Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.
Hoje fui abastecer a minha carrinha com gasóleo. Parei o carro, abri a tampa do depósito e pensei algo aqui não está bem. Algo estava diferente então percebi que me faltava o tampão do combustível. A primeira coisa que pensei foi o que é que o meu marido fez ao tampão, sim porque tudo é culpa do marido mas depois lembrei-me que fui a última pessoa a abastecer o veículo. Ok deixei o tampão aqui nas bombas da última vez e agora? Abasteci o carro fui até a caixa pagar é muito envergonhada perguntei se por acaso não teriam um tampão de combustível perdido. Para meu grande espanto não tinham um mas sim uma caixa com alguns e incluindo o meu. Senti-me melhor afinal não sou só eu mas percebi que estou cansada. Quando estou cansada fico muito esquecida ou distraída como preferirem, por exemplo ando a procura das chaves de casa e descubro que ficaram a noite toda na porta do lado de fora. Esqueço-me onde estacionei o carro, subo para casa pelas escadas, por engano paro no piso de baixo, toco a porta e só quando a vizinha abre e que me apercebo que estou no piso errado. Numa das últimas consegui deixar as chaves de casa na garagem, chamei o elevador e deixei as chaves só quando cheguei à porta de casa me apercebi que não tinha chaves. Andei a bater às portas todas até que lá descobri um vizinho que me emprestou a chave para poder descer à garagem e resgatar a minha chave.
A única coisa melhor do que um distraído são dois distraídos e neste momento o marido não anda melhor que eu. Leva o lixo para a reciclagem e anda com ele durante uma semana no carro ou anda a procura das chaves da mota apercebe-se que as deixou na ignição da mesma durante os últimos dois meses....
So espero que nunca nos esqueçamos de nenhum dos miúdos!
A coisa de uns dois anos vi um programa de televisão em que estava uma mãe de sete crianças com obesidade mórbida. Recordo-me de ter pensado como é que uma mãe de sete conseguia ter sequer tempo de comer. Eu na altura com dois já andava sempre a correr de um lado para o outro com sete nem faço ideia. Neste momento com mais dois a coisa complicou-se entre banho, dar comer, mudar fraldas, lavar roupa e loiça, passar a ferro, trabalhar, ir a consultas, ir a natação, reuniões na escola,compras....enfim tudo o que temos direito. Muitas vezes chegamos ao fim do dia tão cansados que temos mais sono que fome. As pessoas perguntam-me sempre qual é o meu segredo para ser tão elegante mas quem me conhece bem sabe que sim tenho um bom metabolismo mas também não paro quieta. Tenho o meus próprio ginásio carrego com dois meninos de 7,5 kg para cima e para baixo, corro com os mais velhos, vou para o parque e sou a primeira a deslizar pelo escorrega. A minha dieta infalível e nunca estar parada.
Há pouco estava a dar o jantar ao Salvador, o Santiago estava a chorar por ver o irmão a comer, o Leonardo resolveu começar a cantarolar e o Guilherme veio ligar a televisão com o som altíssimo para conseguir ouvir e eu percebi porque ficou sempre com dor de cabeça ao fim de semana. Acho que somos completamente disfuncionais passo a vida a pedir para falarem mais baixo por norma costuma resultar no oposto. Será que se lhes disser para falarem mais alto eles vão reduzir o som? No início tinha pena dos bebés pois quando estavam a dormir algum dos outros dois aparecia aos berros e claro já não havia sono para ninguém. Contudo agora tenho a certeza que sou eu e o pai quem mais sofre com o barulho pois os gémeos choram e de os ouvir aos berros no quarto mas não os verem. Estão sempre a seguir os irmãos com os olhos como quem diz se eu pudesse. Nunca vi tamanha adoração. Começou logo quando os irmãos os foram ver a neonatologia, assim que o Guilherme falou os gémeos que até estavam a dormir despertaram e começaram logo a procura do som. Foi muito inesperada a reacção deles pois tiveram cerca de 1 mês sem ouvir os irmãos mas mesmo assim reconheceram-nos. Agora quase que bebem as palavras que saem da boca dos mais irmãos. Riem-se assim que os vêm. O Guilherme pergunta quando pode dormir com eles. Nos país assistimos a isto todos babados mas daqui por uns tempos são mais dois a correr e a gritar.....
