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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Manos que pantufas tão giras!

Esta noite os mais velhos dormiram em casa da avó. Hoje de manhã fui deixar os gémeos e buscar os mais velhos. Entramos em casa da avó e os gémeos começaram a rir-se às gargalhadas sem motivo aparente. Estão percebi que se estavam a rir por causa das pantufas que os irmãos tinham calçadas. O ano passado eram muito pequenos pelo que já não se lembravam delas. Claro que já não largaram os irmãos.

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 O Santiago andava atrás do Guilherme a dizer:

-Ão, ão, ão.

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 Claro que foi um berreiro quando viemos embora e guardamos as pantufas. Já sabem, comprem uma pantufas giras que fazem as delicias dos pequenos.

Dia mundia da prematuridade

 

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 Para quem não sabia deixo-vos um bocadinho da história:

"Em 2009, o dia 17 de Novembro tornou-se oficialmente o Dia de sensibilização para a

Prematuridade, tendo a data sido comemorada com uma diversidade de eventos

organizados pela "European Foundation for the Care of Newborn Infants" (EFCNI) e as

organizações europeias parceiras. Esta data foi decidida durante a primeira reunião

das Organizações Europeias de Pais em 18 de Novembro de 2008, em Roma, Itália,

poucos meses depois de também aqui ter sido criada a EFCNI (Abril 2008).

A razão para a escolha do dia 17 de Novembro foi porque essa data tinha um

significado muito especial para um dos fundadores da EFCNI: o dia 17 de Novembro de

2008 foi o dia em ele foi pai de uma filha saudável, após em Dezembro de 2006 terem

falecido os seus trigêmeos prematuros. Simultaneamente, a March of Dimes, uma

Organização de Caridade Americana para bebés de termo e pré-termo, teve uma ideia

semelhante e lançou, nos EUA, o Dia de Sensibilização para a Prematuridade, também

a 17 de Novembro. Portanto, esta data parecia estar destinada a unir e lançar em

conjunto o Dia Mundial da Prematuridade."

Depois da lição de história só quero deixar beijinhos de força para todos os pais de bebes prematuros. Bem sei que não há nada pior que dar à luz bebés minúsculos. Bebés que por vezes ainda nem respiram sozinhos. Bebés que nos cabem na palma da mão.

Bem sei o que é ter alta da maternidade mas deixar os nossos bebés para trás. Sei o que é tentar dormir à noite mas só conseguir pensar se o nosso bebés está bem. Sei o quanto é assustador entrar na neonatologia e ouvir apitos por todo o lado. O pânico em que ficamos quando uma das máquinas começa a apitar desmesuradamente e somos todos convidados a sair. Mesmo que não seja o nosso bebé, ficamos em pânico porque poderia ser o nosso, porque aqueles pais estão a passar o mesmo que nós.

A única coisa que posso dizer aos pais destes bebés é que confiem nos profissionais e não desanimem. Os bebés prematuros vêm com uma força extraordinária de viver. Eles são pequenos mas só em tamanho, em garra batem-nos aos pontos. Nascem tão pequenos e começam logo a travar as suas próprias batalhas. Já nascem uns guerreiros.

Feliz dia da prematuridade

 

Que bela soneca

No domingo fui deitar-me um pouco depois de almoço porque me sentia de rastos. O marido ficou com os pequenos na sala. Acordei um pouco depois entranhando o marido ainda não me ter acordado. Tínhamos combinado ir ao parque com a criançada toda e já estava a fazer-se tarde. Cheguei à  sala e deparo-me com isto.

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Estava tudo a dormir. O Salvador na espreguiçadeira e o Santiago agarradinho ao pai.

Passado um pouco o Salvador acordou e não gostou muito de ver o irmão ao colo do pai. Tratou logo de se juntar à turma.

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 Estão a passar por uma fase de ciúmes que nem vos conto. É só pegarmos num que o outro vêm logo a correr porque também quer. Mas por ciúmes ou não esta foto fica para a história.

Numa maré de azares.

Pois começo a acreditar que estou em maré de azar. Na sexta-feira marcámos uma viagem a Paris, chego a casa e deparo-me com as noticias. Primeiro nem me apercebi porque estava desesperada por casa da bendita chave que caiu no fosso do elevador. Andei a ligar para os técnicos dos elevadores para ver se conseguíamos recuperar a chave. Fui informada que é possível recuperar e deram-me duas hipóteses. O técnico deslocava-se de propósito ao local com um custo, digamos que mais vale comprar uma chave nova. Ou esperar pela revisão mensal para receber as chaves sem qualquer custo. Claro que escolhi a segunda opção, até porque tenho uma segunda chave, então informaram-me que deveria ligar na segunda-feira para combinar.

