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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Coisas que pais deveriam saber

Ao longo destes anos fui adquirindo alguns conhecimentos nisto de ser pais de alguém. Resolvi partilhar convosco algumas lições que aprendi. Não no sentido de ensinar porque isto de ser pai, ou mãe, não se ensina, cada caso é um caso. Não há dois filhos iguais e o que é hoje já não é amanhã. Resolvi escrever mais no âmbito de partilhar porque o que me aconteceu a mim pode, ou não ter acontecido a outra pessoa, pode, ou não ajudar outra pessoa.

Vamos lá começar:

  1. Não tenha pressa de ver o seu filho crescer. Bem sei que nos primeiros tempos parece que são uns seres minúsculos e que não interagem connosco. Mas não tenha pressa porque os dias transformam-se em dias, os dias em meses e os meses em anos depressa demais. Aproveite o seu filho ao máximo mesmo que ele ainda não sorria para si, mesmo que ainda não interaja consigo, saiba que ele está a captar tudo e aprender.
  2. Nunca deixe de dar colo ao seu filho. Não interessa a idade, colinho nunca é demais. Nunca me importei com os comentários que os habituava mal. Sempre adorei adormece-los ao colo até que chegou uma altura em que eles demonstram que não estão muito confortáveis e ai começou uma nova fase. 
  3. Não deixe o seu bebé chorar. Bem sei que existem muitas teorias sobre o assunto mas a experiencia diz-me que deixa-los chorar só contribui para que fiquem ainda mais nervosos.
  4. Nunca se queixe que o seu filho não anda. Primeiro dizemos que se já andassem era muito melhor, porque nos ia facilitar isto ou aquilo. Depois eles começam a andar e passamos a vida a dizer que era tão bom quando eles ficavam sossegados no mesmo sitio.
  5. Ainda no mesmo tema, nunca se queixe que nunca mais falam. Logo virá o tempo em que pede para que se calem um bocadinho.
  6. Diga todos os dias que os ama.
  7. Lembre-os todos os dias que são especiais.
  8. Lembre-se que as crianças aprendem mais com o que vêm do que com o que lhes dizemos. Não adianta dizer-lhe que não se deve deitar lixo para a rua se nos vêm deitar uma beata para o chão. Não adianta dizer-lhes que não devem dizer asneiras quando as ouvem da nossa boca.
  9. Nunca diga ao seu filho que não tem tempo para ele. Explique-lhe que naquele momento não pode, porque está a fazer determinada coisa.
  10. Nunca prometa algo que não possa cumprir. As crianças lembram-se de tudo e mais cedo ou mais tarde ele vai cobrar a falta. Um dia vai acordar e ouvir o seu filho dizer que prometeu que nesse dia iam passear e você já nem se lembrava que tinha prometido. Provavelmente prometeu para o calar mas ele tratou de registar e depois vem cobrar.
  11. Ensine-os a partilhar. Não há nada pior que uma criança que não sabe brincar ou partilhar com outros.
  12. Lembre-se que as birras não são coisas de bebés. Estas acompanham as crianças ao logo de toda a vida. No inicio manifestam-se como birras mais tarde através de amuos. Em pequenos fazem birras porque não querem sair do banho, em mais velhos fazer birras porque não querem tomar banho. Em bebés adoram escovar os dentes e gritam quando lhes tiramos as escovas, depois crescem e quase que temos que ir, tipo policia, garantir que escovam os dentes.
  13. Nunca compare filhos ou crianças. Cada criança tem um ritmo próprio de crescimento e temos que respeitar isso. Andar ou falar primeiro não significa que seja superior, apenas que se desenvolveu melhor nessas competências. Lembre-se que mesmo em adultos todos temos áreas em que que somos mais, ou menos competentes. Uns são óptimos a matemática e péssimos a línguas. Uns são óptimos a desporto enquanto outros parecem que têm 2 pés esquerdos. Lembro-me de me queixar à medica que o meu filho se recusava a fazer desenho e ela respondeu-me que se o menino não gostava não poderíamos fazer nada afinal não podemos gostar todos do mesmo.
  14. Aprenda com o seu filho. Pode não acreditar mas eles também nos ensinam imenso. Aproveite a honestidade e a inocência própria da infância e veja o mundo sobre outra perspectiva.
  15. Deixe sair a criança que tem dentro de si. Não faz mal sujarmos-nos todos, não há mal em pregar sustos, em jogar à bola, às escondidas. Aproveite para partilhar bons momentos e criar lembranças. Mais tarde são estes pequenos momentos que ficam na memória e não as coisas materiais que receberam.
  16. Para terminar, lembre-se que vale mais 10 minutos de atenção total, de brincadeira, ou de leitura, com o seu filho, do que horas em que está com ele mas com a cabeça noutro lado

Claro que poderia ficar aqui o dia inteiro porque há muito mais a dizer. No entanto acho que isto é o principal. E vocês o que acham? Errei alguma? O que me esqueci?

2 comentários

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    Catarina 05.11.2015

    É mesmo assim o que funciona com uns não resulta com outros.
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