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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Gosta mesmo da escola

Ontem sai mais cedo do trabalho porque os pequenos estavam com febre. Fui busca-los à creche e de seguida apanhei o Guilherme na escola.

Cheguei antes da hora e ele já estava fora da sala. No portão a auxiliar disse-me:

- Ele hoje não tiveram musica à ultima hora. Eu esqueci-me de dizer que os podiam vir buscar mais cedo mas eles também não se lembraram.

- Não há problema. - respondi eu

- Então Guilherme não tiveste aula e não nos disseste nada?- perguntei a caminho do carro

- Esqueci-me.

- Esqueceste-te ou quiseste ficar na escola a brincar?

- Um pouco dos dois!- respondeu a rir-se

Eu fiquei feliz porque é sinal que ele gosta mesmo da escola e nem me importo de o deixar lá mais um pouco afinal a escola não é só para estudar.

Rotina depois do trabalho

Muitas são as pessoas que nos perguntam como é a nossa rotina de final do dia, afinal dar banho, fazer jantar, fazer trabalhos com quatro crianças é dose. Resolvi  então escrever um pouco sobre o assunto. À partida temos uma vantagem que é o facto de o marido os conseguir ir buscar à escola às 17:30. O marido vai buscar os gémeos por volta das 17:15, segue para a escola onde apanha os mais velhos e, por norma, às 17:45 já estão em casa. Se é dia de actividades ( segundas, quartas e sextas) os rapazes começam imediatamente a fazer os trabalhos. Entretanto eu chego por volta das 18:15, apresso-me a trocar de roupa e corremos para a piscina. Voltamos para casa às 20 horas jantamos o que o marido fez ou aqueceu. Nos dias de actividades tento deixar adiantado ou, até já feito, o jantar de véspera, assim o marido fica com a tarefa facilitada uma vez que também têm que tomar conta dos gémeos. Quando terminamos o jantar os rapazes acabam os trabalhos, se ainda não estão todos feitos e, ou, vêm um pouco de televisão até às 21:30 que é a hora de se deitarem.

Nos dias em que não há actividades chego a casa e costumo encontra-los a começar os trabalhos de casa. Eu vou fazendo o jantar enquanto os vou ajudando nas dúvidas. Costumam acabar os deveres ao mesmo tempo que o jantar fica pronto, ou então esperamos um pouco até eles acabarem. Nestes dias jantamos um pouco mais cedo o que significa que ficam com mais tempo para brincar ou ver bonecos.

O ano passado o Guilherme tinha musica para além da natação o que nos dificultava mais a vida. O pai deixava-o na musica depois da escola, eu ia busca-lo e íamos para a natação. Nesses dias jantava, fazia os trabalhos e quando acabava já eram horas de dormir. Por vezes tinha pena dele mas ele é que queria ter aquelas actividades.

Este ano ainda não sei se vai ou não voltar para a musica. Tão depressa diz que quer como não quer, também fala no futebol mas não sei se será possível conciliar os horários até porque acho que as crianças têm que ter tempo para ser crianças….

 

Adaptadores para lápis

 

 

 

Quando fui comprar os livros vi uns adaptadores para lápis. Como o Guilherme tem uma letra horrorosa optei por comprar estes adaptadores para experimentar. Custaram 0,80€ cada pelo que achei que valia a pena o investimento. No fundo são pequenas borrachas que se colocam na ponta do lápis. Estas borrachas tem a formas nas laterais para ensinar os mais novos a colocar os dedos na posição correcta. 

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Agora vamos ver se resulta. 

Incentivo às boas notas

Chegou o final do ano lectivo e com ele as notas finais. Fiquei muito satisfeita com as notas dos rapazes. O Guilherme não conseguiu subir o satisfaz a português mas teve bom a todas as outras disciplinas. Só não subiu a nota a português por causa da letra pelo que o trabalho para as férias é fazer muitas cópias. Ele até faz uma letra bonita se tiver tempo o problema é que quando começa a escrever depressa a coisa descamba. Por isso é importante treinar a escrita para que consiga fazer letra bonita mesmo quando escreve depressa.

