Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.
Os dias aqueceram, eu vi estes dois sabores novos no supermercado e não resisti a trazer duas embalagens para casa. Provamos os ditos no fim de semana mas são nada do que eu estava à espera. O what-a-lotta chocolate é bom mas nada de especial. Já o cookie dough s'wich up desiludiu-me a valer, talvez porque adoro a versão original. Pura e simplesmente não gostei. As bolachas de chocolate não são muito boas e o sabor delas sobrepõem-se a tudo o resto.
Decididamente são dois sabores que não voltarei a comprar e que para mim estão muito aquém dos gelados saborosos que a marca nos costuma presentear.
Devido ao facto de terem estado doentes os gémeos ficaram ainda mais agarrados a mim. O Salvador que já dormia tão bem com o Guilherme só se quer deitar comigo. Ontem deitei-me com ele à espera que adormecesse para eu poder ir para a minha cama. Claro que o que aconteceu foi que eu adormeci provavelmente primeiro que o rapaz. Acordei um pouco mais tarde com um barulho estranho no quarto. O meu cérebro levou um pouco a perceber que som era aquele mas por fim lá cheguei à conclusão que vinha da cama de cima. O Leonardo ganho o habito de se abanar em género de embalar e parece que agora leva a noite toda nisso. Aproveitei o facto de ter acordado e fui para a minha cama se bem que nem tenha aquecido o lugar antes de o pequeno chamar por mim.
Voltei novamente para o quarto dos rapazes e adormeci novamente. Acordei um pouco depois com alguém a falar. Primeiro pensei que estava alguém a falar comigo, arrebitei o ouvido mas a conversa não fazia sentido. Percebi que era o Guilherme que conversava enquanto dormia, só consegui adormecer quando se calou. Contudo o sono não durou muito porque fui novamente acordada por um ranger. Mais uma vez o culpado era o Guilherme que estava a ranger os dentes enquanto dormia. É um péssimo habito que ganho e tenho que o levar ao dentista para ver se não está a estragar os dentes. O Leonardo juntou-se à festa e começou a embalar-se na cama de cima e eu só me apetecia fugir. Acabei por voltar para a minha cama onde consegui dormir um pouco. Esta noite acho que vou amarrar o Leonardo à cama e colocar uma mordaça o Guilherme, pode ser que assim possa dormir em paz.
Foi visto pela ultima vez no pé de um dos gémeos no inicio de Fevereiro. Procuramos incessantemente mas sem sucesso. Resolvemos então dar-lhe espaço na esperança que acabasse por voltar para casa mas nada. Se leres este texto fica a saber que gostamos muito de ti e que nos fazes muita falta. Os pequenos adoram calçar o Mickey mas um já não o pode fazer e depois é uma guerra porque um tem o boneco e o outro não.
Não vamos desistir de ti. Sei que ainda te voltaremos a ver.
Mãe de meninos sofre muito. Conto-vos o que se passa todos os dias no meu carro.
Chego à creche, saio com os pequenos e deixo os mais velhos dois ou três minutos no carro enquanto vou entregar os gémeos. Volto ao carro, abro a porta, sento-me no loca do condutor, fecho a porta e assim que o faço sou atingida por um cheiro horrível
- Leonardo!!!!!!!!!!!!!
Os dois desatam-se a rir que nem perdidos.
- Porra Leonardo não te disse já que isso não se faz?
- Mas eu não aguentei.
- Como é que é possível que tenhas sempre vontade de soltar bufas quando estas fechado no carro.
- Cheira tão mal!- confirma o Guilherme
Só me resta abrir a janela do carro. Todos os dias lá vou eu de janela aberta, esteja frio ou calor.É o que dá ter um rapaz com problemas de gases.
Na segunda feira pode dormir mais um pouco devido aos gémeos estarem em casa dos avós. O despertador tocou meia hora mais tarde e soube-me lindamente.
Os problemas começaram na manha seguinte. Esqueci-me de repor a hora habitual no telemóvel pelo que acordei tarde e andei igual ao Flash para sair de casa a horas.
Seria de esperar que a coisa corresse melhor na quarta mas a história repetiu-se. Resmunguei e barafustei comigo própria até mais não mas continuei sem acertar o alarme para a hora certa pelo que hoje acordei tarde outra vez.
Quem é que se esquece de acertar o telemóvel três dias seguidos? Será burrice, cansaço ou simples distracção? Já pensei que é o meu subconsciente que está a gostar de dormir mais um pouco e que por isso não me deixa acertar o despertador.
Não, não vos vou deixar ideias de prendas para irem comprar à ultima da hora. Até porque muitas são as sugestões de mil e um artigos para o dia dos namorados, que podem encontrar online. Sugestões giras de facto mas eu não consigo deixar de pensar que este dia se transformou em mais um sinónimo de consumismo.
Para mim o dia dos namorados è um dia no qual devemos festejar o amor e para isso basta que estejamos juntos dos que amamos.Não há prenda melhor que uma palavra carinhosa, uma troca de olhares cúmplice, um sorriso partilhado. Um simples abraço que parece tão desvalorizado mas que faz milagres.
Prefiro mil vezes uma flor dada em qualquer outro dia do ano, só porque sim. Prefiro porque sei que veio de forma espontânea e não como uma quase obrigação. Porque no fundo foi nisso que se transformou este dia, numa espécie de obrigação. Obrigatório comer fora e trocar prendas. É assim que se celebra o amor?
