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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Não é a melhor das fases

Entramos numa nova fase de crescimento dos rapazes mas confesso que não é a melhor das fase. Deixaram de dormir a sesta ao fim de semana. A excitação de estar em casa, a saudade dos pais e irmãos, as brincadeiras que não foram feitas nos dias de semana. Todo isto e mais alguma coisa faz com que os rapazes não queiram dormir no fim de semana. Eu bem tentei mas nos últimos tempos estava quase uma hora para os adormecer e passado meia hora no máximo já estavam em pé. Acabei por me resignar e deixar de os obrigar a dormir. Dormem durante a semana na creche pelo que não há grande mal.

Não há grande mal para eles mas a nossa cabeça não concorda. Neste últimos fins de semana tenho chegado ao fim do dia com uma dor de cabeça imensa e o marido queixa-se do mesmo. O barulho imenso que fazem o dia todo, os gritos, as correrias, as birras e guerras tudo pesa e, no fim, traduz-se numa intensa dor de cabeça. Tudo isto é agravado pelo facto de ficarem mais irritados da parte da tarde. Não querem dormir mas começam a sentir cansaço o que faz com que chorem mais do que o normal. Implicam mais um com o outro e qualquer desentendimento parece que é o fim do mundo.

Nós vamos tentando ter paciência mas não é fácil. Depois temos ainda o senão que às sete da noite estão com tanto sono que, ou adormecem antes do jantar, ou não comem nada de jeito com o sono. Noto também que nestas noites dormem pior. Mexem-se mais, sonham mais. Acordo com eles a falarem ou a terem pesadelos.

Tudo era mais fácil quando dormiam. Por vezes eu dormia também e deixem que vos diga que sabia lindamente. Outras vezes podia ficar sossegada no sofá a ver um filme com o marido sem ter que me levantar a cada cinco minutos. O melhor de tudo é que a minha cabeça tinha entre hora e meia a duas horas de descanso.

Como o que é bom sempre acaba apenas nos resta aprender a lidar com esta nova fase. Esperar que eles entrem no ritmo de conseguirem saltar a sesta sem ficarem afectados. Tenho a certeza que dentro em breve vão deixar de ficar tão rabugentos e tudo vai correr melhor.

As coisas que me pedem

- Mãe olha aqui!

- Salvador a mãe agora está a conduzir não pode olhar.

- Tens que cortar mãe.

- Tenho que cortar o quê?

- O meu dedo mãe!

- Tenho que cortar o teu dedo?

- Sim!

- A mãe já vê e já corta.

- Não mãe!!!!- grita o Santiago - Mano se a mãe corta teu dedo pois ficas sem dedo.

Lá seguimos o resto da viagem com o Santiago a contar os dedos e a mostrar ao irmão com quantos ficava se eu lhe cortasse um dedo.

 

 

Relação amor ódio

No fim de semana ouvi a seguinte conversa:

- Quando for pai vou apagar todas as gravações dos meus filhos. - explicava o Leonardo ao Guilherme revoltado porque o pai apagou os milhares de episódios que tinham nas gravações da box.

- Ó Leonardo quando fores pai não podes fazer isso.

- Posso sim o pai fez o mesmo comigo.

- Mas Leonardo se fizeres isso os teus filhos vão odiar-te.

- Não faz mal eu também odeio o pai.

Não consegui deixar de rir depois de ouvir a conversa. A relação do Leonardo com o pai sempre foi uma relação de amor ódio e eu já nem me meto no assunto. Sei que o rapaz fica furioso quando o pai faz algo que contrário ao que ele quer e é frequente dizer que não gosta do pai ou que gostava de ter outro pai. A coisa é tão frequente que já nem ligamos.

Mais tarde o marido estava no sofá a ver os Simpson e o Leonardo correu a sentar-se ao pé do pai. Em vez de se limitar a sentar optou por aninhar agarrado ao pai e ouvi o marido gozar com a situação:

- Não como é Leonardo. Estás sempre a dizer que não gostas de mim mas depois passas a vida agarrado a mim.

- Agora já gosto um pouco de ti. - disse o rapaz para acabar com a conversa

Eu fico de fora a ver estas cenas entre os dois e acho imensa piada. Andam sempre às turras mas não se largam.

