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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Coisas que só nos acontecem a nós nº 7

Em tempos tivemos um cão. Um bicho pequenino, com cerca de 30 Kg, de raça Boxer. Quando o leva à rua ficava sempre na duvida de quem passeava quem.

Ora certo dia, depois de uma saída de carro, o marido foi retirar o Simba da bagageira do carro. Tínhamos estacionado na rua e eu detectei um cão do outro lado da estrada. Fiz sinal ao Rodrigo que me respondeu que também já tinha visto. Quem também já tinha visto o dito cachorro era o Simba. Assim que o Rodrigo abriu uma brechazinha da bagageira, nosso cãozinho investiu contra a porta e conseguiu esgueirar-se.

Desatou a correr para a estrada, eu não queria ver mas não conseguia desviar o olhar. Foram segundos que pareceram anos em que imaginava o animal a ser atropelado. Pois o que aconteceu foi exactamente o contrário. Foi o Simba que atropelou um Smart, deu-lhe uma valente pancada de lado que me fez pensar que o carro ia tombar. Voaram plásticos por todo o lado.

O Simba voltou para trás, com o rabinho entre as pernas, deitou-se no relvado todo a tremer. O marido foi falar com as pessoas do carro, para ver se estavam bem e para se prontificar a pagar os estragos. O casal foi muito simpático vieram ver se estava tudo bem com o nosso bichinho, estavam cheios de pena dele.

O casal explicou que estavam a fazer um test drive ao carro que era do stand. Encaixamos as peças no carro e eles foram entrega-lo ao stand. trocamos números de telefone para o caso de haver algum problema e termos que apagar algum arranjo mas nunca mais soubemos deles.

Não é todos os dias em que o nosso cão atropela um carro e sai ileso, ele e a nossa carteira.

 

Bolas Nívea

Hoje de manhã vínhamos todos a ouvir a RFM e falaram nas bolas Nívea.

Deu-me uma nostalgia. Lembrei-me que em miúdos quando íamos para a praia ouvíamos sempre a mesma advertência:

- Se te perderes vai ter à bola Nívea.

Era sempre a mesma coisa, até já chateava. Por vezes pensava como era possível os pais perderem os filhos.

Agora que sou mãe já não acho tão estranho haver algum tipo de desencontro, ainda por cima quando temos que olhar por 4 crianças. Até há data ainda não perdemos nenhum.

Mas para não facilitar, uma vez que já não existem as bolas nívea para facilitar a reunião, nós temos alguns truques. Os meus filhos vestem sempre t-shirt de Lycra de cores fluorescente. Parece parvo mas quando estamos numa praia onde estão 20 escolinhas, quando damos conta temos um mar de miúdos à nossa volta. Para nós não há stress, basta procurar pelas camisolas e sabemos sempre onde estão.

Este ano, para além das camisolas, inscrevemos-los no programa Estou aqui. Os meninos andam todos vaidosos com as suas pulseiras e nós pais ficamos um pouco mais descansados, principalmente quando vão para a praia com a escola.

Coisas que só nos acontecem a nós nº6

Seguir a 150 quilómetros/hora na A1, chegar-me ao carro da frente com o pisca ligado como quem diz desvia-te para eu passar. O carro da frente ignora-me e acelera mais, eu continuo atrás dele à espera que me deixe passar.

Às tantas reparo que o carro tem dois espelhos retrovisores, olho melhor e vejo duas antenas, uma delas um pouco mais alta que o habitual. Reparo que seguem dois indivíduos dentro do carro e que um está constantemente a olhar pelo espelho.

Faz-se luz na minha cabeça, era um carro descaracterizado da policia e eu ia a mais de 150.

Estou tramada, é desta que apanho a minha primeira multa. Conhecei a abrandar um pouco como se não fosse nada comigo, sempre à espera que me fizessem sinal para encostar. Afinal não se passou nada e continuaram o seu caminho.

Afinal safei-me de mais uma. Quer dizer safei-me de mais algumas mas fica para outra vez.

 

 

Um dia destes.....

Juro que um dia destes fico doida.

Uma pessoa levanta-se mais cedo pois tem que ir atestar o carro. Ainda o marido está a sair já os miúdos estão todos acordados. Que bom, hoje não vou estar meia hora a chama-los, pensei.  Preparei os biberões para os gémeos e disse aos mais velhos que se fossem vestir. Estou a dar os biberãos e só oiço:

-Mãe estes calções são aborrecidos. Não quero levar estes.

- Leonardo os outros dois da praia estão sujos, tens que levar esses.

-Os dos Guilherme são fixes e os meus não.

Acabo de dar os biberãos e lá vou tentar encontrar uns calções que lhe agradem. Encontro uns enormes mas ele diz que são fixes, aperto-os bem na cintura e digo-lhe que ainda vai ficar com a pilinha à mostra. Mesmo assim não o convenço e saiu com eles vestidos. Depois foi a camisola, lá procurei uma igual à que tinha dado ao Guilherme para vestir.

