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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Final do ano lectivo

O final do ano lectivo aproxima-se e eu devo confessar que estou surpreendida pela forma como este ano correu.

Os que nos seguem sabem que iniciamos este ano numa escolar nova mas ninguém sabe o medo com que eu vivi diariamente por causa desta mudança. Nunca escondi que escolhi uma escolar pequena mas nunca vos expliquei a quão pequena é. Eu própria só tive noção disso quando fui à reunião de apresentação de pais. Quando fui a esta dita reunião percebi que apenas existiam duas salas e duas professoras para os quarto anos lectivos. Ou seja, cada uma das professoras ensina dois anos diferentes.

Fiquei em pânico quando me apercebi que o Leonardo iria dividir a sala de aulas com o quarto ano e o Guilherme com alunos do Segundo. Só pensava como é possível numa zona na periferia de Lisboa existirem escolas assim.

Cheguei a casa desmotivada e quando contei ao marido ele não ficou melhor que eu. Não havia grande coisa a fazer porque como o Leonardo era condicional só teve vaga ali, Não poderíamos ter um em cada escola afinal, não era possível deixar dois alunos às nove em duas escolas diferentes. Resolvemos estar atentos no decorrer do ano, arranjar apoio caso fosse necessário e muda-los de escola para o ano seguinte.

Eu recordo-me de me ter questionado sobre o facto de ser a escola com melhor aproveitamento da freguesia. Deduzi de imediato que haveria um certo facilitismo, só assim a professora conseguiria ensinar dois anos diferentes e conseguir ter um bom aproveitamento em ambos.

O ano passou e eu só vos posso dizer que não poderia estar mais errada. Errada em tudo o que deduzi. Não só estas duas professoras são completamente capazes de ensinar os dois anos diferentes como o fazem com um nível muito elevado. Não existem facilitismos nenhuns, existe sim um trabalho imenso por parte da professora e alunos. Existem imensos trabalhos de casa e nunca saltam um dia. Para terem uma ideia o Leonardo está a aprender o lh o ch, o nh coisa que o Guilherme não chegou a aprender no primeiro ano. O Leonardo lê muito melhor que o irmão lia no fim do primeiro ano e não se deve só a ser mais esforçado. Aprendeu muito mais neste ano que o irmão porque a professora puxou imenso por eles. Atrevo-me a dizer que o Guilherme nunca cumprido todas as metas curriculares no primeiro e no segundo ano. No final do ano lectivo os livros vinham novos para serem feitos como trabalhos de férias. Este ano os trabalhos de férias terão que ser diferentes porque os exercícios dos livros estão feitos de uma ponta à outra. A professora do Guilherme pediu ainda a aquisição de uma gramática que foi igualmente feita. Até o vi fazer exercícios que estavam marcados como sendo do quarto ano.

Tudo isto para vos dizer que às vezes as coisas são mesmo o oposto do que pensamos. Deduzimos coisas a partir de meia dúzia de factos e depois percebemos que afinal o resultado está errado. No nosso caso ainda bem que estávamos enganados. Os meninos vão continuar por lá. E se tudo correr bem também será a escola dos gémeos porque aquelas duas professoras são fenomenais e quando encontramos profissionais assim nunca mais os queremos largar. Não é qualquer um que é capaz de fazer o trabalho que elas fazem e com a qualidade que nos mostraram.

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