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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Um dia bom já dava jeito

Quem me conhece sabe que sou uma pessoa bem disposta e sempre com uma atitude positiva. Sou daquelas pessoas que vê o copo como meio cheio em vez de meio vazio. Queixo-me bastante das coisas mas acredito sempre que tudo têm uma solução. 

Contudo existem alturas em que é difícil manter uma atitude positiva. Alturas em que o cansaço é imenso e a paciência mínima. Alturas em que nos arrastamos para fora da cama e  nem sabemos como aguentamos o dia. Sei que é uma fase e que vai passar mas estou à espera que passe à demasiado tempo.

Tudo começou à coisa de três semanas. Queixei-me aqui que pensava que os pequenos estavam a ficar doentes. Deixaram de comer. Não aguentavam a chucha na boca. Choravam o tempo todo. entretanto veio a febre e descobri que tinham a boca cheia de aftas. Apanharam a tão famosa febre aftosa e contagiaram a família toda. Os mais velhos tiveram também algumas aftas e andaram a comer mal. Queixaram-se uns dias mas voltaram ao normal. O marido foi quem mais sofreu, ficou com a boca e garganta num estado lastimoso. Teve que ir ao médico que lhe receitou uma solução para bochechar a boca e só agora está a passar. Na semana passada, no meio disto tudo, o Leonardo teve febres altas durante três dias. Não foi à escola e tive que o levar comigo para o trabalho. A febre passou do Leonardo para os gémeos e acabei por ter que ficar em casa. Entretanto melhoraram um pouco e consegui trabalhar quinta e sexta. No domingo o Santiago andou um pouco resmungão. Amanheceu a segunda-feira com os olhos ramelosos. Deixei-o na creche, os olhos pioraram um pouco e veio novamente a febre. Fui à farmácia com ele e comprei uma remédio para a vista. Passaram dois dias, os olhos casa vez piores e a febre sempre presente. Acabei por ir à urgência com ele. Disseram-nos que é um vírus que afecta a garganta, nariz e os olhos. Receitaram outro remédio para a vista e passaram um atestado porque não pode ir à creche. Estou novamente fechada com eles em casa à espera para ver que é o próximo a apanhar este vírus que segundo me explicaram é muito contagioso.

Passo dizer que em três semanas não me lembro de uma noite que tenha dormido bem. Quando digo bem refiro-me a dormir 4 ou 5 horas. Basicamente tenho acordado de hora a hora com alguém a chorar, a gemer de febre ou com um ataque de tosse.

A única coisa que me faça é que sou tão ruim que as doenças não querem nada comigo. Vou conseguindo tratar de todos sem ficar doente. Resta-me esperar que melhores dias cheguem.

Acho que vou trabalhar para o meu filho.

Estava a queixar-me aos rapazes do facto de nunca se despacharem de manhã o que me faz ter que andar a correr para chegar ao trabalho a uma horas aceitáveis.

- Era tão bom que não tivesses de trabalhar!- exclama o Guilherme

- Era bom? E depois como é que tínhamos dinheiro para comer?

- Era bom se pudesses ficar em casa e ganhasses 20€ por hora. Não era mãe?

- Isso era bom Guilherme.

- 20€ vezes 24 horas… 480€. 480€ por dia!!! Ficávamos ricos num instante.

Assim não dá!

Dizem-nos que devemos colocar as crianças em actividades de forma a libertarem a imensa energia que tem. Dizem-nos que as crianças virão exaustas da modalidade o que garantirá noites tranquilas. Dizem também que ajuda à concentração, que as regras das actividades lhes fazem bem e que o desporto trás saúde.

Só coisas boas não é? O problema é que não é bem assim.

Primeiro falemos dos valores que nos são cobrados para que os nosso filhos possam praticar desporto, sim porque agora tudo se paga. Querem actividades, toca a abrir os cordões à bolsa. Temos mensalidades, cotas de sócios, roupa apropriada, calcado próprio… tudo para cima de um balúrdio.