Há pouco depois de dar banho aos gémeos olhei para mim e verifiquei que tinha aspecto de quem tinha tomado banho com roupa e tudo. Estão na fase de espernear e fazem-no com tamanha vitalidade que molham tudo. De seguida fui-lhes dar almoço e o menino Santiago agora deu em cuspir. Não sei onde aprendeu as vezes parece que já nascem ensinados. Claro que fiquei toda suja de sopa, ou seja molhada e suja de sopa. Depois de muitos anos a sofrer do mesmo mal, já que os filhos vão mudando mas estas coisas não mudam, penso em todas as listas de coisas que nos são aconselhadas a comprar quando temos bebes, muitas delas inúteis. Mas nenhuma lista menciona o artigo que penso que teria mais utilidade para uma mãe, um impermeável.
Ora vejamos, não nos molhávamos a dar banho e não nos sujavam quando cospem. Poderíamos estar arranjadas com o impermeável vestido e quando fosse a hora de sair de casa só precisávamos de o despir, acabava-se o chegar ao trabalho bolçadas ou o ter de trocar de roupa a pressa devido a estarmos sujas. Se Pensarmos bem seria um excelente auxilio. Seria útil quando estão doentes e vomitam tudo, quando estão de diarreia. Ate mesmo quando já tem 4 ou 5 anos mas continuam a molhar-nos todas no banho. Era de esperar que ao fim de quatro filhos já tivesse aprendido e comprado um....
Eu sempre soube que estava grávida ainda antes de estar atrasada. A primeira coisa que sentia era um pequeno alto na barriga, como sempre tive uma barriga muito lisa notava imediatamente. Contudo a gravidez dos gémeos baralhou-me, eu comecei a ter sintomas uma semana após a menstruação pelo que achei que era tudo maluquice minha. Passadas três semanas tinha uma fome de lobo, os peitos estavam a crescer e tinha uma barriga enorme para o habitual. Lembro-me de mostrar a barriga ao meu marido e até ele a achou grande. Fui ao médico e fiz a análise ao sangue, recordo-me da médica me dizer você não está grávida está gravidissima. Na altura não percebi mas quando olhei para o valor da análise dava que estava de 10 semanas mas não podia estar de tanto tempo ainda nem estava atrasada. Andei feita louca a navegar na internet a procurar motivos para um valor hormonal tão grande. Estes valores são fora do normal em gravidezes com problemas ou então no caso de gravidezes gemelares. Casa vez estava inquieta e ainda faltava tanto para a consulta. Passado uns dias acordei de manhã e estava a perder sangue, acordei o marido e disse-lhe que ia ao médico. Deixei os meninos com os meus pais e fui para o hospital, a doutora vez uma ecografia e diz-me que os meus bebés estão bem. Chorei, chorei e chorei, de felicidade, de amor, de pânico. Em poucos segundos passaram-me milhões de coisas pela cabeça. Fui encaminhada para as consultas de alto risco pois como eram gémeos verdadeiros existem muitos risco de algo correr mal. Sai do hospital para ir trabalhar, chorei o caminho todo. A caminho passei pelo trabalho do marido. Ele veio ter comigo ao carro e quando me viu num pranto perguntou se tinha perdido o bebé? Limitei-me a abanar a cabeça, então porque choras. Só consegui balbuciar porque são dois. Claro que ele ficou em pânico. Nunca me hei-de esquecer deste dia que foi o início de uma nova etapa. Uma etapa difícil mas felizmente temos estes dois bebes lindos e maravilhosos. Bebes que ainda não tinham nascido já nos davam conta da cabeça imaginem agora....
Não sei porque é que o universo funciona assim mas a verdade é que se há dias em que corre tudo relativamente bem existem outros em que nem sequer deveríamos ter saído da cama. Não sei porque isto acontece talvez seja um mau carma ou qualquer coisa do género. Mas tenho a certeza que já todos passamos por isso.
