A educação é muito bonita
Tenho uns familiares que gostam muito de ensinar asneiras aos pequenos da família. Claro que os meus filhos não foram excepção, quando começaram a falar era ver os familiares a incentiva-los. Curiosamente nenhum dos dois mais velhos ligaram minimamente ao que lhes tentavam ensinar. Do Guilherme pensei que por vergonha mas quando foi do Leonardo, que não tem vergonha nenhuma, apercebi-me que não era esse o motivo.Presumo que seja porque nunca ouviram esse tipo de linguagem em casa.
No outro dia o Guilherme veio contar-me uma coisa.
- Mãe, tenho um menino na minha sala que é muito mal comportado! Ele responde à professora, bate nos colegas e diz palavras feias. Costuma dizer....Posso dizer mãe?
- O que é que tu achas Guilherme?
- Mas era só para saberes a palavra que ele diz.
- Eu não preciso de saber a palavra, basta-me saber que é uma asneira.
O assunto morreu por ali. Não me consigo esquecer que ele esteve mesmo com a palavras na ponta da língua mas teve o bom senso de perguntar se a podia dizer.
Outra que nos aconteceu, eu estava a jogar um jogo no ipad onde temos que formar palavras, um género de scrabble. O Guilherme gosta de me ajudar e eu deixo porque acho que o faz puxar pela cabeça. Às tantas eu não estava a ver palavra nenhuma e o Gui diz-me:
- Mãe, tens letras para fazer uma asneira.
- Ai tenho! Então qual é a palavra? - pergunto eu a testar
- Mãe, escolheu o P, o U, o T e depois o A.
Espero que continue assim, tanto ele como o Leonardo.
Vamos lá ver o que nos espera com os gémeos porque são muito mais descarados.