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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

O tempo não é generoso para todos

Temos andado a treinar a autonomia. Os gémeos já se despem e vestem sozinhos. Também já sabem apertar os botões do bibe e conseguem vestir os casacos. À noite querem ajudar a pôr a mesa e facas para cortar a comida. Quando dou por mim estão em cima de cadeiras para chegar a algo que está no armários superiores. No banho não querem que os esfregue. Não querem ajuda a lavar os dentes.

Basicamente pensam que já são homens e eu, embora adore esta nova etapa, não consigo deixar de ficar triste. Sinto que uma vez mais o tempo me está a ser roubado. Em Setembro o Leonardo juntar-se ao Guilherme na escola do segundo ciclo. E para o ano os gémeos vão para a primária. Eles estão ansiosos, perguntaram muitas vezes quando vão para a escola dos crescidos. Têm sempre demasiada pressa em crescer. No fundo a vida é passada com as crianças a pensarem que não crescem depressa o suficiente e com os pais a pedir para crescerem maus devagar.

Como é que já só faltam dois meses para o Natal?

Cá em casa já se namoram brinquedos naqueles folhetos intermináveis de opções. Têm mesmo que namorar muito para escolherem o brinquedo certo, já sabem que só podem escolher um.

Eu estava a vê-los a desfolhar os folhetos e pensei: "como é possível já estarmos quase no Natal? ".

Parece que ainda ontem andamos na azáfama de montar a árvore,  comprar prendas, lembranças,  comer...e já vai comecar tudo outra vez.

Serei a única que quase nem viu o 2016?

 

 

 

Que raio de vida é esta que levamos

Anos que parecem meses, meses que passam como dias e dias que fogem como segundos. Tempo que passa demasiado rápido, sem que tenhamos tempo de o acompanhar. Num dia estamos a festejar o Ano Novo, dois dias depois gozamos férias de Verão e num piscar de olhos já estamos a preparar o Natal. Por vezes pergunto-me que raio de vida é esta. O que é que gozamos? O que é que vivemos? Como é que conseguimos manter amizades? Quando é que damos atenção aos nosso filhos?

A vida foge-nos por entre os dedos e não a conseguimos agarrar. Vivemos com a esperança que o amanhã vai ser diferente. Vamos ganhar o euromilhões, ficar ricos e ter tempo para tudo. Vamos conseguir aquela promoção, para a qual temos trabalhado anos a fio, quando formos promovidos podemos relaxar e aproveitar a vida. Estamos a trabalhar que nem loucos com um objectivo e quando o alcançamos vamos poder levar as coisas com mais calma. Podemos, pura e simplesmente, aceitar que vamos trabalhar assim por mais uns anos, até chegar à idade da reforma e depois vamos gozar à brava.

No entanto.... O euromilhões nunca chega. A promoção apenas significa mais trabalho. Uma vez atingido o objectivo surge um outro no horizonte. A reforma vêm acompanhada da idade e das suas mazelas o que nos limita o gozar à brava.

Depois somos confrontados com problemas de saúde de pessoas próximas. Descobrimos que um está doente, depois sabemos que outro também está, seguido de outro e mais outro. Vemos estas pessoas lutarem por mais um precioso dia de vida e pensamos que raio de vida é esta que levamos.