Começa logo de manhã e as causas podem ser muitas. Adormecemos, os miúdos demoram uma eternidade a vestirem-se, entornamos um biberão, um dos bebés bolsa-se ou bolsa-nos e temos que trocar a roupa dele ou nossa. Já estamos no carro e lembramos-nos que ficou algo necessário em casa, voltamos a trás. Entretanto já estamos a atrasados tentamos recuperar o tempo perdido mas algo está contra nós. De repente verificamos que estamos sem combustível e temos que para nas bombas, mais tempo perdido. Os sinais teimam em ficar todos vermelhos. Quando não existem sinais luminosos apanhamos uma alma que dirige a 20 Km/h e não existe forma de a ultrapassar. Por fim conseguimos chegar ao trabalho atrasados e já com os nervos à flor da pele.
Claro que no trabalho as coisas também não nos facilitam a vida. Temos que lidar com um cliente chato que quer por força ter razão quando não tem. Um transportador falha uma entrega importante e nós é que vamos ouvir do cliente. Os colegas trocam mercadoria e os cliente recebem mercadoria errada. O telefone não para de tocar. Temos a caixa de email cheia. O chefe resolve vir com ideias luminosas e nós fingimos que estamos a ouvir. Respiramos fundo contamos até 10, tentamos em vão acalmar-nos mas no fundo só nos apetecer agarrar a carteira e ir partir para casa. Por momentos passa-nos pela cabeça a pergunta será que se eu sair alguém dá por isso? Entretanto o telefone toca novamente e antes de atendermos pedimos para que chegue rápido a hora de irmos embora.
Finalmente estamos a caminho de casa mas o universo continua a conspirar contra nós. Apanhamos um acidente. Ou estão a alcatroar a estrada. Levamos uma hora para fazer um percurso que habitualmente demora 30 minutos. apanhamos os miúdos que resolvem vir a implicar o caminho todo. Ameaçamos parar o carro e deixa-los na rua. Eles calam-se. Chegamos a casa, estacionamos na garagem e verificamos que os rapazes adormeceram. Vamos em busca de auxilio mas o marido não está, foi correr. Tentamos acordar os meninos, quase que é preciso um balde de agua. Por fim conseguimos que vão tipo zombies até ao elevador. Abrimos a porta de casa e quando nos preparamos para mandar os filhos para a cama vemos que milagrosamente estão dispertos. A muito custo conseguimos dar-lhes banho e jantar. Sentamos-nos no sofá e adormecemos imediatamente. Acordamos com um dos filhos a perguntar alguma coisa e apercebemos-nos que adormecemos antes de os mandar para a cama. Já é tardíssimo e eles ainda estão a acordados. Colocamos-los na cama, vamos-nos deitar e só pedimos que o dia de amanhã seja melhor que o que passou.
É engraçado ver como seis seres todos com personalidades diferentes se entendem debaixo do mesmo tecto. Sim porque todos temos as nossas qualidades e defeitos e por vezes é muito difícil aceitar certas coisas. Ora vejamos, eu sou completamente obsessiva mas comprovadamente, só para terem uma ideia, quando vou estender roupa cada peça de roupa tem que ter duas molas iguais ( da mesma cor e feitio). Para mim tudo tem uma ordem, quando me levanto tenho que fazer as coisas por aquela ordem e se por algum motivo alguma coisa foge a regra então podem ter a certeza que alguma coisa vai ficar esquecida. Sei que não é saudável mas com estas crianças todas e milhões de coisas para fazer se não for assim isto descamba tudo. Vou tentando não me irritar tanto quando as coisas estão desarrumadas ou sujas afinal são crianças e tem que desarrumar.
O marido é um stressado, tem um trabalho stressante e não é muito bom a deixa-lo à porta de casa. Joga a bola, corre mas mesmo assim não se livra do stress. Para ajudar apanhou alguns tiques da mulher no que respeita à limpeza e arrumação, pelo que é mais um que arranca os cabelos quando vê tudo desarrumado. Houve uma altura que tínhamos um cão em casa e posso dizer-vos que lavávamos o chão 3 ou 4 vezes por dia. Completamente loucos.