Depois temos o facto de as crianças regressarem eufóricas de tanta corrida, ou divertimento. As únicas pessoas que chegam exaustas a casa são os pais, por causa da ginástica que fazem para deixar os filhos a horas nos compromissos e das secas que apanham a vê-los praticar o desporto escolhido. O pai entra em casa e já só se quer sentar no sofá enquanto que os filho já vêm a perguntar pelo jantar.

Sim porque ninguém nos avisa que colocar um rapaz a jogar à bola é a mesma coisa que começar a alimentar uma equipa inteira. Um sai da piscina a perguntar se falta muito para jantar. O outro sai da bola a questionar se o comer já está pronto. Entram em casa e só se queixam que estão famintos. Sentam-se a mesa a salivar e engolem o comer sem mastigar. Mas o pior de tudo cá em casa é o facto de os gémeos terem começado a jantar duas vezes tudo graças às actividades dos irmãos. Por volta das dezanove horas já não se calam com fome pelo que lhes damos o jantar. Os irmãos chegam pouco depois das vinte e os pequenos resolvem que afinal ainda têm fome. Sentam-se de novo na mesa e comem tanto ou mais do que comeram à uma hora atrás.

Verdade seja dita, assim não dá. Não há orçamento que resista a quatro rapazes a comer.

Recebemos uma surpresa

Na semana passada fomos surpreendidos com uma pequena surpresa para os rapazes. A science4you enviou-nos dois exemplares dos seus brinquedos. Quando abri a caixa não pude deixar de me questionar se acompanhariam o blog e se estariam a par da fixação do Guilherme pelo espaço. Se não acompanham devo dizer que devem ter um grande puder de adivinhação.

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 Tenho a certeza que  vão fazer sucesso entre os rapazes mais velhos. O Guilherme vai adorar ficar a saber tudo sobre o sistema solar e já o estou a imaginar a andar com o livro para todo o lado. Estou certa que o Leonardo também vai gostar muito do dos animais, vamos divertir-nos a pinta-los.

Confesso que somos um pouco fãs deste conceito de brinquedos. Gostamos muito da vertente didáctica e educativa. Fazem com que as crianças aprendem, construam e experimentem tudo enquanto se divertem. O melhor de tudo é que têm tanta variedade diferente que existem sempre vários que se enquadram às nossas necessidades.

Cá em casa já temos uma bela colecção, deixo-vos alguns exemplos.

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Não devia ser ao contrário?

No domingo ao final da tarde o Guilherme chegou ao pé de mim e disse-me:

- Mãe esqueci-me de te dizer que temos que fazer uma casinha para levar para a escola.

- Temos que fazer uma casinha? E quando é que a tens que levar para a escola?

- Acho que é amanhã.

- Amanhã!- exclamo em pânico - Guilherme és sempre a mesma coisa. Onde é que eu vou arranjar materiais para construir uma casa agora. E que tipo de casa tens que construir?

- Não sei bem...

- A professora deve ter dado indicações, deves ter algo escrito no caderno.

- A professora só deu uma folha.

- Então vai lá buscar.

Ele sai por breves momentos e retorna então com uma folha.

-Toma mãe.

- Ó Guilherme isto é para construires uma casinha do pijama. Tens que recortar a casinha e monta-la. Depois tens que pedir moedas para colocares lá dentro e levares para a escola.

- Mas tenho que lavar amanhã.

- Não Guilherme dever ser para levar dia 21 que é a data do dia do pijama. Leonardo podes chegar aqui?

- O que foi mãe?

- Também tens que fazer uma casinha do pijama?

- Sim mãe. Tenho que a montar e encher de dinheiro para dar para os meninos que não tem família. No dia 21 tenho que levar a casinha para colocar num sitio lá da escola e nesse dia temos que ir de pijama para a escola.

- Já percebi tudo obrigado filho.

