Conversas com os mais velhos
Aviso: A conversa aqui transcrita é real e pode ferir as susceptibilidades das pessoas mais sensíveis.
A avó deu um rebuçado a cada um dos mais velhos quando fomos deixar os gémeos. Ia eu a conduzir e oiço:
- Mãe toma o papel do meu rebuçado.
- Leonardo lambes-te o papel?
- Sim!
- Então não vou pegar nesse papel todo lambuzado.
- Esse papel é nojento - diz o Guilherme
- Mas então o que é que eu faço com ele.
- Vais a segura-lo até à escola e depois pões no lixo.
- Mas não podes pegar no papel? Eu até fiz um buraco para escorrer a baba.- responde ele com um ar de gozo
- Isso é tão asqueroso, eu é que não vou pegar nisso e ficar com a mão cheia de baba - grito eu imitando uma voz estranha.
- Guarda esse papel Leonardo que isso é mesmo nojento.
Claro que fomos a discutir o que se fazia ao papel até chegarmos à escola. Reparei que o Leonardo o deixou no chão do carro ma eu nem quis saber. Vou deixa-lo lá durante o dia para secar. É o que dá só ter meninos.