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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Amor de gémeos

O amor entre os dois é cada vez mais visível e não para de me surpreender. Já não passam um sem o outro. No outro dia fomos fazer uns exames e claro que teve que ser um de cada vez. Cada vez que fechávamos a porta desatavam a chorar e a chamar pelo mano. Foi muito difícil conseguir que parassem de chorar para fazer o exame.

De manhã levo os dois pela mão, a avó vem ao nosso encontro, pega num e começa a subir as escadas. Eu levo começo a subir as escadas com o outro e ele não tiram os olhos um do outro. O primeiro a chegar ao quarto andar fica no patamar das escadas à espera do irmão e só entram em cada os dois juntos.

Também noto que se ajudam muito mutuamente. Ainda ontem o Santiago pediu-me a chucha. Eu disse-lhe que não porque já tinha uma na boca mas ele continuou a insistir. Acabei por lha dar e fui atrás para ver o que ia fazer com ela. Foi a correr até ao quarto e colocou-a na boca do irmão.

A ajuda não fica por aqui, já vi um dar a mão ao outro para o ajudar a subir algo. Já vi um a empurrar o outro com a mesma finalidade. Já os vi partilhar comer e até darem comer há boca um do outro.

Adora também brincar um com o outro. Passam horas a fugir um do outro e a rirem-se às gargalhadas. Principalmente ao inicio da noite. Dou-lhes a chucha para começarem a amolecer mas ultimamente a coisa têm resultado no oposto. Um esconde a própria chucha e depois vai roubar a do irmão. Aparece na sala a correr perseguido pelo irmão. O que têm a chucha corre às gargalhadas até o irmão o apanhar e lhe roubar a dita. É a vez do segundo colocar a chucha e fugir. O outro corre atrás dele até o apanhar. Adoro estar no sofá a vê-los e ouvi-los nesta brincadeira. As gargalhadas deles são contagiantes e eu não consigo deixar de sorrir.

Claro que também há dias em que estão para implicar. Por enquanto são raros mas às vezes batem-se e empurram-se o que é perfeitamente normal. Felizmente 90% do tempo dão-se bem um com o outro o que eu agradeço. Só não agradeço o facto de se ajudarem e encobrirem nos disparates. Por vezes penso que se já são capazes de colaborar tão bem para a sacanice nem quero imaginar como será daqui por uns anos

 

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