Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

De volta ao trabalho

O antibiótico já começou a fazer efeito e o rapaz está visivelmente melhor. Nos primeiros dois dias não me largou um segundo. Basicamente passei dois dias sentada no sofá com dois meninos em cima de mim. Digo dois porque o Santiago nunca saiu do pé de nós e estava sempre a agarrar-se a mim para mostrar que também aqui estava.

Na terça feira à tarde adormeceram os dois em cima de mim. Aos poucos consegui empurrar os rapazes até ficarem deitados no sofá. Pensei em aproveitar a oportunidade para tomar banho mas assim que saí do sofá o Salvador começou a chorar. Só se calou quando me sentei ao pé dele e se agarrou ao meu braço.

Não sei porque motivo as crianças ficam tão  necessitadas de colo. Até parece que o colo da mãe tem propriedades mágicas que os ajudam a melhorar.

Enfim foram dias em que não fiz nada mas que me deixaram exausta. Ontem finalmente o rapaz começou a dar sinal de melhoras. Deixou de chorar a cada cinco minutos. Comeu um pouquinho melhor. Dormiu um sono mais tranquilo. 

Agora é só esperar que fique a cem porcento e que a tosse do Santiago não se torne em algo mais. 

Partilhar uma mãe é difícil

Na segunda deixei o Santiago na creche e fui ao médico com o Salvador. Ele ficou triste porque não queria ficar sozinho. Quando saímos do médico fomos busca-lo.

- Mãe eu disse para me vires buscar depois de dormir.

- Eu sei mas o médico demorou mais tempo do que eu pensava.

- Pelo menos ainda é de dia.

- Sim é amanhã não vens à escola.

- Porquê?

- O mano está doente por isso vamos ficar em casa.

- Tenho uma ideia. Hoje eu fiquei na escola e o mano foi contigo. Amanhã vamos por o mano na escola e fico só eu contigo.

- O mano está doente não podemos fazer isso.

- OH!!!

 

A nossa experiência com a Pisamonas

Na semana passada recebemos um convite para conhecer a Pisamonas. Confesso que já tinha ouvido falar na marca mas nunca tinha comprado nada. Em parte porque sei que os números não são sempre iguais e me faz confusão comprar algo que pode ficar pequeno ou grande. Por norma este tipo de situações implica uma devolução e uma reposição que podem demorar vários dias para além de terem custos para o consumidor. Fiquei surpresa por saber que na Pisamonas as devoluções ou trocas são gratuitas e muito rápidas.

Aceitei então o desafio e no fim de semana pedi aos rapazes para escolherem um sapato para cada. A operação demorou imenso tempo, não porque o site seja complicado mas sim porque os rapazes gostavam de quase tudo. Descobriram que cada sapato tem um pequeno vídeo em que uma criança demonstra como fica o modelo nos pés e queriam vê-los todos. Depois de muita luta lá conseguimos escolher sapatos para os pequenos e para o Leonardo. O site tem uma escala de tamanho que nos ajuda a perceber que tamanho devemos encomendar mediante a medida do pé. Chegou a vez do Guilherme e eu pensei que não iríamos conseguir nada para o tamanho dele. Por norma os sapatos de criança vão até ao 39, no máximo, e ele já calça o 40. Percebemos então que existem modelos que vão até ao 45 o que facilita imenso e o rapaz também pode escolher uns.

Terminado o processo dei uma vista de olhos nos sapatos de senhora e fiquei de olho em alguns. Tem modelos actuais mas também existe a possibilidade de comprar artigos de outras estações, por exemplo o Santiago escolheu uns sapatos de lona porque tinham que ser vermelhos.

A encomenda foi colocada na segunda-feira de manhã e na terça à hora de almoço já estava em meu poder. Gostei da rapidez e da qualidade do artigos que recebi, óptima relação qualidade/preço. Estou certa que vamos comprar mais vezes.

Para quem não gosta de comprar online a marca tem lojas físicas no Porto e Lisboa.

Deixo fotos das escolhas dos rapazes que já não os queriam descalçar.

