Como ensinamos a respeitar os animais.
Um dia destes gritei pelo marido para que viesse apanhar uma borboleta da traça que tinha entrado pela janela.
O marido veio seguido pelo Guilherme que gosta de estar sempre em cima do acontecimento. O marido andou atrás da borboleta enquanto dizia:
- Anda cá que eu não te quero matar.
Por fim, lá acabou por a agarrar. Pegou-a pelas asas, colocou a mão de fora da janela e deixou-a voar. Depois de devolvermos o animal ao seu habitat o Guilherme quis saber porque é que não tínhamos, pura e simplesmente, morto o bicho. Tratamos de explicar-lhe que todos os animais são importantes e têm um papel na Natureza. Falamos que mesmo aqueles bichos que nos parecem inúteis contribuem para que tudo funcione devidamente no mundo. Demos-lhe um exemplo das abelhas que são tão indesejadas e temidas mas que têm um papel fundamental na polinização e produzem aquele mel maravilhoso.
Ele ouviu tudo atentamente e acho que percebeu a ideia porque, ainda no outro dia, o vi colocar uma folha de papel à frente duma aranhita. Quando a aranha subiu para o papel ele foi coloca-la fora de casa, tudo isto enquanto explicava ao irmão que em nossa casa não matamos animais.