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Quatro Reizinhos

Uma mãe obsessiva, um pai muito stressado e 4 filhotes. O mais velho hiperativo, o segundo com um feitio muito particular e dois bebes gemeos. Tanta cabeça debaixo do mesmo tecto não pode dar coisa boa.

Desesperada!

Estou completamente desesperada.

Por volta das 14:40H estava a enviar um email no trabalho e o outlook pede-me a palavra passe. Digitei a mesmam, recebo uma nova mensagem a dizer que a dita password estava expirada e que necessitava criar uma nova. Preenchi o quadro para actualizar a password e recebo uma mensagem que me diz que não tenho permissão para alterar a password e que terei de contactar um administrador.

Abri um ticket e estou a aguardar que alguém me ligue e me resolva o problema. Uma das colegas disse-me para enviar um email para um colega espanhol que nos resolve tudo prontamente mas eu não tenho email. Estou aqui à duas horas a olhar para o ecrã à espera que algum indiano, com uma pronuncia inglesa horrível, me ligue.

Tenho bastantes coisas para fazer e estou parada. Juro que não percebo esta empresa, queremos trabalhar mas burocracia é tanta que trabalhar é quase impossível. Já me aconteceu ter um colega de informática, ligado remotamente ao meu computador, a tentar resolver um problema e apercebemos-nos que ele também não tem permissões para mexer. Resumindo ele próprio teve que abrir um ticket para ter permissões para depois me resolver o meu ticket. Acham isto normal... Eu não acho.

Brincar na rua

Estou aqui deitada às escuras no sofá com as janelas abertas a desfrutar de uma brisa fresquinha que entra e do som das crianças a brincar na rua. Dou por mim de sorriso nos lábios a recordar o tempo em que também eu brincava na rua. Eram tempos maravilhosos em que as aulas acabavam, o calor apertava e a noite convidava à saída.

As casas mais pareciam fornos de tão quentes pelo que corríamos para a rua. Éramos um grupo de cerca de 15 crianças que nos juntávamos a jogar à bola, ao mata, à apanhada ou às escondidas. Por vezes sós, outras acompanhados por alguns pais, deixávamos-nos ficar até as tantas no fresquinho da noite. Não havia necessidade de casacos mais não fosse por causa de toda a correria. Como não havia aulas podíamos ficar sem recolher obrigatório, voltávamos a casa perto das duas da manhã, adormecíamos exaustos mal caímos na cama já não importava o calor.

Recordo estes tempos com saudades, foram tempos fenomenais. Recordo estes tempos com pesar por todas as crianças que não sabem quão bom é brincar na rua. Contudo hoje tive esperança pelas nossas crianças. Afinal não está tudo perdido, quem sabe daqui por dois ou três anos não serão os meus que brincarão aqui na rua. Talvez os possa deixar ir para que vejam que há mais na vida que televisão e videojogos. Por vezes as coisas melhores são também as mais simples.

Um menino muito especial

No outro dia parei o carro à porta do café e disse ao Guilherme que fosse comprar pão. Viu entrar no estabelecimento e esperei ansiosa, saiu passado um minuto e pensei que não tinha conseguido. Contudo olhei para ele e vi que trazia um saco de papel, entrou no carro, entregou-me o pão e o troco e eu fiquei eufórica. Assim que cheguei a casa corri a contar ao pai que ficou igualmente feliz. Vocês perguntam tanta excitação porque? E eu passo a explicar.

Resolvi falar-vos um pouco sobre o meu Guilherme que é a criança mais carinhosa do mundo. Foi um bebé calmo e fácil de criar, até aos 2 anos e meio nunca notei nenhum problema com o menino. Por volta desta altura comecei a estranha o menino não falar, questionei a médica que me disse para não me preocupar porque ainda não era tarde. Passaram-se mais uns tempos e o Guilherme nada de falar, fui à consulta dos 3 anos e tornei a referir à medica as minhas preocupações. Mais uma vez a médica desvalorizou a situação,perguntou-me se quando o chamava ele não vinha. Eu respondi que sim mas bati o pé pois não me parecia normal que ele não dissesse nada. Fomos então encaminhados para o Otorrino, a Drª que nos atendeu perguntou-me o que me preocupava. Eu referi que o Guilherme comunicava por sons e que não dizia nada de nada, nem mãe, nem pai, nem água...

Fizeram então exames ao menino e diagnosticaram-lhe otites cerosas. Foi-me explicado que este tipo de problema causa muita confusão na cabeça da criança porque a criança tão depressa ouve como de seguida não ouve. Passaram-me um tratamento para fazer durante um mês e depois faria um mês de pausa e seria reavaliado, existia a possibilidade de ter que ser operado.

Passou-se um mês e notamos logo uma diferença enorme, já começava a falar se bem que com muita dificuldade. Entretanto começou a frequentar a  pré-primaria. Gostava muito da escola e estava sempre desejoso de lá ficar.

Passados poucos dias fui convocada pela educadora da pré-primaria. Estavam muito preocupadas porque o Guilherme não falava nada, passava o dia todo sem abrir a boca e queriam saber se ele era assim em casa .Aparentemente estava bem enquadrado, brincava com as crianças todas mas sem abrir a boca. Vim de lá preocupada e resolvi conversar com o meu filho. Quando lhe perguntei porque é que não falava na escola respondeu-me que os meninos lhe tapavam a boca e diziam que ele não sabia falar. Fiquei estupefacta bem sei que as crianças são cruéis, em parte devido à sua inocência, mas eu não estava preparada para aquilo. O minha primeira reacção foi pensar em tira-lo da escola mas depois reflecti melhor e verifiquei que não seria a solução ideal.

