Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.
Continuamos com muito sol, calor, praia e piscina. Os miudos estao completamente fans da piscina. O Leonardo já se aventura até ter água pelo pescoço, anda em bicos dos pés só para ir um pouco mais a frente. Até já mergulha a cabeça debaixo de água, foi uma semana de vitórias.
Pena que já estamos na reta final, caso contrário acho que saia daqui a nadar. Os gémeos adoram ver os tolos dos irmãos dentro de água. Riem-se às gargalhadas com as parvoíces que fazem na piscina. Ontem cometi o erro de lhes por os pés dentro de água, resultando começaram a chorar quando os tirei. Passei o resto da tarde sentada na berma da piscina para os fregueses terem os pés a chapinhar na água.
A cada dia que passa, estes pequeninos vão revelando as suas personalidades. Temos vivido situações muito giras mas fica para outro dia em que tenha mais tempo para escrever.
Amanheceu um dia lindo e cheio de sol. A praia estava óptima mas por volta das 11:30h já não se aguentava o calor. Os gémeos desfrutaram de uma bela soneca na praia, aliás já vai sendo hábito. Já começam a ser conhecidos na praia, o Sr., que vende umas maravilhosas bolas de Berlim, quando passa vem sempre espreitar se já dormem. As pessoas passam na praia com crianças e dizem-lhes para verem os bebés iguais. Tão fofos a dormir...há quem opine que a dobrar é mais fácil, outros dizem que é o dobro das chatices. Como tudo na vida, não há um consenso.
Voltamos a casa para almoçar e fugir as horas de maior calor. Pouco depois das 14h os gémeos já dormiam e eu aproveitei para fazer uma coisa muito importante, dormir uma bela sesta.
O pai desceu para a piscina com os mais velhos e eu fiquei de lá ir ter quando acordassem. Fui dormitando, aquele dormir bom descansado e relaxado. De vez em quando acordava com um dos meninos a mexer-se e ouvia as gargalhadas dos outros três na piscina. Pensei para mim como é possível ouvi-los aqui no décimo andar mas a verdade é que o pai tinha referido o mesmo no dia anterior.
Acordamos os três com os outros três a entrarem em casa, estiveram mais de duas horas a brincar na piscina e nos preguiçosos a dormir. Só posso dizer que soube maravilhosamente. Amanhã revezamos-nos, desço eu e o pai descansa. Temos que continuar a piscina para ver se o Leo perde o medo de vez.
Acabamos agora de ver o ultimo episódio da guerra dos tronos e estou incrédula. Consegue sempre surpreender nos. Não vou adiantar para não estragar a emoção. Só passo afirmar que ficamos de coração nas mãos há espera da nova temporada
Ontem à tarde os miúdos quiseram ir para a piscina. Estava um vento desgraçado e eu só pensava que iria morrer congelada. Lá acedi a descer com eles a pensar que quando sentissem o frio desistiriam da ideia.
Qual o meu espanto quando o Gui corre a meter-se na piscina e começa uma guerra de água com o irmão. Eu sentei-me embrulhada a uma toalha a observá-los a divertirem-se imenso. A dada altura começa a chover, eu abriguei-me debaixo da varanda mas os miúdos nem se mexeram. Continuaram ali a brincar, afinal molhados já eles estavam. As pessoas passavam e riam-se de os ver à chuva a brincar. É tão bom ser criança é só pensarmos no agora.
Eu só lhes pedia para irmos embora mas foi difícil convence-los. Finalmente depois de uma meia hora lá consegui arrastá-los para casa. Depois de um banho quente só os ouvia dizer que se tinham divertido muito. É bom saber que nem uma chuvinha lhes estraga as férias.
Depois de um bocadinho de praia, nada como uma soneca deitados na toalha a ouvir o barulho do mar. Até os gemeos concordam. Dormem sempre melhor na praia.
Pelo menos dao uns minutos de descanso e, durante um pouco, só temos que nos preocupar com os mais velhos.
Ontem foi dia da festinha de final de ano dos meus meninos. De todas as festas da escola que já assisti devo dizer-vos que foi a melhor. Os organizadores estão de parabéns por um trabalho fantástico. Claro que nós pais também estamos de parabéns, sem a nossa matéria prima ( filhos ) nada disto seria possível. Sinto-me uma mãe babada, socorro alguém me traga um babete. Ainda agora estava a ver as fotos e filmagens e não conseguia parar de sorrir, senti-me reviver uma vez mais um sentimento de euforia e realização.
Foi um espectáculo cheio de musica e dança, que nos levou a passear por alguns países. Visitamos os Açores, a Madeira, a Jamaica, a Índia, a Venezuela, o Havai, a Colômbia, Os Estados unidos da América, o Brasil, o México e peço desculpa se me esqueci de algum. As nossas crianças vestiram-se a rigor e dançaram danças típicas dos países que representavam.