Depois de falar com os técnicos apercebi-me que afinal aquilo em Paris era sério. Comecei logo a imaginar o marido a não querer ir. Se não tivesse dado sinal na sexta-feira acredito que já não iríamos. Mas agora já não há nada a fazer. Dizendo a verdade nem estou minimamente preocupada o que for para nós será, para além disso, casa roubada trancas à porta. Penso que a segurança vai ser tal em Paris durante os próximos tempos que até será a melhor altura para lá ir.

O sábado correu bem. Fomos passear com os miúdos e levamos os mais velhos ao Lego Fun Factory. Ficaram lá uma hora e adoraram. Ainda estavam a sair e já perguntavam quando é que voltavam outra vez.

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 Sim tudo parecia estar a correr bem mas... comecei a passar mal na noite de sábado para Domingo. Não dormi nada cheia de dores de estômago e de barriga. Apercebi-me, já de manha, que estava com uma paragem de digestão. Espero que não seja viral, porque senão vai correr a casa toda. Enquanto não saiu tudo cá para fora estive cheia de dores. Depois lá acalmou um pouco mas ainda hoje não estou a 100%. Ontem só consegui beber um chá e comer um pão. Hoje bebi meia chávena de chá e ainda não consegui comer mais nada.

Claro que ontem não tive disposição para  fazer quase nada. Fiz o almoço e sopa sentada numa cadeira, nem força nas pernas tinha. Paciência para o próximo fim-de-semana ponho tudo em dia.

Entretanto há pouco liguei para a firma dos elevadores para saber quando iriam fazer a revisão ao elevador. Fui informada que já foram este mês. Adivinhem quando? Na quinta-feira passada. Por tanto, vou ter de esperar um mês para recuperar a minha chave. Informaram-me também que estarei de estar presente para receber a chave. Tenho que ligar no inicio do mês que vêm para combinar com eles. Só espero que dê para irem quando estou de férias porque senão vou ter que faltar ao trabalho. Digam lá que não ando numa maré de azar?

Porquê a mim?

Estou desesperada. Acabei de chegar a casa. Parei o carro na garagem, os gémeos fugiram como de costume. Eu apanhei um e deixei-o ao pé do elevador, fui buscar o outro, quando chego já o primeiro vai a fugir. Consigo chamar o elevador, estou à luta para os colocar dentro do elevador e o telemóvel começa a tocar. Vou atender ( sim cunhada, se estas a ler isto a culpa é tua), deixo cair a chave do carro e esta passa direitinha pela ranhura da porta para o poço do elevador. Como é que eu vou contar ao marido? Será que é recuperável? Pensamento positivo podia ter sido a de casa e ficava na rua.... Por que é que tudo me acontece? Agora vou me embora chorar.

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Preparativos para o Natal

Por aqui já andamos a preparar tudo para o Natal. No fim-de-semana peguei nos mais velhos e demos uma escolha na quela tralha que tinham no quarto. Seleccionamos os brinquedos com que já não brincam e escolhemos os que ainda estavam bons para doar. Os que estavam partidos ou com faltas de peças foram imediatamente para o lixo. Conseguir encher um saco de 30 litro de coisas para o lixo e outro com brinquedos para doar, verdade seja dita, este até levava brinquedos de fora. Ficaram com o quarto muito mais arrumado e limpo. Claro que daqui por pouco mais de um mês vai ficar novamente a abarrotar.

Aproveitei também o fim-de-semana e as promoções e comprei os brinquedos todos. Portanto a criançada que vai receber brinquedos já está despachada incluindo a prenda de aniversário do Leonardo. Entretanto já encomendei também todos os miminhos à minha amiga Sandrine que faz uma coisas lindas. Passem por lá para espreitar.

Ainda nos falta comprar algumas roupinhas para as sobrinha e para os gémeos. Comprar prenda para marido. Já se o que vou comprar mas não posso dizer, ele por vezes passa por aqui a espreitar . E finalmente falta montar a arvore. Este ano cabe-me a mim porque o marido recusa-se a tratar dela por causa dos gémeos. Assim sendo irei eu monta-la mas vou esperar até Dezembro. Quanto menos tempo estiver montada menos hipóteses de acidentes.

Resumindo está tudo encaminhado e ainda vamos a meio de Novembro.

 

TAG: Sweater Weather

 

Desta vez o desafio vez da parte da Vanessa.  Vamos lá contar mais um bocadinho sobre nós.

01. Fragrância de velas preferida?

Adoro velas com cheiro a baunilha. Nesta altura também gosto das que têm canela porque se enquadram na quadra natalícia.