IMG_20190123_080606_resized_20190127_114126058.jpg

 

Semana sem fim

Tem sido uma semana difícil. Uma correria tremenda, um cansaço extremo. Ando tão cansada que muitas são as vezes que ando sem rumo e tenho que parar para pensar o que ia fazer para tomar o rumo certo. Ontem esqueci-me do Leo, está sem professor de educação física e saí às 15:30h. Eram quase 17h quando me lembrei. Voei até à escola a pensar que estaria chateado quando lá cheguei estava a brincar. Já tinha feito os trabalhos e brincava com outras crianças da escola. Vê-lo bem aliviou o peso na minha consciência. Voltei ao trabalho com ele, fomos à piscina co todos e ainda corri ao supermercado. Voltei estafada a suspirar por uma boa noite de sono. 

Acordei uma hora depois de adormecer com o Salvador a vomitar. Eu e o marido passamos o resto da noite em claro com o rapaz. Vomitou uma série de vezes. Chorou a noite toda a pedir água que tentamos racional, já que cada vez que bebia tornava a vomitar. 

Agora de manhã está a ferrado e só dizia que queria dormir. A mim só me apetecia ficar com ele mas não pode ser. Vamos ter que desencantar forças para mais um dia. 

 

 

Somos uns pais mauzinhos

Num destes fins de semana em que tivemos a casa cheia sai com o meu pai, a minha mãe e a tia. Passamos pela escola do Leonardo e eu comentei.

- Está é a escola do Leo.

- A escola? Mas onde é a entrada?

- Ele tem que subir aquela escadaria o portão da escola fica a meio.

- A escadaria é enorme e íngreme! Coitado do rapaz faz exercício logo de manhã.- Comenta a tia

- Só tem que subir de manhã e aí ainda está fresco. Ao fim do dia vem cansado e só tem que descer as escadas. Até não é mau. - Argumenta o meu pai

- Tens razão. 

Eu soltei uma gargalhada e disse. 

- Estão a ver mal a coisa. De manhã eu paro o carro nesta rua e ele sobe meia escadaria para ir para a escola. À tarde o Rodrigo para o carro na rua de cima e ele tem que subir o resto da escadaria para voltar para casa. 

Tivemos todos um ataque de riso mas depois ouvi que éramos muito maus para o rapaz. 

 

Quem vê caras não vê corações

Durante anos achei que está expressão significativa que existiam pessoas que têm uma cara boa mas um coração mau e ao contrário. 

Achava que esta expressão era indicada para aquelas pessoas que nos enganam sem que tenhamos a mínima suspeita. Pessoas que são capazes de ter amantes, de espancar companheiros, de roubar, tudo isto, e mais alguma coisa, sem que os que os rodeiam tenham a mínima pista.

Durante anos achei mas agora já não. Hoje em dia sei que é uma expressão que serve a quase todos nós. Quem nunca saiu à rua com um sorriso forçado na cara quando sente o coração desfeito? Quem nunca disse que estava tudo bem quando na verdade está tudo mal? Quem nunca fingiu estar feliz quando por dentro todo o seu ser chora? Quem nunca escondeu porque é mais fácil esconder do que falar?

Descobrir então que esta expressão se adapta aos lutadores que decidem que a tristeza não é o caminho. Que lutam contra a tristeza e buscam sempre a felicidade. Aos fortes que decidem não baixar os braços e lutam. A todos aqueles que saem à rua com uma máscara porque não querem ver a sua vida escrutinada. 

É engraçado como à medida que crescemos a nossa forma de ver as coisas muda. 

Tanto amor

Ontem deixamos o Guilherme em casa da avó. Hoje o pai vai com ele a uma consulta. Como o marido entra no trabalho às seis da manhã resolvemos deixar o rapaz na avó. Assim não tem de acordar de madrugada e está perto para o pai o ir buscar.

Deixamos o Guilherme e viemos embora. No caminho notámos que o Leonardo vinha muito calado. Olhei para o banco de trás e reparei que estava a chorar.  Perguntei o que se passava e ele desatou num pranto. Nem conseguia falar de tanto chorar. O marido é eu tentavamos perceber o que se passava. Perguntei se estava doente. Se tinha alguma dor. Se estava com problemas na escola. Se tinha perdido algo. Se tinha partido algo. Ele limitava-se a acenar que não com a cabeça e continuava a chorar.