O Leonardo teve muito bom às principais disciplinas, bons e muito bons às restantes. Foi seleccionado para o quadro de honra. Organizaram uma festa na escola onde entregaram um diploma de mérito e ofereceram um livro a todas as crianças com resultados excelentes. Seguiu-se um pequeno lanche e um bolo tudo para motivar os pequenos. Os miudos não podiam estar mais contentes, era vê-los a pousar para fotos com o diploma à frente de peito cheio de orgulho.

No fundo não foi nada de extraordinário mas foi o suficiente para motivar os pequenos a trabalharem para manterem as boas notas. Fiquei surpreendida e satisfeita com este pequeno gesto do agrupamento. Acho que é uma boa maneira de dar animo aos pequenos. Não sei se existem muito mais escolas a fazerem o mesmo. O agrupamento onde andamos antes deste não o fazia e os que conheço por parte de amigos e conhecidos também não. Gostaria de ver mais medidas semelhaste pelo nosso pais fora para incentivar as nossas crianças a estudar com mais afinco.

Como vai a escola?

Certamente muitos de vocês já se questionaram como é que correu o primeiro período do ano lectivo. Especialmente depois de eu me ter chorado sobre o aproveitamento do Guilherme aqui.

Nas férias passamos pela escola para espreitar a pauta. Já estava de noite e eu fui munida do telemóvel para tentar ler aquelas letras minúsculas. Resultado vi tudo ao contrário. Pensei que tinha tido negativa a Inglês e satisfaz a tudo o resto, ainda por cima disse ao menino que tinha tido estas notas. Foi o marido que verificou que afinal até tinha uns bons na pauta e nenhuma negativa quando lá passou uns dias mais tarde, durante o dia.

Esta semana fui falar com as professoras. A do Leonardo só tinha coisas boas a dizer dele. Teve muito bom a tudo, tem uma letra muito bonita e porta-se lindamente (estamos a falar do meu filho? Porta-se lindamente?). Claro que o meu coração de mãe ficou inchado de orgulho. De seguida fui falar com a professora do Guilherme. A professora queixou-se da letra pavorosa com que escreve, diz que muitas vezes não percebe o que escreve e tem que colocar errado. Entretanto fui espreitado os testes. Os primeiros  tinham todos uma classificação de satisfaz como eu já sabia. A professora referiu que foi o aproveitamento de toda a turma e desculpou-os dizendo que ainda não tinham entrado no ritmo depois das férias. Enquanto conversávamos peguei nos últimos testes, aqueles que foram feitos na última semana de aulas e que o Guilherme nunca soube o resultado. Para meu espanto teve bom grande a tudo, até a português. Eu fiquei felicíssima, afinal o raspanete que levou teve efeito.

Vim da escola muito aliviada. Assim que cheguei a casa o Guilherme perguntou-me, too feliz, se tinha visto que ele tinha tido bons nos últimos testes e eu dei-lhe os parabéns. Disse que estava muito contente mas expliquei-lhe que tinha que continuar a trabalhar para manter os resultados. Disse-lhe também que vamos fazer duas cópias nos fins-de-semana como forma de o treinar a fazer letra bonita.

Vamos ver como é que corre o resto do ano mas confesso que já não estou tão pessimista.

Deixo-vos um desenho do Leonardo que não pude deixar de registar. Achei tão fofo ele dar-se ao trabalho de nos fazer a todos.

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Fim da primeira semana de escola

O balanço da primeira semana de escola é muito positivo.

O marido disse-me que o Leonardo ontem vinha todo contente e a cantar da escola, que bom. Hoje chegamos 5 minutos antes de a escola abrir, sim conseguimos chegamos cedo. Estávamos no portão e eles não se calavam que a escola nunca mais abria. Quando vi a funcionária roubei-lhe dois beijos. Ainda bem que o fiz porque assim que abriram o portão entraram todos contentes e nunca mais olharam para trás.

Dá gosto vê-los entrar com tanta satisfação. O Leonardo anda tão contente que nem o comer o desmoraliza. Ontem ao almoçou só comeu fruta porque não gostava do resto mas mesmo assim vinha satisfeito.

O Guilherme não se cala sobre o livro de inglês. Todos os dias me pergunta se já tenho o livro, quando vem. Este ano fomos surpreendidos com o inicio do inglês como disciplina obrigatória. O livro não constava na lista fornecida pela escola e só na semana passada fomos informados que o teríamos que adquirir. Tratei de o encomendar e este fim-de-semana já o teremos. Finalmente vou deixar de ouvir este meu filho. Estou a brincar não me importo nada que ele pergunte porque significa que está interessado.