Chego à sala e o Guilherme anda a brincar com a t-shirt. Resmungo pelo facto de ainda não estar vestido. responde que não quer aquela camisola:

- Também tu? Veste lá essa que o teu irmão vai levar uma igual, se tu mudas agora  vou ter mais fita.

Vou preparar o pequeno almoço e o Guilherme aparece a dizer que o irmão não se importa que ele troque de t-shirt. Lá vou eu procurar outra camisola. Finalmente vestidos, hora do pequeno almoço.

-Mãe o meu cerelac está muito duro! - diz o Guilherme

-Claro está ai à meia hora à espera. - digo enquanto acrescento um pouco de leite.

-Mãe eu não gosto destes iogurtes. - diz o Leonardo.

Eu conto até um milhão. Ainda estou para perceber porque é que come os iogurtes bi-compartimentados do Aldi mas não os do Lidl, são iguais até  já os provei e sabem ao mesmo.

Lá lhe dei um iogurte para beber.

-Agora quero duas fatias de panrico torradas.

-O pão rico acabou. Vou torrar-te metade desta carcaça.

-Mãe tens que ir as compras comprar iogurtes, panrico e mortadela para mim.

Tomei nota mental para ir às compras à hora de almoço.

Saímos de casa à mesma hora, já não consegui por combustível no carro. Deixei-os na escola e segui para o trabalho do marido a rezar para que o carro não entrasse na reserva.

Chego ao trabalho do marido e ligo-lhe para que venha buscar a chave do carro. Estaciono, tiro o outro carro do lugar, ponho as minhas coisas no carro e o marido nada. Acabo por entrar, entregar a chave a uma colega e peço que lha entregue por favor.

Cerca de três quilómetros mais à frente apercebo-me que a carteira e a chave de casa do marido estão na carrinha que eu levo. Dou meia volta, volto ao trabalho do marido, ligo-lhe e ele nada. Entro mais uma vez, cruzo-me com um amigo. Eu devia estar com uma cara tão boa que ele olhou muito espantado para mim e disse-me:

-Então está tudo bem? Estás bem?

-Estou. Faz-me um favor, entrega isto ao Rodrigo que eu já estou atrasada.

Entro no carro, são 8:47. Acelero, apanho a auto-estrada e faço o percurso todo em excesso de velocidade, sempre atenta a ver se não vem a policia. 8:56 estou a estacionar o carro na empresa. Ufa cheguei a tempo. Apercebo-me que não trouxe iogurte para comer a meio da manhã. Como não posso ter nada nas gavetas por causa das formigas vou ter que esperar pela hora de almoço.

Vou trabalhar, passo a vida a puxar as calças para cima. Tomo nota mental para comer melhor, estou outra vez a ficar mais magra. Faço uma lista de compras, vou aproveitar a hora de almoço para ir a correr ao supermercado.

Depois disto tudo é caso para dizer: uma pessoa ou morre ou fica doida!

 

 

Coisas que só nos acontecem a nós nº5

Deixar a minha mãe convencer-me a dar boleia ao meu irmão até à escola de condução. Lá acedi e esprememos-nos os três no meu carrinho comercial ( apenas dois lugares è frente). Arranco com o carro e paro num Stop 100 metros mais à frente. Olho pelo espelho retrovisor e digo meia dúzia de palavrões.

Tenho um carro da policia parado mesmo atrás de mim. Arranco do Stop, encosto-me a faixa da direita e o carro da policia coloca-se ao meu lado. O agente do lado direito vai a contar ocupantes 1,2,3. Eu pensei, estás tão lixada, vais apanhar uma multa daquelas, vais ouvir poucas do Rodrigo...

Então os senhores agentes resolvem continuar o seu caminho sem me mandar encostar.

Conseguem acreditar nesta sorte?

 

Fotos do Baptizado

Hoje recebi mais uma pen cheia de fotos do Baptizado. É o que dá estas novas tecnologias, todos tem telemóveis pelo que todos tiram fotos. É tão interessante ver a festa ela perspectiva das outras pessoas. Acabamos até, por vezes, por ter a mesma foto de perspectivas diferentes. Deixo-vos um pequeno cheirinho.

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 Nem queria acreditar quando vi esta foto. Até que não estou mal na foto. Sim porque poderia colocar aqui outras 500 em que estou ou de olhos fechados, ou com uma careta,  ou com cara de tédio, com olhos vermelhos, etc. Não sou nada fotogénica.

 

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O pai e o Santiago.

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 O meu Leonardo que se portou tão bem.

 

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 A hora da sopa.

 

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Na hora de cantar os parabéns. Fica a demonstração destas novas tecnologias, inúmeras câmaras e telemóveis a recordar o momento.

 

 

 

Coisas que só nos acontecem a nós nº4

Certo dia depois de muito procurar um lugar para estacionar, numa muito movimentada rua na Pontinha, avisto um buraquinho e lá estaciono o meu carrinho. Saio apressada pois eram quase 8H, hora de entrada no curso.