Foi então que o marido perguntou:

- É por causa do Guilherme?

Ele indicou que sim com a cabeça. 

- Também querias ficar em casa da avó?

Ele abanou a cabeça. 

- Então não estou a perceber?

-... Saudades...

- Estás assim porque vais ter saudades do teu irmão?

- Sim...

Lá lhe explicamos que era só um dia e que num instante estariam de novo juntos. 

Eu cá não sei se deva ficar orgulhosa de tanto amor ou preocupada por esta dependência do irmão mais velho. 

 

4 anos e já fazem planos

 - Hoje é a festa do João.

- Festa? Que festa?

- O João convidou todos para irmos para casa dele. Vai fazer uma festa com palhaços, um circo, uma piscina e muitas bóias, um jogo com aqueles senhores que jogam à bola.

- Matraquilhos?

- Sim. Vai ser super fixe. Temos que ir para casa do João.

- Filho é dia de semana ninguém vai fazer uma festa.

- Vai sim!

- O João enganou-se ou tu percebeste mal.

- Não a festa é esta noite e eu quero ir!

- Salvador hoje não.

- Mas assim vou perder a festa!

- Não vai haver festa nenhuma!!!!

- Vai sim.

- NÃO.

- SIM.

- Salvador a mãe do João não falou comigo por isso não podes ir.

- Mas ... Mas...

- Outro dia eu falo com a mãe do João e combinamos. Nem sei onde é a casa dele.

- Olha pegas no teu telemóvel e o mapa diz onde é a casa do João. É muito fácil.

- Acabou a conversa porque eu já disse que hoje não pode ser.

Passadas umas horas o pai chegou a casa.

- Olá Pai. Podes levar-me a casa do meu amigo João?

- A casa do João?

-Sim ele vai dar uma grande festa e estamos todos convidados.

Optei por sair de fininho antes que me tocasse outra vez. Já estava cansada de tanta argumentação 

Digam-me que não estou sozinha

Nestas últimas semanas tenho tido muitas dificuldades em sair da cama. O despertador toca a primeira vez, eu escolho a opção repetir e torno a fechar os olhos. Passados dez minutos ele toca outra vez e eu repito a operação. Dez minutos depois o mesmo mas sei que já não posso adiar mais.

Começo a mentalizar-me para abandonar o calor convidativo da cama mas é difícil. Acabo por só sair da cama no último minuto possível, depois tenho que andar à pressa para despachar os miúdos e a minha pessoa.

Resmungo comigo própria por estar atrasada e juro que no dia seguinte me vou levantar uns minutos mais cedo. Claro que no dia seguinte repito tudo de novo😂.

O mais certo é estas história continuar até o frio abrandar, ou até começar a amanhecer mais cedo. Até lá vou aproveitar todos os minutos possíveis de calor porque o meu trabalho é um autêntico frigorífico, na verdade é mais uma arca congeladora. 

São dias como este que me vão deixar louca

Ontem foi um dia difícil. Começou com birras do gémeos porque não queriam ir à escola. Continuou numa correria até ao trabalho e eu completamente gelada.

Entretanto tive que sair para buscar uma cliente. Tive a manhã com ela para tentar instalar um computador de trabalho mas sem sucesso. Acabamos por desistir, saímos para almoço e para aquecer um pouco. Enquanto almoçava ligaram-me da creche a dizer que o Santiago tinha caído e iam ao hospital fazer um rx.  Deixei a cliente na estação e corri a saber do rapaz. Felizmente não tinha nada partido mas tive que lidar com outra birra. Acabou por ficar a chorar na escola mas não pudia mesmo ficar comigo. Voltei ao trabalho onde tentei colocar as coisas mais ou menos em ordem e onde gelei outra vez.

Saí novamente para a reunião do Guilherme. No fim da reunião o meu filho vêm ter comigo. Assim que olho para ele vejo que tem um olho todo negro e inchado. Pensei que se tinha envolvido numa luta mas afinal levou uma cotovelada a jogar basquetebol.

 O meu coração não aguenta tanta coisa. 

Pág. 1/2