Eu, todos os dias, deixo-os na escola e venho trabalhar feliz porque sei que eles também estão.

Primeiros dias de aulas

Os primeiros dias de aulas estão a decorrer e por aqui está a correr tudo bem. Estava muito receosa porque os mais velhos foram para uma escola nova. Na semana passada falei com as professoras na apresentação. Acho que devem ter achado que eu sou uma mãe galinha mas tinha que as alertar para as particularidades de cada um. Precisei alertar a professora do Guilherme para as dificuldades dele e explicar que se fosse preciso poderíamos iniciar o processo para o apoio especial. Em relação ao Leonardo, achei por bem precaver a professora acerca do feitio tão especial que tem o meu filho.

Os dois primeiros dias correram bem. Ainda não ouve queixas do Leonardo.Ele está feliz, tem ido satisfeito para a escola. Ambos dizem que gostam dos colegas e das professoras. Também estão contentes porque podem brincar juntos no recreio.

Quanto ao comer tudo na mesma. No primeiro dia disse que comeu três pratos de almôndegas com esparguete, claro que não comeu a sopa. Ontem disse que comeu muito arroz, o peixe, os legumes e a sopa ficaram por comer.

-Mãe, quero esta mochila para a escola!

-Mãe, quero esta mochila para a escola! - diz-me o Leonardo

-Queres? Então e quem é que vai pagar?

-Tu!

Resolvi verificar qual era a mochila a que se referia.

-Leonardo não é melhor comprar a com rodinhas? Assim não tens que andar com peso às costas.

-Mas custa mais dinheiro.

-Não faz mal amor.-Respondi a pensar que afinal não estamos a falhar, completamente, no nosso papel de pais

 

Contente com a minha resposta tratou de assinalar devidamente a mochila para eu a poder comprar.

 

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 Fiquei em pânico quando cheguei há loja e não havia a dita cuja. Perguntei se iam receber mais mas disseram-me que em principio não.

Por sorte o marido há tarde passou noutra loja e comprou a mochila. Yes, ao menos não vamos ter fita por causa da mochila!

Como estava enganada....

 -Mãe posso leva-la já amanhã?

-Claro que não. Ainda se estraga antes da escola começar.

-Mas assim ia aprendendo a andar com ela. Preciso experimenta-la.

Digam lá que não é rato! Claro que ficou amuado porque dissemos que não. Porque é que tudo é tão difícil com este miúdo?

 

 

 

Papel, qual papel?

Confirma-se o papel foi colocado no lixo e não existe hipótese de ser salvo.

O marido perguntou-me se eu não sabia qual era a roupa que tinha que levar? Claro, eu com a minha super cabeça  que mais parece um computador com todos os gigas de memória preenchida, tenho agora de tentar relembrar o que dizia o papel.

A outra hipótese é ligar à educadora a perguntar, mas parece mal. Penso que a educadora já acha que eu sou doida, imaginem agora ligar para ela e dizer que o papel "no were to be found".

A ultima hipótese é leva-lo à festa com a roupa que me recordo mas corro o risco de levar vestido incorrectamente e ai será a escola inteira a olhar-me de lado...

Já sei, primeiro vou ver se a mãe me ajuda a relembrar o que dizia o papel, afinal duas cabeças pensam melhor do que uma.

A está hora da manhã e já estou danada.

Assim que me levantei fiquei logo com vontade de estrangular o marido. Ontem coloquei um papel em cima do móvel da entrada, esse papel era da escola do Leonardo e trazia a descrição da indumentária para a festa de final do ano, no próximo dia 11. Hoje assim que acordei reparei que o papel não estava onde o deixei. Já procurei por todo o lado e não encontro. Conhecendo o marido como conheço e as suas manias da arrumação ( coisa que herdou de mim mas elevou a um patamar muito superior) tenho a certeza absoluta que nem sequer olhou e colocou o papel no lixo. A minha primeira reacção foi procurar nesse sítio mas deparei-me com o caixote vazio.

Previsão de resultado: papel definitivamente perdido.

Ainda não confrontei o marido, estou à espera de ficar mais calma.