Bip, bip
No sábado cheguei a casa tarde. Os gémeos vinham a dormir no carro. Tivemos que os carregar para o andar de cima, despir, vestir. Tudo isto é eles nem abriram os olhos. Eu estava exausta depois de um dia inteiro de festas e mais festas. Arrumei o que podia e fui dormir. Dez, quinze minutos depois estava quase a entrar no sono quando ouvi um Bip.
Não identifiquei o som e pensei que teria sido impressão minha. Um pouco depois outro Bip. E outro um pouco depois.
- Mãe que barulho é este?
- Não faço ideia mas tenta dormir.
Fechei as portas dos quartos para reduzir o som e tentei dormir. Uma da manhã e ainda andava às voltas devido aquele Bip que se ouvia de poucos em poucos minutos. Vi as duas da manhã chegarem e enterrei a cabeça debaixo dos lençóis e cobertore. Acabei por adormecer mas aquele som entra a na minha cabeça e penetrava nos meus sonhos. Às cinco da manhã saí da cama a maldizer o alarme que para mim era o responsável. Tratei de o desligar e o Bip continuava.
- O que andas a fazer? - perguntou o marido
- Desliguei o alarme mas este som não pára.
- Não é o alarme mas sim o detector de incêndios. Deve precisar de pilha.
Nunca tinha percebido que tínhamos tal coisa em casa mas na verdade lá estava o dito aparelho no tecto de casa.
Só de manhã é que o marido subiu ao escadote e calou o dito. Escusado será dizer que não dormi quase nada.
Queixem-se lá, agora, que as crianças acordaram à hora do costume e não vos deixaram dormir mais uma hora?