhos e um para os gémeos? Argumentem lá por favor para ver se nos conseguimos decidir ou se ficamos ainda mais confusos.