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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

As fotos da escola

Ontem os mais velhos trouxeram, para casa, as fotos que tiraram na escola. Aparentemente nesta escola ainda se pratica a tradição de tirar fotos de Natal as crianças.

Cheguei a casa e eles já estavam de saída para a piscina com o pai. Perguntaram-me se eu já tinha visto as fotos, enquanto saiam porta fora e eu respondi que já as ia ver. Fiquei com os gémeos e resolvi ir espreitar as fotos. Abri os envelopes onde vinham as mesma e senti uma sensação indescritível. Só posso dizer que ainda bem que eles não estava para ver a minha reacção que não foi a mais alegre do mundo. Senti um orgulho tremendo mas ao mesmo tempo parecia que o chão me fugia de baixo dos pés. Senti um aperto imenso no peito e só me apeteceu chorar. Não as fotos não estavam más, pelo contrário estavam muito bem. O problema é que aqueles meninos que estavam nas fotos não são os meninos que eu vejo quando olho para eles. Não sei se me expliquei bem mas vou tentar exprimir-me melhor.

Dizem que, aos olhos dos pais os filhos são sempre pequenos e ontem tive a certeza que isso é verdade. Quando olhei para aquelas fotos vi os meus filhos tão crescidos e pensei quando é que aquilo tinha acontecido. Quando é que cresceram assim e como é que eu não dei conta. Quando olho para eles vejo os meus meninos. Sim sei que o Guilherme está quase do meu tamanho e já calça o mesmo que eu. Sim sei que o Leonardo deu um grande pulo e já perdeu aquele corpo de bebé. Eu sei tudo isto mas mesmo assim não os vejo como estavam nas fotos.

Tirei fotografia às fotos, bem sei que a qualidade não está grande coisa, só para que vejam o que eu vi.

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O Leonardo vai a caminho dos seis anos mas quando olho para as fotos parece mais velho. Não sei se é por estar com uma expressão tão séria, coisa a que não estou habituada. Por norma está sempre a rir ou com uma expressão de gozo e talvez seja essa a principal diferença.

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 As fotos do Guilherme quase que me deixaram em pânico. Quem é este miúdo? É de mim ou parece um adolescente? Ainda vai a caminho dos nove anos, ou melhor já vai a caminho dos nove anos. Olhei para a foto e não pode deixar de ficar gelada ao pensar que dentro de 3/4 anos será um adolescente. Que exagero! Podem muito de vos pensarem. Mas a verdade é que quem é mãe ou pai vai compreender o meu exagero. Desde que fui mãe os anos passam igual a um foguete, a prova disso é que este pirralho ainda ontem nasceu e já vai a caminho dos nove anos.

Fiquei a pensar se estou tão absorvida com os gémeos que nem vejo os meus filhos crescerem ou se, ver até vejo mas, no fundo, não quero ver. Pergunto-me se sou só eu que já tive uma situação destas ou será que há mais gente por ai? Esclareçam-me por favor porque motivo crescem tão depressa?

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