Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.
Não sei se será por causa dos dentes mas o Santiago que era tão bem disposto anda tão rabugento. Parece que trocaram de personalidade. Agora é o Salvador que está sempre a rir enquanto que o outro está sempre maldisposto. Passa as noites a choramingar e só se cala ao colo. Já anda assim a cerca de uma semana e não há meio de lhe passar. Espero que sejam dentes e que venham depressa.
Os meus pais estão de saída, vão passar um fim-de-semana na terra do pai. Eu, invejosa como sou, fiquei triste por não poder ir. Poder até podia mas não me atrevo a carregar o carro com malas, malinhas e quatro crianças, fazer 300 Km de viagem tudo para basicamente lá passar um sábado. Sim por que na sexta já se chega tarde temos tempo para fazer camas e deitar. Aproveitamos o sábado e no Domingo é arrumar, almoçar e nova viagem para baixo, até porque ninguém quer chegar muito tarde pois na segunda já é dia de trabalho.
Quando não tínhamos crianças passavamos lá todos os fins-de-semanas bastava uma muda de roupa e lá íamos nós. Agora é tudo mais complicado, temos que levar uma muda de roupa para os meninos, levar mais roupa pois podem sujar-se, levar mais roupa porque pode estar frio e quando damos conta temos quase o guarda roupa todo deles. Nem quero imaginar quando formos de férias daqui por duas semanas, sim já só faltam duas semanas!!!!
Mas voltando ao assunto principal, apercebi-me que já está a fazer dois anos que fui pela ultima vez à quela aldeia perdida onde nasceu o meu pai. Que saudades que tenho de adormecer com o som da água a correr na ribeira e de acordar com os pássaros a cantar. Saudades de respirar aquele ar puro com cheirinho a pinheiro e eucalipto. Mas sobretudo morro de saudades de um belo banho de rio.
Deste ano não passa, ainda não sei bem como vamos fazer com os gémeos, mas já avisei o marido que em Julho lá temos que ir uns dias.
Deixo-vos umas fotos para que percebam o motivo das minhas saudades. Se bem que as fotos não fazem jus à realidade.
Igualzinho ao meu Leonardo. Ainda no fim-de-semana estávamos em casa de uns amigos e aparece o Leo nestes preparos na cozinha a perguntar se estava OK.
Tentar ver o ponto bom da situação. Neste momento pelo menos é só um, daqui por uns anos é a dobrar.
Confirma-se o papel foi colocado no lixo e não existe hipótese de ser salvo.
O marido perguntou-me se eu não sabia qual era a roupa que tinha que levar? Claro, eu com a minha super cabeça que mais parece um computador com todos os gigas de memória preenchida, tenho agora de tentar relembrar o que dizia o papel.
A outra hipótese é ligar à educadora a perguntar, mas parece mal. Penso que a educadora já acha que eu sou doida, imaginem agora ligar para ela e dizer que o papel "no were to be found".
A ultima hipótese é leva-lo à festa com a roupa que me recordo mas corro o risco de levar vestido incorrectamente e ai será a escola inteira a olhar-me de lado...
Já sei, primeiro vou ver se a mãe me ajuda a relembrar o que dizia o papel, afinal duas cabeças pensam melhor do que uma.
Assim que me levantei fiquei logo com vontade de estrangular o marido. Ontem coloquei um papel em cima do móvel da entrada, esse papel era da escola do Leonardo e trazia a descrição da indumentária para a festa de final do ano, no próximo dia 11. Hoje assim que acordei reparei que o papel não estava onde o deixei. Já procurei por todo o lado e não encontro. Conhecendo o marido como conheço e as suas manias da arrumação ( coisa que herdou de mim mas elevou a um patamar muito superior) tenho a certeza absoluta que nem sequer olhou e colocou o papel no lixo. A minha primeira reacção foi procurar nesse sítio mas deparei-me com o caixote vazio.
Previsão de resultado: papel definitivamente perdido.
Ainda não confrontei o marido, estou à espera de ficar mais calma.
Por vezes dou por mim num estado de transe em que nem me recordo do que fiz nos últimos minutos. Ainda ontem acordei para a vida a tempo de visualizar as portagens de Alverca. Primeira reacção foi olhar para o conta quilómetros, 110 km/h, e agora a que velocidade passei no radar da descida de Vialonga. Vejo a policia, como de costume, depois da portagem e abrando o mais possível com o coração apertado afinal não me posso dar ao luxo de apanhar uma multa. Felizmente devo ter passado a uma velocidade razoável e não tive problemas. Mas este tipo de situações começa a tornar-se frequente.