 

Nestas alturas vejo a imensa diferença que existe entre eles. O mais velho anda sempre com a cabeça no ar e depois não ouve nada. Tenho que me valer do Leonardo para saber a maior parte das coisas. 

O amor tem várias fases.

Primeira fase:

- Que tens na mão.

- Aleijei-me.

- Já desinfetaste a ferida? Precisas que faça algo? Queres que vá a farmácia comprar uns comprimidos? 

 

Segunda fase:

- Aleijei-me no pé.

- Ai foi.

- Passei muito próxima duma palete e espetei uma farpa no dedo. Acho que ainda tenho um pouco de madeira dentro da pele mas não consigo tirar.

- É bem feito para não andares de sandálias no armazém.

 

Terceira fase:

- O que é que tens na mão?

- Espetei aqui qualquer coisa.

- Isso está feio. Andas-te a mexer? É mesmo típico. Tens é que ir ao médico em vez de andares ai a escarafunchar. Isso parece estar infectado. Não tens juízo nenhum...

 

 

 

Este Leonardo...

- Guilherme dá-me isso se faz favor.- peço eu

- Guilherme tens que entragar isso à mãe.- afirma o Leonardo

- Entra...quê?

- Entragar

- Entregar.

- Pois isso.

 

- Mãe viste aquilo? Aquilo é impissivel não é mãe?

- Não estou a perceber.

- Aquilo que o senhor fez na televisão é impissivel.

- Impossivel?

- Sim isso.

 

- Mãe compraste uma raspadinha?

- Sim comprei porquê?

- As raspadinhas são uma frauda. Quer dizer fraude. As raspadinhas são uma fraude.

Brothers and sisters

Travei conhecimento com a família Walker em 2007 e tornei-me fã desta série. Vi as temporadas todas e fiquei muito desapontada quando foi descontinuada.

Hoje em dia está a passar na sic mulher e eu não tenho perdido um episódio. Adoro as peripécias daquele clan. São completamente disfuncionais, com tantas personalidades diferentes só poderia ser assim. Poderia-se dizer que o meu fascino se deve ao facto de me identificar com o facto da família numerosa mas já seguia a série quando era só mãe de um. No fundo o meu coração já me indicava que queria uma família assim.

É uma série que me deixa um sorriso nos lábios e uma vontade de ver. Embora esteja a rever a mesma percebo que já não me lembro de quase nada.

Alguém vê ou já viu a série?

Fotos para a posterioridade

Em tempos contei-vos que fomos fazer uma sessão fotográfica. Foi difícil conciliar a nossa agenda com a do fotografo. O objectivo era fazer uns álbuns para oferecer às avós e à madrinha que fazem todas anos em Agosto. As prendas foram dadas fora de horas mas estavam tão giras que ninguém se importou de receber tarde. Depois foram necessários mais alguns meses para conseguirmos as nossas fotos impressas e em formato digital mas finalmente temos tudo.  

O trabalho foi feito por um amigo que por sinal também foi o fotógrafo do nosso casamento. Fez um trabalho fantástico e olhem que os modelos, principalmente os pequenos não ajudaram.

Deixo-vos as minhas fotos preferidas e o link do artista.

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Gosta mesmo da escola

Ontem sai mais cedo do trabalho porque os pequenos estavam com febre. Fui busca-los à creche e de seguida apanhei o Guilherme na escola.

Cheguei antes da hora e ele já estava fora da sala. No portão a auxiliar disse-me:

- Ele hoje não tiveram musica à ultima hora. Eu esqueci-me de dizer que os podiam vir buscar mais cedo mas eles também não se lembraram.

- Não há problema. - respondi eu

- Então Guilherme não tiveste aula e não nos disseste nada?- perguntei a caminho do carro

- Esqueci-me.

- Esqueceste-te ou quiseste ficar na escola a brincar?

- Um pouco dos dois!- respondeu a rir-se

Eu fiquei feliz porque é sinal que ele gosta mesmo da escola e nem me importo de o deixar lá mais um pouco afinal a escola não é só para estudar.