Depois temos o Guilherme, o primogénito, tem sete anos e é extremamente meigo. Tem hiperactividade (muito reduzida) e défice de atenção. É uma criança muito protectora com os mais novos e muito carinhosa com os pais. Passa a vida a dizer: Mãe adoro-te, Pai adoro-te. Começa a ter alguns desentendimentos com o Leonardo mas até acho que é saudável porque fazia as vontades todas ao irmão.Não consegue distinguir os gémeos passa a vida a perguntar este é o Salvador? Não. À então é o Santiago quase que acertava. Outras vezes faz batota e lê as fitas das chuchas.
O Leonardo...Neste momento é a figura mais caricata da casa. Acha que ele é que manda lá em casa, se bem que no fundo acho que é totalmente verdade embora nós digamos que não. Bate no irmão quando não faz o que ele quer. bate no irmão quando a mãe não faz o que ele quer. Bate no irmão quando este lhe ganha a um jogo. Digamos que não tem uma personalidade fácil. Só come o que quer e quando quer e venham lá castigos. Já o deixamos sem comer o dia todo, não resultou. Pusemos-lo de castigo deitado na cama sem brincar e ver televisão, nem se importou simplesmente dormiu. Já o subornei, já o ameacei e sinceramente nada resulta. Tira-nos do serio este miúdo. Anda sempre a cantar e passa a vida a acordar os gémeos. Consegue distinguir os irmãos já o tentamos confundir mas não resulta sabe bem do que fala.
Por fim temos os gémeos iguais mas tão diferentes. O Santiago nasceu primeiro e maior é o meu bebé chorão. Prefere o biberão à sopa. Não gosta da cadeira de comer.É mais piegas e ciumento chora quando vê o irmão ao colo. É pachorrento se o deitarmos no chão mexe-se mas pouco.Também é mais risonho basta um toque e começa logo as gargalhadas, e que gargalhadas deliciosas. Dá sorrisos para toda a gente é um bem disposto.
O Salvador nasceu com menos 500g que o irmão mas já o apanhou. A minha máquina enfardadeira come sopa e fruta como gente grande, as vezes já comeu a dele experimento dar-lhe o que o irmão não quis e ele come. Se o deitarmos no chão começa a rebolar, a rebolar e só para com algum obstaculo.Só quer estar em pé a treinar as pernas. Já se começa a antever uma personalidade mais traquina pode ser que venha fazer frente ao Leonardo ou talvez não. O Leonardo diz que gosta mais do Salvador, não nos perguntem porque, às tantas anda se aliam os dois e nos os restantes estamos feitos.
No passado mês de Janeiro fui a uma consulta de saúde infantil no posto médico com os gémeos e confesso que vim de lá muito mal impressionada com a médica. Ficou muito insatisfeita por os meninos ainda não passavam os brinquedos de uma mão para a outra, igualmente reforçou que já se deveriam começar a sentar. Bem sei que por esta altura os meninos estavam a fazer os seis meses mas os médicos sempre nos disseram que no caso dos prematuros o desenvolvimento era diferente. Aliás sempre nos foi referido que só depois do ano e que se deixaria de notar que os meninos eram prematuros. Pelo que não liguei muito ao que a doutora disse. Hoje foi dia de neonatologia e aproveitei para perguntar o que achavam do desenvolvimento dos meninos. A resposta foi que estavam muito desenvolvidos. Aproveitei para referir a opinião da doutora do posto médico e recebi uma expressão muito chocada em troca. Mãe referiu que os meninos nasceram com 33 semanas? Claro que sim! Pois mãe eu até tenho vergonha desse tipo de comentários, os meninos estão a desenvolver muito bem não há nada com que se preocupar. Afinal o que se passa com estas opiniões tão diferente... Os meninos tinham dois meses e apareceram-lhes borbulhas brancas pelo corpo todo, fui ao médico e disseram-me que eram fungos. Toca a barrar os miúdos com canesten 3 vezes ao dia, acontece que as borbulhas não passavam. Fui novamente ao médico e disseram-me que eram bolas de sebo normal nos bebés ( nos meus outros dois nunca tiveram) que passava com o tempo. Verdade seja dita passou mas andei a besuntar os miúdos com pomada desnecessariamente. Já quando foi do Leonardo tive o mesmo problema, ia com ele as urgências com otites atrás de otites. Um medico dizia para por água do mar para bebés no nariz para desentupir. Na semana a seguir voltava a urgência é referia que estava a por água do mar. Mãe a água do mar empurrar o ranho para o nariz e provoca otites, nada de água do mar só soro. A dada altura uma médica receitou uma vacina bebível assim que a começou a tomar ficou muito doente, voltei as urgências e a médica de serviço disse-me que o menino não devia tomar aquilo. Meses mais tarde fui a uma consulta de alergologia com o Leonardo e para meu grande espanto a médica fala-me da dita vacina bebível para melhorar a alergia e prevenir as otites. Expliquei-lhe o que tinha acontecido e a doutora informa-me que pode dar-se o caso de se piorar nos primeiros dias, tal como por vezes ficamos constipados depois da vacina da gripe, mas que devemos continuar a tomar. Agora pergunto eu, se eles são todos doutores porque é que não se entendem?
