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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Diário de uma mãe poupadinha

- Mãe podes comprar aquelas garrafas pequenas com sumo de fruta? - pediu o Guilherme 

- Não sei do que está a falar?

- Eu mostro.

Até me arrepiei quando vi o preço do pack de três pequenas garrafas. 

- Filho eu não te vou comprar isso. Primeiro é demasiado caro. Posso comprar um quilo de maçãs e outro de pêras pelo preço desse pack.

- Mas os meus colegas levam aquilo para a escola.

- Pois tu vais continuar a levar fruta vinda directamente das árvores. Sem conservantes nem aditivos. É aproveita para explicar aos teus amigos que a tua opção é mais amiga do ambiente. Já no caso deles apenas estão a contribuir para o aumento do plástico.

- Não tinha pensado nisso mas tens razão. 

Desafio de escrita dos pássaros #3

O tema desta semana não é fácil.

“Uma aventura ou um momento que te tenha marcado”

Em trinta e cinco anos de existência como escolher apenas um. Não! Não um mas o. O momento que me marcou. Difícil? Para não dizer impossível...

Após ponderar muito resolvi então falar sobre A aventura que deu lugar a todas as outras.

 

Aquele dia, num cinema, em que a miúda de catorze anos se cansou de esperar que o gajo dê o primeiro passo e resolve mergulhar de cabeça. Foi o que bastou para que nunca mais se largassem. Muitos agoiraram a relação, afinal eram apenas duas crianças. Contudo as crianças cresceram e continuaram juntas contra todas as expectativas. Não ficaram juntos porque a vida era um mar de rosas. Passaram os primeiros quatro anos numa luta contra uma anorexia. Casaram e foram pais de primeira viagem. Sofreram um aborto, tiveram mais um filho. Depois tiveram mais dois filhos. Hoje dividem o seu tempo entre a vida profissional, vida familiar, tempo pessoal enquanto tentam não endoidecer. Tiveram dias bons e maus. Momentos de desafogo e outros em que contaram tostões até ao fim do mês. Tempos saudáveis e outros em que o hospital se tornou uma segunda casa. 

O melhor desta aventura é que ainda não terminou. Os filhos vão crescer, talvez casar. Pode ser que venham a ter a casa cheia de netos. Ou pode ser que fiquem só o dois e consigam aproveitar um pouco da vida. Podem continuar juntos até ao fim dos seus dias ou, talvez o amor acabe e cada um siga para o seu lado. Ninguém sabe o que o futuro nos trará.

Um simples momento condicionou não uma vida mas sim várias. 

Salvador e os verdes

- Mãe hoje o comer foi peixe com batatas. O prato do meu amigo S tinha brócolos. O do meu amigo P também e o meu não. - disparou assim que me viu à porta da sala.

- A sério filho! É isso é bom ou mau?

- Mau claro. Tu não sabes que eu gosto muito de brócolos! Podes fazer para o jantar? 

Deve ser a única criança que fica chateada por não comer verduras😂

Ranking de beijos

Ontem os gémeos falavam sobre um colega que gosta de enxotar a mosca dos outros meninos. 

- Se calhar ele precisa de um abracinho.

- Ele não gosta de abraços nem beijinhos. Só gosta de beijinhos da mãe dele.

- Isso é porque os beijinhos das mães são muito especiais.

- Pois são os beijinhos da mãe são os melhores.

- Os da avó também são muito bons.

- Tens razão Santiago.

- Os da mãe são só um bocadinho melhores do que o da avó. - disse o Salvador

- E os do pai?

- Pois é Santiago os do pai também são bons.

- Mas os do pai não são tão bons porque, às vezes, ele pica. Fica depois da avó... 

😂

Mãe de quatro

- Meninos vamos ver um filme.

- Eu fico ao pé da mãe!!!! - gritam os quatro ao mesmo tempo.

A única opção da mãe é sentar-se no sofá com um filho à direita, outro à esquerda e dois sentados nas suas pernas.

Bem sei que parece uma cena repleta de ternura mas fico sempre espalmada, subterrada e sem ar. 

Mãe sofre😉

desafio de escrita dos pássaros #2- O amor e um estalo

Confesso que sou uma romântica incurável, daquelas que acredita em amor à primeira vista e no viveram felizes para sempre. Acredito piamente no amor e quando vi o tema desta semana “ o amor e um estalo” tive dificuldades em perceber como interligar ambos. À primeira vista uma coisa não tem qualquer relação com a outra, mas se pensarmos bem, afinal, até podem ter.

Amar alguém significa baixar a guarda e deixar essa pessoa entrar. A um determinado ponto acreditamos que conhecemos essa pessoa tão bem como nos conhecemos a nós, e esperamos que o contrário também aconteça. Esperamos que essa pessoa saiba os nossos pratos favoritos, a cor que mais gostamos e como nos surpreender numa ocasião especial.