Por aqui esquecemos as obrigações. Não há troca de prendas nem jantares fora. Existe sim, um jantar em família, como tantos outros, e que melhor forma de celebrar-mos o nosso amor que partilhar este dia com os frutos da nossa relação. Os jantares românticos, as escadinhas, os tempos a sós vão sendo gozados ao longo do ano, quando temos oportunidade, porque o amor deve ser vivido e celebrado o ano todo.
Estou farta dos dias pequenos e escuros. Estou farta do frio e da chuva. Estou farta do monte de roupa que vestimos diariamente. Principalmente estou farta das doenças.
Este frio trás doenças atrás de doenças e eu estou cansada delas. Todas as semanas aparece uma diferente, uma otite, uma bronquiolite, uma amigdalite. Depois existem aquelas que nem tem direito a nome, são chamadas de um vírus e temos que esperar que passe. Como mãe custa-me horrores. Ver os nossos pequenos doentes e não poder fazer nada sem ser dar colo enquanto espero que passe. Custa-me o facto de chorarem a cada dez minutos quando sei que são crianças tão risonhas. Custa-me as noites em claro não tanto por mim mas por eles, ver que têm sono, que querem dormir mas não conseguem.
O pior, o pior de tudo é quando estão os dois doentes ao mesmo tempo como foi o caso destes últimos dias. Na doença não querem mais ninguém que a mãe e é tão difícil acudir dois. Eu tento sentar-me no sofá e sentar um em cada perna mas eles não querem. Estão doentes, carentes pelo que querem um colo exclusivo deles. Empurram-se mutuamente para ver se um desiste para que o outro fique com o prémio. O pai tenta ajudar, dá abraços e colo a um mas ele fica no colo do pai a chorar pela mãe. É o que mais me custa nisto de ser mãe de dois.
É por isso que peço que a chuva pare. Que o frio se vá e leve estas doenças com ele. Que venham os dias bons e quentes para podermos andar de bicicleta e jogar à bola. Dias quentes para que possamos brincar na rua sem medo das constipações. Cada vez gosto mais do Verão.
É uma pergunta que nos fazemos muitas vezes perante certos comportamentos dos nosso filhos. Se for um comportamento bom é certo que sai ao pai e à mãe. É bom a matemática, sai ao pai. É bom no raciocínio mental puxa à mãe. Já se for um mau habito, não sai a ninguém. Não sai ao pai, não sai à mãe, deve sair a ele próprio.
Mas e quando percebemos que afinal o que criticamos foi herdado de nós?
O marido implica que o Leonardo fala muito alto. Sim é verdade que ele fala muito alto mas o meu marido também fala e o meu sogro então parece que está sempre a gritar. Parece-me a mim que afinal herdou de alguém.
Já o Guilherme é um cabeça no ar. Sabem a quem é que ele sai? Pois eu também não. Claro que tinha que sair à mãezinha. E sai mais a mim do que eu alguma vez pensei. No outro dia estava a falar com a professora que me disse que ele parecia que estava sempre a sonhar acordado na aula, parece que não presta atenção a nada mas afinal está a apanhar tudo na mesma. Estava a ouvir a professora e a pensar que eu era igualzinha. Lembro-me de passar horas a imaginar histórias na minha cabeça, quando dava conta já tinha acabado a aula e eu nem tinha estado lá. No entanto, não me perguntem como, apanhava a matéria toda na mesma. Outra coisa que a professora se queixou é que o rapaz deixa de fazer certas coisas na sala só para ler o seu livro e eu mais uma vez revi-me. Tantos livros que foram lidos à socapa nas aulas. Tanta matéria que deveria ter sido estudada mas que era posta de lado porque o chamamento do livro era mais forte.
Outra coisa que me queixo é do facto de se esquecerem de tudo. Esquecem-se dos casacos, dos gorros, das lancheiras. Depois penso um pouco e recordo que deixei de usar chapéus de chuva porque os perdia todos. Lembro-me de perder um casaco. Lembro-me do pânico que senti quando um dia não conseguia encontrar a mochila. Mais tarde percebi que não podia levar os livros e cadernos nas mãos como faziam as minhas colegas porque saia de casa com eles mas dificilmente regressava com todos.
Percebo agora que afinal são mais parecidos connosco do que pensamos. Basta colocarmos-nos nos sapatos deles e logo vamos relembrar as nossas aventuras de crianças. No fim vão perceber que afinal os nossos filhos são muito melhor do que nós fomos.
Por norma as pessoas têm tendência a culpar o casamento pela engorda. Sim é um facto que passamos a ter uma vida mais calma o que pode levar a um aumento de peso. Depois existe um aumento de interesse na cozinha. Um porque passa a ter para quem cozinhar e outro porque têm que apreciar o esforço do companheiro.
No entanto acho que o casamento não é o principal culpado da engorda mas sim os filhos. Não no inicio, porque nessa fase não nos deixam sossegar. Contudo por volta dos dois, três anos começam a estar mais atentos à gastronomia. Começam a prestar mais atenção ao comer e aos que os outros estão a comer. Começam também a ser aventureiros e querem experimentar tudo. O problema é que muitas vezes têm mais olhos que barriga, ou então pedem algo que depois percebem que não gostam. E o que fazem a maior parte dos pais? Comem o que os filhos não querem, ou não gostam, porque é feio desperdiçar comida. Muitas vezes já estamos satisfeitos mas temos que fazer o sacrifício porque não queremos deitar comer fora.
Cá em casa temos esse problema vezes quatro pelo que temos que deferir uma estratégia. Uma das hipóteses é ir contra o nosso principio de não estragar comer. Outra hipótese é passar a comer menos para deixar espaço para as sobras.