A maior parte dos dias tenho pena dos vizinhos de baixo, isto por aqui mais parece um bando de índios. As brincadeiras são sempre barulhentas afinal é uma casa de rapazes. A brincadeira preferida e dar porrada no pai, juntam-se os dois e vão atacar o pai. Mas atacam a valer, o mais velho grita saiam da frente e começa a correr desde a porta da cozinha, quando está quase ao pé do alvo salta de joelhos espetados directamente para cima do pai. Ora 35 kg a saltarem para cima de nós já faz alguma mossa. O mais novo vem armado e desata aos tiros. Os mais pequenos vibram com a brincadeira não se importam com os gritos, berros, risos. Não me atrevo a entrar muito na brincadeira, ainda saia de lá toda partida apenas fingi que os ajudo quando o pai os consegue aprisionar. tirando isso sento-me deliciada com a brincadeira, é muito bom ver o pai a brincar com os filhos. Dou por mim a imaginar como será a brincadeira daqui por um ano ou dois, quando forem os quatro. Aí sim coitados dos vizinhos.
Desde que nasceram os gémeos temos-nos debatido com um problema, a dificuldade em dar atenção aos dois meninos mais velhos. Mãe vamos jogar as cartas? Agora estou a adormece os manos já jogamos. Passado um bocado, mãe agora podes jogar as cartas? O amor agora estou a estender roupa depois já jogo. e agora mãe já podemos jogar? Amor estou a fazer o almoço a seguir prometo que jogo contigo. Agora os manos estão a chorar, agora vou dar biberão aos manos.... Por vezes só no fim do dia com o marido já em casa e que consigo tirar uns minutos para fazer o tão famoso jogo que me pediu o dia todo. E no momento em que estou a fazer aquele jogo estou a prometer a mim mesma que no dia seguinte lhes vou dar mais atenção contudo isso não acontece. Resolvemos então tirar algumas horas ao fim de semana para fazermos algo especial com eles, hoje foi dia de cinema. Aproveitei uma promoção de cinema grátis e lá fui eu com o Guilherme e o Leonardo ver o filme. O Leonardo nem queria ir dizia que o filme era uma seca mas subornei-o com uma promessa de pipocas e lá acabou por aceitar ir. Passamos umas horas muito boas o Leonardo passou o filme a dar-me abraços e no fim afirmou que tinha sido um dia de mais! O Guilherme ainda a esta hora me vem recortar partes do filme. Como disse foram umas horas muito boas mas de volta a casas tudo volta ao mesmo, milhões de coisas para fazer, ainda por cima os pequenos continuam doentes e lá ficam os mais velhos um pouco encostados a um canto. O que nos vale é que temos dois meninos muito meigos e compreensivos e que adoram os irmãos mais do que tudo. Sei que isto vai melhorar dentro de uns meses mas até lá vamos continuando a tentar e nunca desistimos.... Sempre fui da opinião que mais vale um dia especial que muitos banais e são estes dias especiais que nos ficam na memória.