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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Porque adoro a primavera

Aparecem os primeiros morangos 

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A minha tangerineira está coberta de flores prestes a abrir. Parecem pequenos flocos de neve caídos na árvore 

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O laranjeira também tem flores

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A pereira está toda florida

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A macieira começa a dar ares da sua graça 

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Era capaz de ficar horas a namorar estas minhas meninas todas. Sou tão grata pelo que nos dão, a natureza é fantástica.

Registar, viver e recordar

Passo a vida a tirar fotos as rapazes na esperança de imortalizar as expressões deles. Espero, um dia mais tarde, conseguir relembrar o que vivemos através dos retratos. Quem sabe, dentro de alguns anos, mostrar estes momentos aos netos enquanto faço um relato exacto de todas as traquinices.

É certo que uma foto é só uma foto. Não capta a essência da pessoa, o sentimento que vemos no seu olhar. Uma foto apenas capta a superfície mas é um excelente auxiliar de memória. Ainda no outro dia o Google fotos me relembrou que estávamos na Disneyland faz agora três anos. Assim que vi duas ou três fotos comecei a recordar tudo o que vivemos.

Estas novas tecnologias são óptimas para nós ajudarem nestas coisas. No entanto não nos podemos esquecer de viver. Não podemos ficar agarrados às lembranças. Não podemos ficar tão embrenhado em registar o presente que nos esquecemos de o viver. É importante encontrar um meio termo que nos permita registar, viver e recordar. 

Deveríamos estar a dar asas às nossas crianças

Na visita a Monsanto o Guilherme mostrou interesse por tudo. Parava para ler todas as placas. Explorava todos os recantos.

Algures leu o nome de uma rainha e começou a descrever tudo o que sabia sobre ela. Eu e o pai ficámos de boca aberta para o conhecimento que tem dentro dele. O pai questionou:

- Se sabes isso tudo porque é que não tens melhores notas nos testes?

- A escola é aborrecida. Ficamos fechados numa sala a ouvir o professor falar. Isto é muito melhor. Podemos aprender enquanto vemos as coisas que fizeram.

Não deixa de ser verdade. Quando estudava tínhamos imensas visitas de estudo. Fui a certos monumentos mais de uma vez. Lembro-me que adorava ver aquelas construções históricas. Hoje em dia os meus filhos têm uma visita por ano e poucos foram os monumentos que visitaram. Por norma as visitas são ao badoca, à kidzania.

Cada vez mais discordo com o rumo do nosso sistema de ensino. Não podemos ter crianças fechadas entre quatro paredes a ouvir monólogos. Temos que as inspirar mas para isso quem insinua tem que estar inspirado. Infelizmente a falta de estabilidade e todos os outros problemas que os professores enfrentam influenciam os nossos filhos. No fundo, o que deveríamos estar a fazer é dar asas às nossas crianças para que aprendam a voar.

Nós cá vamos continuar a fazer os possíveis para os levar à conhecer o máximo da nossa história, geografia, cultura, costumes, gastronomia... 

Impossível não ficar derretida

Acordei com o som de passos. Apurei o ouvido e percebi que era um dos pequenos. Correu para a casa de banho, acendeu a luz e fez barulho a subir a tampa da sanita. Acabado o serviço apagou a luz e voltou a correr.

Os passos pararam à porta do nosso quarto e eu vi logo que se ia enfiar na nossa cama. Empurrou a porta de vagar e correu para a cama. Subiu pelos pés, deitou-se em cima de nós de braços abertos a dar um abraço. 

- Adoro-vos mãe e pai. Durmam bem. 

Saiu e foi para a sua cama. Estes meninos são doces, doces, doces😍

 

O melhor fim de semana

Saímos na sexta ao fim da tarde em direcção à casinha de pedra de uns amigos. A viagem para cima foi um pouco difícil com os rapazes a quererem saber quando chegávamos de cinco em cinco minutos. Chegamos à aldeia e eles ficam eufóricos. Começaram logo a brincar com os amigos e em breve o chão de madeira ranguia com os pulos dos seis. Improvisamos camas com colchões no chão e eles dormiram todos juntos. Adormeceram tarde e acordaram assim que o sol nasceu.

Saímos de casa e rumamos à serra. O GPS indicou o caminho errado e só percebemos um pouco mais tarde quando vimos as placas para Monsanto. Resolvemos aproveitar para esticar as pernas e mostrar o castelo aos rapazes.

Eles adoraram. Ficaram encantados com as enormes rochas e com os trilhos pelas encostas. 

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Acabada a visita seguimos para a serra onde brincaram e brincaram. Estava um dia quente o que proporcionou muita diversão.

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Voltamos a casa exaustos mas felizes. No dia seguinte tivemos que rumar a Lisboa mas ainda fizemos uma visita pelo caminho. Paramos no Castelo de Almourol. Os rapazes jogaram à bola no parque de estacionamento deserto e fizemos um piquenique com vista. 

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Por fim voltamos a casa exaustos. Com pilhas e pilhas de roupa suja para lavar. Roupa com nódoas que nem me atrevo a questionar de que são. No entanto tudo valeu a pena porque os rapazes dizem que foi o melhor fim de semana de sempre😁

4 anos de blog

O dia 19 de Março é o dia do pai mas é também o dia em que iniciei o blog. 

Parece que foi ontem que escrevi o meu primeiro post. Muitos outros se seguiram. Uns melhores, uns piores. Alguns ligeiros e outros mais intensos.

Ao longo destes quatro anos tenho falado um pouco de tudo e de nada. Tenho partilhado dúvidas, maus momentos, bons momentos, realizações.

Comecei o blog num capricho quando toda a gente me perguntava como iria criar quatro filhos e trabalhar um horário integral. Hoje quatro anos depois acho que demonstrei que tudo é possível. O importante é gerir bem o tempo e não complicar as coisas. É certo que não somos uma família perfeita mas conheço muitas com apenas um filho que também não são. Para além disso gosto das nossas imperfeições, são elas que nos fazem humanos e não máquinas.

Não sei bem quanto mais tempo vamos passar por aqui mas por enquanto não vamos a lado nenhum. 

Obrigado a quem nos visita regularmente, o blog é feito por todos vocês.

A mãe só para mim

Ontem disse ao Leonardo que o ia buscar à escola a seguir ao almoço porque tínhamos uma consulta. Apanhei o Guilherme e segui para a escola do Leo. Saiu da sala com um sorriso de orelha a orelha. O sorriso durou até chegar ao carro. 

- O que é que o Guilherme está aqui a fazer?

- Eu também vou ao médico. Os manos também vão.

- A sério. Pensava que ia sozinho com a mãe.

Vi na cara dele que ficou mesmo desiludido. Tenho mesmo de arranjar forma de conseguir tirar algum tempo para estar com cada um individualmente. Não precisa de ser muito tempo, nem que seja uma hora aqui outra acolá já faz efeito. O que interessa é que seja tempo de qualidade, tipo pouco mas bom. 

Debaixo das mesas existe um local especial

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Os pequenos adoras brincar de baixo de mesas. Pegam em tudo o que é brinquedos, colocam-nos debaixo da mesa da sala ou da cozinha e assim brincam durante horas.

Ai assistir a isto não consigo deixar de recordar como fazia o mesmo com o meu irmão. Quando a minha mãe nos queria encontrar só tinha que espreitar para debaixo do tampo e lá estávamos nós. Aquele era um espaço especial no qual dávamos largas à imaginação. 

Hoje vejo os meus filhos a fazerem o mesmo e espero que sonhem acordados tanto como nós sonhavamos na altura.

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