 

02. Café, chá ou chocolate quente?

Chocolate quente, não fosse eu tão gulosa.

 

03. Muda a rotina de maquilhagem consoante a época quente?

Qual maquilhagem? Com tanta criança acham que eu tenho tempo para me maquilhar. Bem a verdade é raramente me maquilhava antes de ser mãe por isso não vale a pena deitar as culpas às crianças.

 

04. Chapéus ou lenços?

Nenhum.

 

05. Camisola que mais uso?

Não tenho nenhuma em particular. Gosto delas quentinhas e fofinhas.

 

06. A cor de verniz que mais uso?

Gosto de tons escuros. Cor-de-vinho, castanhos, roxos.

 

07. Jogos de futebol ou folhas secas?

Folhas secas.

 

08. Calças justas ou leggings?

Leggings. Até à dois anos odiava Leggings agora adoro-as. Realmente como mudamos tanto.

 

09. Botas ou UGG?

Botas! Já mencionei que adoro botas. Tenho bastantes mas fico sempre tentada a comprar mais.

 

10. Qual a tua coisa preferida no Outono?

Gosto de sentir o cheirinho das lareiras.  Adoro o cheiro das castanhas assadas. Amo deitar no sofá embrulhada numa manta.

 

11. Música que te põe no mood de Outono?

Qualquer uma, não sou esquisita.

 

12. Como é o Outono onde vives?

Acho que o Outono é igual em todo o lado. Se bem que por aqui não há muitas folhas no chão. Temos muitos nevoeiros que por vezes duram o dia todo.

 

Vamos lá às vitimas:

pequenosencantos, maedecoracao , omeumaiorsonho

Obrigado também se usa

Neste treze anos que conduzo tenho-me apercebido de um decréscimo de agradecimento e neste momento acho que está praticamente extinto. No inicio de ter a carta se por acaso abranda-se ou para-se para facilitar a passagem a alguém receberia um aceno ou uns quatro piscas de agradecimento. Agora uma pessoa para, dá passagem, o carro avança e segue sem qualquer agradecimento. Eu fico danada com a falta de educação das pessoas, só me apetece gritar:

-Obrigado sim.

Mas há outros ainda pior. Aqueles que atravessam o carro mesmo à nossa frente e nos obrigam a parar, mesmo tendo nós prioridade. Aproveitam a nossa paragem para avançar claro que sem no mínimo agradecer. Até parece que é nossa obrigação parar para os senhores doutores passarem.

Existem ainda aqueles que fazem asneira, do género entrarem de repente numa rotunda embora nós estejamos a circular nela. Depois ainda disfarçam como se não fosse nada com eles. E se reclamamos ainda nos fazem um gesto obsceno.

Agora pergunto eu, o que aconteceu ao obrigado?

As pessoas tem que compreender que um comportamento gera uma reacção. A falta de agradecimento faz com que as pessoas deixem de ter vontade de facilitar a passagem. E parece-me, que isso começa a acontecer cada vez mais. As pessoas andam stressadas e isso reflecte-se no que vemos na estrada. Faltas de civismo e respeito quer para com os automobilistas quer para com os peões. Ao ritmo que estes comportamentos avançam nem quero pensar como será conduzir daqui por mais uns anos.

Um buraco vazio

Cresci a ouvir a minha avó a falar sobre os dois filhos que tinha perdido. Eu era uma miúda e isso fazia-me confusão. Não percebia o motivo de ela com sete filhos vivos e com saúde estar constantemente a relembrar os que tinham falecido. Ouvi as mesmas histórias vezes sem conta de como tinham falecido por doenças com muitos poucos dias de vida. Mesmo assim a minha avó lembrava-se deles, do dia em que tinham nascido, do seu cheiro, do seu choro.

Anos mais tarde, quis o destino que eu também perdesse um bebé. Um bebé que para os médicos ainda não era um bebé. Um bebé que nunca conheci, que nunca abracei, que nunca ouvi o choro mas que já amava com todo o meu coração.

Já passaram sete anos, tive três filhos depois mas o vazio daquela perda continua no meu coração. Pensei que o Leonardo iria preencher aquele buraco que cá ficou, mas isso não aconteceu. Seguiram-se os gémeos e eu pensei que iria ficar com o coração cheio mas a verdade é que aquele canto continua cá. Já me conformei que será sempre um espaço vazio, que nunca ficará cheio de recordações e lembranças.  È um espaço que foi guardado para alguém que nunca teve hipótese de o preencher. Um espaço no qual nunca guardarei aquele primeiro sorriso, os primeiros passos, as primeiras palavras.

Agora percebo porque a minha avó falava tanto nos filhos que perdeu. No fundo nunca nos esquecemos e nunca deixamos de os amar.