Quantas vezes já deram por vocês a chagar ao destino final mas sem se lembrarem do percurso que fizeram? Eu chamo-lhe o modo de piloto automático. Quando estou neste modo faço as coisas na mesma mas sem me recordar. O que é que eu fiz à chave do carro? Está arrumada no sitio do costume embora não me recorde de a ter colocado lá. Tranquei o carro? Acabo por voltar a trás só para verificar que de facto o fiz, embora não me recorde. Por vezes tenho conversas com pessoas e depois não me recordo.
Estarei a precisar de férias ou estarei a ficar louca?
De cada vez que vou para utilizar a máquina deparo-me com ela sem bateria. Isto porque o meu Guilherme passa a vida a fotografar tudo e todos. Existem algumas que até ficam giras.
Nem sabe como é que fez esta mas ficou o máximo.
Esta também não está má.
Mas depois tenho para ai umas 200 fotos deste género.
Deparo-me também com fotos de vários ângulos do mesmo objecto. Por exemplo, a foto do camião do lego tenho uma de frente, da lateral direita, da lateral esquerda, de trás, de cima....
De cada vez que vamos ver as fotos fartamos-nos de rir com estas fotos maravilhosas. E vocês nem imaginam os filmes que ele faz. Qualquer dia coloco uma curta metragem do Guilherme.
Já disse ao marido que ele tem que parar de me bater quando eu estou a dormir. Hoje de manhã levantei-me e dói-me o corpo todo sem motivo nenhum.
Vejamos no sábado passei o dia todo a passar a ferro, para além da que roupa que tinha para passar ainda lavei, sequei e passei mais duas máquinas.Enquanto isso fiz sopas para a semana toda, para os gémeos e dei-lhes banho. Fiz o almoço, fui ao cabeleireiro com os mais velhos, ajudei o Guilherme a fazer a página do livro para a escola, fiz o jantar e na embalagem fiz também dois bolos. Ainda preparei tudo para irmos para a praia no Domingo.
No domingo os gémeos acordaram-me as 6:30, os mais velhos também já estavam acordados, ansiosos para ir para a praia. Tratei de vestir os pequenos, dar biberão, tratei dos últimos preparativos e saímos de casa. Ás 8:30H já estávamos na praia na Ericeira. Passamos a manhã na praia depois fomos para casa de uns amigos. Dei banho aos bebes para tirar a areia, como tem a pele muito atópica passam a vida no banho. Almoçamos depois ajudei a minha amiga a escolher os brinquedos do filho, acabei por trazer um caixote cheio de brinquedos emprestados para os gémeos assim não preciso comprar. Lanchamos e viemos embora. Chegamos a casa e o marido saiu logo a correr pois tinha jogo da bola às 20H. Mandei o Gui tomar banho, depois tomei um banho apressado com o Leonardo enquanto o Guilherme tomava conta dos gémeos. Dei-lhes jantar, mudei fraldas e tratei de adormece-los. O marido parecia que estava a espera e chegou a casa minutos depois de eu conseguir adormecer os gémeos.
Ainda não consigo perceber porque me dói o corpo todo. Vocês perceberam?
Ontem fomos novamente à praia. O Salvador já não chorou e até brincou com a areia. Reacções à agua não houve porque estava gelada, ainda fui para lhes molhar os pés mas assim que o meu pé tocou na água gelou. Senti que era um crime molhar os meninos. Nem o Guilherme, que é filho de peixe, lá conseguiu estar mais do que 5 minutos.
Tirando a água gelada o resto estava tudo prefeito. Passamos umas boas horas na Ericeira, até descobrimos uma nova maneira de passar protector nas costas. Vimos um Sr.. colocar o protector num saco plástico e depois esfregar o saco nas costas como fazemos quando nos estamos a limpar. Esta, devo confessar, ainda não tinha visto, deve ser uma ideia pioneira.
O Salvador todo divertido, nem parece o mesmo da semana passada. Próxima etapa: não chorar na água.
Não sei se tem o mesmo problema com nas escolas dos vossos filhos mas nós por cá passamos a vida a receber recados para ir à escola. Ora é o Natal, ou reuniões, ou acções com a PSP, dia da mãe, do pai, da família, mais reuniões. A ultima é para ir assistir a demonstração canina. Já me esquecia, até o masterchef lá esteve. Para além disso pedem-nos para fazer fatos de carnaval, inventar histórias, ir cozinhar à escola, etc. Será que não percebem, que por muito interesse que tenhamos em acompanhar os nossos filhos, alguns de nós tem que trabalhar para viver. Eu já passo a vida a faltar para ir a consultas com quatro crianças se vou a tudo na escola mais vale pedir demissão.
Agora tenho uma página do livro do segundo ano para fazer. Devo confessar que não temos jeito nenhum para trabalhos manuais e depois de ver os outros fizeram fico sem vontade nenhuma de fazer nada. Está tudo tão lindo e perfeito que o nosso trabalho nunca chegará aos calcanhares.
Bem vou pesquisar para ver se encontro algo lindo e maravilhoso para fazer. Aceito ideias