Adaptação à creche
Já se passou uma semana desde que os pequenos entraram para a creche. Nunca pensei que se adaptassem tão bem. Assim que chegamos o Salvador vai logo bater à porta, entre assim que a abrem e nem olha para trás. Com o Santiago a história já é outra. Assim que vê a porta começa a dizer que não e tenta fugir. Tenho que pegar nele ao colo e leva-lo para dentro. No entanto assim que lá está dentro vai juntar-se ao irmão sem choro ou birra.
Têm comido bem, bem demais. Comem tudo o que lhe põem à frente e por norma repetem. Têm aprendido a brincar de uma forma mais organizada. Na creche não podem simplesmente espalhar os brinquedos todos no chão. O Salvador passa o dia a brincar com um quadro mágico, pega nele assim que chega e senta-se logo a fazer desenhos. Tenho que lhe comprar um para casa para inspirar a criatividade.
Têm dormido lindamente e , por norma têm que os acordar caso contrário dormiam ainda mais. É o pai quem os vai busca-los à tarde. Diz que o Salvador assim que o vê quer logo vir embora já o Santiago não quer sair de lá. Estes rapazes gostam mesmo de ser do contra.
Eu fico feliz porque os vejo contentes mas não posso deixar de me sentir triste por se terem adaptado tão bem. O marido diz que eu sou doida mas a verdade é que é um sentimento contraditório. Se ficam a chorar ficamos tristes porque ficam a chorar. Se ficam bem sentimos que não querem saber de nós. O marido tem razão sou mesmo doida.