Hoje em dia cozinhar ajuda-me a relaxar. Ontem foi dia de terapia, passei a manhã toda na cozinha mas com a ajuda da minha Bimby preparei sopas para levar os gémeos. Foram directas para o congelador e depois é só descongelar e aquecer. Para nós fiz arroz de frango e pizza, ainda sobrou para hoje. Assim posso chegar a casa e dedicar-me a fazer malas. Ficou tudo muito bom. Desta vez na pizza coloquei salmão fumado e devo dizer que ficou uma delicia. Deixou fotos pois os olhos também comem.
Ontem foi um daqueles dias que parecia não ter fim. No fundo não fiz nada mas que deu para cansar deu.
Ainda não eram 9 horas já eu estava no hospital pois os gémeos tinham consulta de alergologista. Fui sozinha porque o marido não podia e a mãe tinha que levar os mais velhos à escola. Ainda ponderamos em que a mãe fosse lá ter de autocarro mas achei que não era necessário porque a consulta devia ser rápida.
Entramos por volta das 9H para consulta com a enfermeira e quando saímos já passavam das 10H. Mil e uma perguntas sobre a casa, animais, antecedentes de família, histórico, medicação. Depois despir, medir e pesar os meninos. Confirmei as minhas suspeitas que o Salvador já pesa mais que o Santiago, de comprimento estão iguais. Ás tantas já estavam danados de estar presos no carrinho e só choravam.
Depois da enfermeira esperamos 5 ou 10 minutos e entramos logo para a médica. Assim que entramos sentei-os no chão com uma garrafa de agua e o pacote das toalhitas, durante um bocado não houve meninos.
Novamente as mesmas perguntas e respostas. A casa é húmida?Não. Tem animais? Só peixes. Alguém fuma em casa? Não. Andam na cresce? Não, ficam com a avó. A casa da avó é húmida? Não. Antecedentes familiares? Muitos, o tio tem bronquite asmática, a avó tem renite e sinusite e a mãe tem renite e alergias várias. Quais? Ora ao tomate, orégãos, amendoins, avelã, nozes,soja, pólenes, relva, pelo do gato e mais mas não me consigo lembrar de todas.
Depois do historial feito fui despir o Salvador para ser observado enquanto isso o Santiago já andava a gatinhar por todo o lado. A doutora pegou-o ao colo e não é que o sacana conseguiu esticar-se para o computador, apagou uma parte do historial. Nada de estranhar porque eles parecem que tem braços elásticos, conseguem sempre chegar às coisas mesmo que nós tenhamos a certeza que não chegam lá.
Lá foram observados, concluímos o historial e saímos do consultório, já era quase meio dia. Ainda não estávamos despachados, tinhamos que fazer testes de alergia. Enquanto estávamos à espera o Santiago adormeceu, eu liguei à tia a ver se ela lá podia dar um saltinho, afinal não ia ser fácil picar os dois. Quando a tia chegou já tinham feito os testes ao Salvador, ao todo foi picado 8 vezes e nem chorou muito. O Salvador passou para o colo da tia enquanto picávamos o Santiago. O teste consiste em colocar gotas de concentrado ( agentes que pretendemos verificar) na pele, depois picam-lhes os braços nos sítios das gotas para que penetrem na pele. De seguida tem que esperar cinco minutos antes de limpar as gotas da pele. Depois esperamos mais 10 minutos e verificamos a reacção. No caso deles deu alergia aos ácaros o que explica os problemas respiratórios no inverno. Vão continuar a ser seguidos, por enquanto não vieram medicados.
Finalmente viemos embora, já eram quase 14 horas. Fico sempre muito cansada nestes dias. Primeiro porque é difícil lidar com os dois, fartam-se facilmente das coisas e já não querem estar presos. Outro factor que contribui para o cansaço é ter que empurrar o carrinho. Nos meus outros filhos muitas vezes preferia levá-los ao colo a andar a empurrar o carro. Mas deste não tenho escapatória e deixem que vos diga que não é fácil. Quando ando a subir e descer passeios, quando me cruzo com um poste no meio do passeio que impossibilita a passagem, quando me deparo com pessoas que nem se desviam um pouco para facilitar, penso sempre nas pessoas que circulam em cadeiras de rodas. Vou contantemente a reclamar mas depois só consigo pensar que o meu caso é provisório mais dia menos dia os meninos já vão há andar já para outros a situação é permanente. Infelizmente é o pais que temos.
Os meninos também chegaram de rastos a casa tanto que dormiram ferradinhos, acho que tenho que ir ao médico mais vezes.