E quando tal não acontece? Quando nos oferecem algo que não tem nada a ver connosco. Se nos compram uma roupa numa cor que abominamos ou nos cozinham um prato que detestamos. É como se sentíssemos uma bofetada na cara. É um despertar para a realidade que afinal aquela pessoa não nos conhece tão bem como pensamos, ou talvez sejamos nós que mudamos. Sim porque ao longo da vida as vivencias entranham-se em nós e quem somos hoje é diferente de quem fomos ontem.

O amor é feito de coisas boas mas também más. Uma resposta brusca ou mais seca de alguém que amamos trás uma mágoa. Mágoa esta que nunca seria sentida se o comportamento viesse de uma pessoa estranha.  

 

Reutilizar no regresso às aulas

Neste últimos dias a minha vista tem sido inundada de fotos sobre o regresso às aulas. Pelas minhas contas vi cerca de 15000 mochilas LOL, 10000 do Homem aranha ou de um outro qualquer super herói. Perdi a conta a estojos e material novinho em folha. Assisti a reportagens em que os pais afirmavam ter gasto largas centenas de euros, por cada criança, para o regresso às aulas.

Assimilei isto tudo pensado no quanto a nossa família não é normal. Ora vejamos, o Guilherme foi o que nos custou mais dinheiro. Uma mochila, um dossier e os livros de atividades. Nisto tudo pouco passamos de uma centena de euros, dos quais mais de dois terços foram gastos nos livros. O estojo é o do costume e os materiais foram reutilizados.

O Leonardo ficou ainda mais barato. Herdou os manuais e livros de atividades do irmão. A mochila e os estojo foram lavados e reutilizados bem como todos os materiais que estavam em condições. O único material novo que teve direito foi a um dossier, um compasso e lápis com uma numeração diferente para Educação visual.

Tenho ideia que os meus filhos devem ser das poucas crianças que iniciam o ano com meia borracha ou com um lápis insertado. Recuso-me a engordar os estojos com material novo quando o que tinham ainda está em condições. Recuso-me por um ideal ecológico, económico e socialista. 

Não quero com esta publicação condenar quem gosta de encher as crianças de material novo mas sim alertar que podemos ser diferentes.

Tão grata por poder presenciar estes momentos

Chegou o dia das vacinas dos cinco anos. No posto médico fomos recebidos por uma enfermeira extremamente simpática que explicou ao rapazes tudo o que iria fazer. O Salvador quis ir primeiro e levou as duas vacinas sem um ai. Assim que terminou este processo vimos que o Santiago estava a deitar algumas lágrimas. 

- Mano não precisas de chorar, eu estou bem. - explicou o Salvador.

Seguiu-se um abraço cheio de ternura entre ambos que derreteu o coração de todos os que estavam na sala.

Chegada a vez do Santiago o irmão correu para ele radiante com um autocolante de bravura.

Não ouve gritos nem choro. Saíram do consultório de peito cheio porque se portaram como homens. Em cada relataram o feito ao pai cheios de orgulho. 

Desafio de escrita dos pássaros #1

Quando, na segunda-feira, abri o email com o tema para o desafio dos pássaros pensei que só podiam estar a gozar comigo. Por certo tinham lido a minha publicação sobre um carro morto no primeiro dia de férias. Só assim poderiam ter chegado ao tema "problemas, só problemas".

Posto isto questionei-me:

- O que raio  vou escrever sobre este tema?

Não me parece boa ideia vir para aqui chorar todos os problemas que se cruzaram comigo durante estes últimos tempos. Até porque se assim o fizesse iria precisar de mais de 400 palavras.

Então o que escrever? Como abordar o tema? 

Optei por escrever sobre o meu ponto de vista sobre os ditos. Considero que sou uma pessoa muito positiva. Daquelas que concorda com "o que não nos mata apenas nos torna mais fortes". Penso que na vida só não existe remédio para a morte. Tudo o resto são obstáculos que vão surgindo no nosso caminho. Pedras que nos ensinam coisas, que nos moldam a personalidade. São os problemas que encontramos e que superamos que nos tornam quem somos. É graças a eles que nos tornamos mais gratos pelo que temos. São estas lutas constantes que dão um significado à nossa vida. Se tudo fosse lindo e perfeito não tinha piada.

 A minha métrica é sempre agarrar o touro pelos cornos, montar e domar. 

Melhores dias virão.

Novo desafio

Tenho andado um pouco desaparecida. O regresso às aulas, a fisioterapia, as consultas e as rotinas diárias estão a dar conta de mim. Ora como se não tivesse já água pela barba resolvi aceitar a aquela coisa dos pássaros. Sabem aquele desafio em que vamos escrever sobre um tema durante as próximas 17 semanas. 

Como sou uma pessoa com muito tempo livre resolvi que venha lá mais um desafio para ajudar. Já escrevi um pequeno texto de apresentação que podem ler aqui. O primeiro tema será publicado hoje às 15h por todos os que participam na iniciativa. Podem espreitar tudo no sítio dos pássaros. Passem por lá e conheçam todos os intervenientes, garanto que vão gostar de todos.

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