As 16H saio e encaminho-me para o carro. Quando estou a entrar no veiculo um Sr. diz-me que estou ceia de sorte por só ter estacionado ali por um instante. Diz que costuma ser um entre e sai de carros. Não estava a perceber nada da conversa, até que me apercebo que o buraquinho em que tinha estacionado não era mais que um portão de uma garagem.

Ainda hoje não acredito na sorte que tive de encontrar o carro no mesmo sitio.

Mãe eu consigo ir sozinho com o Leonardo para a escola!

Já há alguns dias que o Guilherme me anda a pedir para o deixar ir sozinho com o irmão para a escola. Tenho vindo a adiar mas, como acredito que devemos incentivar ao máximo a autonomia deles, hoje disse que sim.

Lá seguiram os dois de mãos dadas pelo caminho para a escola, eu fiquei a ver ( acham mesmo). Eu esperei que os arbustos tapassem a visão para os seguir, camuflada entre arbustos e veículos sem os perder de vista. De vez em quando o Gui olhava para trás para ter a certeza que eu não o seguia, mas nunca me viu. Acabaram por entrar o portão da escola e eu pude voltar para trás descansada.

Voltei descansada mas com o coração apertado, os meus meninos estão a crescer tão depressa. O mais velho já é um homenzinho, toma conta dos irmãos, pega neles ao colo, dá biberão, dá sopa e só não dá banho porque não deixo. O Leonardo, apesar do seu feitio especial, aos poucos vai ficando mais calmo e mais compreensivo. O Salvador já tem mais dois dentes e os do Santiago devem estar a romper, só não andam porque tem medo, força nas pernas e equilíbrio não lhes falta. 

Os dias passam como horas, os meses como dias e os anos parecem meses. Sinto que o tempo me foge por entre os dedos, tenho medo de piscar os olhos e deparar-me com eles já todos crescidos.

Coisas que só nos acontecem a nós nº3

Estava a trabalhar à noite na sapataria quando faltou a luz. Fechei a loja mais cedo e resolvi ir a casa dos pais. Estive lá um bocado na conversa, perto das 22H fui para casa até porque o Rodrigo deveria estar a chegar. À saída, a mãe exigiu que lhe liga-se quando chega-se a casa. Continuava a não haver luz, o apagão era bastante grande.

Cheguei a casa ainda às escuras, entretive-me a falar com a madrinha até que começo a ouvir o telefone de casa a tocar. Corri escadas a cima a tempo de atender a mãe.

- Mãe acabei de chegar, já te ia ligar.

- Estava a ligar porque o teu pai quer perguntar-te pelas luzes.

- A luz acabou agora mesmo de chegar.

- Não é essa luz. As luzes do carro.

- Quais luzes do carro?

 - Catarina, tu saíste daqui com as luzes do carro apagadas. Deste conta ou foste o caminho todo com elas apagadas?

Ainda hoje estou para perceber como é que eu fiz o caminho todo com os faróis do carro desligado. Nem sequer havia luz nas ruas.  O meu carrinho já devia saber o caminho para casa

 

Minimos

Finalmente fomos ver o tão famoso filme.

Eram 7:30 da manhã e o Guilherme já me andava a chatear se já eram horas. Respondi-lhe que ainda não, só íamos à tarde. Passado um pouco lá estava ele novamente a perguntar. Acabei por lhe dizer que íamos as 15H, para que deixasse de perguntar de cinco em cinco minutos. Passado um pouco aparece de relógio de pulso todo contente, olha para o microondas e fica intrigado. Pergunta porque é que naquele relógio eram 9:30H e no dele eram 13:30H. Respondi-lhe que o relógio dele estava mal, fico triste porque pensava que estava quase na hora. O pai acertou-lhe o relógio e eu disse que não queria nem mais um pio sobre o assunto ou não haveria cinema para ninguém.

Depois de almoço saímos de casa. Chegados ao cinema estava uma fila imensa (nada que eu não estivesse à espera). Os bilhetes já estavam esgotados para a sessão das 15H, e já poucos havia para a sessão seguinte. Havia miúdos muito tristes porque tinham que esperar ou porque já não iam ao cinema. Nós como tínhamos reserva não tivemos problema.

Ainda o filme estava a começar e já se ouviam as gargalhadas. Os primeiros 15 minutos foram engraçados mas depois as piadas foram esmorecendo. O filme é engraçado mas fiquei desiludida, estava a espera de mais, mais gargalhadas, mais animação. Os meninos disseram que gostaram mas não saíram do cinema com aquele brilho nos olhos que habitualmente trazem. Não estiveram as horas seguintes a relembrar os melhores pormenores como costumam fazer.

Chegaram a casa e não foram a correr contar a história ao pai. Foi preciso o pai perguntar se tinham gostado, recebeu como resposta um sim e mais nada.

Resumindo é um filme giro mas não é um daqueles inesquecíveis que temos vontade de ver 1001 vezes.

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