 

Virei os olhos por um segundo

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Estávamos no quintal a brincar. Estava a ajudar o Salvador a descer do trampolim quando o Santiago chamou por mim. Dou com o rapaz enterrado em lama como se se tratasse de areia movediça. Quanto mais se mexia mais se enterrava. Eu não sabia se o deveria ir ajudar ou simplesmente ficar a rir da cena. Acabei por o ir salvar e nem queiram saber o estado em que estava. Fica a imagem do sapato para imaginarem.

Crescem igual a ervas daninhas

O Verão passou e finalmente deu lugar ao Outono. Chegou a altura de começarmos a vestir as roupas mais quentes que estiveram guardadas durante os últimos meses. Cá em casa estes momentos têm sido um ciclo de surpresas. Ainda no outro dia dizia ao marido que precisávamos de comprar robes para os pequenos. Entretanto fui buscar os os dos mais velhos e percebi que os do Leonardo estavam bons para os gémeos e os do Guilherme estão perfeitos para o Leonardo. Percebi então que quem precisa de facto de um robe é o Guilherme mas com o tamanho que está já teremos que comprar um na secção de adulto.

O verão fez com que crescessem iguais a ervas daninhas. No dia a dia não percebi mas agora vejo perfeitamente na roupa. O Guilherme está tão grande que já tive que lhe ir comprar roupa à pressa e penso que ainda precisa de mais. O Leonardo deu um pulo tal que a roupa que deixa de servir ao mais velho lhe serve logo. Anteriormente a roupa do Gui ficava um ano no roupeiro até servir ao Leo agora nem descansa. 

Quanto aos pequenos nem sei o que dizer. Roupa que guardei porque lhes estava muito grande e tinha a certeza que ia servir não serve. Roupa que me deram para esta estação que me pareceu tão grande e afinal está no ponto. Olho para a roupa quando estou a passar a ferro e penso como é possível que aquela determinada peça já lhes sirva? Olho para o cumprimento de perna e questiono-me como é que cresceram tanto?

Todos os anos é esta surpresa depois do verão. O sol, o tempo quente, o ar livre, o ar da praia fazem milagres nas nossas crianças. 

Animais de estimação no campo

Sete e meia da tarde e a campainha da porta toca. Estranhei o facto porque não estava à espera de ninguém. Fui à porta e lá  estava um rapaz com uns onze, doze anos.

- Boa noite vizinha queria saber se não viu o meu galinho por aí.

- O teu galo?

- Sim, o meu galinho de estimação. Ele fugiu e uma das vizinhas disse que o tinha visto por aqui.

- Não , não o vi. Não está no meu quintal mas se o vir digo-te.

Lá foi o rapaz triste por não saber do seu amigo.  Eu fiquei a pensar que as crianças por aqui têm animais de estimação diferentes do habitual.

Não é só em tempo de seca que se deve poupar água

A situação no País está feia. A seca está cada vez mais acentuada e a tão prometida chuva tarda em chegar. A comunicação social explora a situação sem limites e as pessoas começam a falarem poupar água. É triste que só em caso de necessidade é que se façam mudanças. Agora está tudo preocupado em poupar mas estou certa que quando a situação for normalizada depressa a poupança será esquecida.

É importante que as pessoas percebam que a água é o nosso bem mais precioso e deve ser poupada o ano todo. Por vezes os gestos mais simples fazem toda a diferença. Fechar as torneiras quando estamos a escovar os dentes. Tomar duche e fechar a água sempre que não está a ser utilizada. Reduzir a quantidade de água da descarga do autoclismo. Aproveitar a água inicial dos banhos para um balde. Por norma a água demora um pouco a aquecer e essa água pode ser aproveitada para depois lavar um chão, regar plantas ou para uma descarga na sanita.

É importante também só colocar as máquinas da loiça e da roupa para lavar com a carga máxima. Não deixar torneiras a pingar.  Até as águas que normalmente desperdiçamos na cozinha podem ser utilizadas. Se deixar arrefecer a água da cozedura de massas ou de legumes estas podem ser utilizadas na rega das plantas.

Sei que parece pouco mas se pouparmos meio litro agora, mais meio litro daqui a pouco, depressa esses valores de transformam em centenas de litros num mês.

O ambiente agradece a poupança e a nossa carteira também.

 

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