À noite conversei com o marido e decidimos que o devíamos deixá-lo travar as próprias batalhas. Explicamos-lhe que devia falar se quisesse e não devia deixar que o impedissem. Dissemos-lhe que não havia mal em não falar correctamente pois ainda estava a aprender e logo logo estaria a falar sem problemas. Estava a fazer terapia da fala uma vez por semana e as expectativas estavam elevadas (por norma esta terapia é feita um pouco mais tarde, no inicio da primária, mas como ele tinha tanta dificuldade a terapeuta não pensou duas vezes).

Voltamos ao Otorrino e continuava tudo na mesma, repetimos a medicação e ficamos a aguardar a operação. Foi chamado em Fevereiro e a operação correu bem.

Por esta altura fui novamente chamada à escola. A educadora disse-me que o Guilherme estava um pouco melhor mas estava preocupada pois ele estava sempre a abanar-se ou a mexer as mãos e os pés. Pediu-me que o levasse a uma consulta de desenvolvimento e forneceu-me um relatório.

Fomos à consulta de desenvolvimento, o menino foi avaliado e deram-nos papeis que deveríamos trazer preenchidos. Preenchemos os que eram para os pais e entregamos os que eram para a educadora. Voltamos a uma consulta um mês depois com todos os documentos e foi nos dito que o Guilherme era ligeiramente hiperactivo e tinha défice de atenção. Teria que ser acompanhado na consulta de forma a verificarem a sua evolução. Foi-me dito que teria que ser medicado mas que costumavam adiar essa medicação até à entrada na primária. Devo dizer que foi muito difícil para mim ouvir isto tudo, então eu que sou quase anti-medicação. Só pensava se o menino seria assim por algum erro nosso.

Da consulta de desenvolvimento encaminharam o Guilherme para uma consulta de medicina de reabilitação física pois tinha adquirido um vicio de caminhar em bicos dos pés. Foi a melhor coisa que poderia ter acontecido ao Guilherme. Deparamos-nos com uma doutora fabulosa que viu no Guilherme o que eu via como mãe, viu como ele era esperto, atencioso e meigo e que decidiu que devíamos lutar pelo Guilherme. Tratou de lhe arranjar terapia ocupacional não só para o ajudar a caminhar melhor como na motricidade fina.

Passamos a ir à terapia duas vezes por semana, a terapeuta é uma pessoa fantástica que ajudou imenso o Guilherme. Fizeram-lhe uma talas para os pés para ele dormir de noite, tinham como objectivo forçar o pé a estar na posição normal contrariando assim a posição de bicos de pés. Infelizmente o Guilherme fez um eczema nas pernas e não pode usar as talas. De qualquer forma a terapia aos poucos foi conseguindo ajudá-lo.

Passados uns meses voltamos à consulta de medicina de reabilitação física para uma reavaliação. O Guilherme estava muito melhor dos pés mas continuava muito tímido. Era incapaz de manter contacto visual ou dialogo com pessoas estranhas. Por vezes isto até acontecia com pessoas conhecidas mas com quem tinha menos contacto, principalmente adultos. A doutora disse-me que o menino deveria fazer psicologia e que poderia faze-la ali caso eu estivesse interessada. Claro que acedi e começamos uma nova consulta.

O inicio da psicologia correu muito bem, curiosamente o Guilherme nunca se mostrou tímido com a doutora, iniciou dialogo com ela logo na primeira sessão. E a partir dai foi vê-lo florescer. Íamos ao hospital  todas as quartas e sextas feiras. Ás quartas fazíamos terapia ocupacional. Ás sextas começávamos com terapia de fala, seguíamos para a terapia ocupacional e depois psicologia. Eu andava estafada de correr para o hospital, correr para o trabalho, correr para casa. O Leonardo tinha pouco mais de uma ano e precisava de atenção. O marido trabalhava à noite entre 10 a 12H seguidas pelo que nem tinha coragem de lhe pedir nada. Mas depois começaram a vir os resultados e eu ganhei novo animo. A cada semana eu via-lo crescer e o meu coração transbordava de orgulho.

Continuámos estas terapias vários anos. Primeiro teve alta da terapia da fala. De seguida teve que deixar a terapia ocupacional quando eu entrei em gravidez de risco dos gémeos. Já não voltou a frequentar pois tanto eu como a terapeuta, que o seguia actualmente, não vimos necessidade. Mantém a psicologia que tanto o ajuda no dia a dia.

Não deixou de ter hiperactividade, não deixou de ter défice de atenção mas tenho orgulho em dizer que não toma medicação. Fui a semana passada receber as notas e passou para o terceiro ano com Bom a Português, Bom a Estudo do Meio e Muito Bom a Matemática. Conseguiu isto tudo sem medicação e com muito trabalho. Só posso agradecer as maravilhosas profissionais que o acompanharam e ajudaram a desabrochar pois sem elas nada disto teria sido possível. Agradeço também à professora fantástica que o acompanhou nestes dois primeiros anos.

Em Setembro começamos numa nova escola, um novo desafio mas estou certa que o vai superar como a todos os outros. Digo-lhe sempre que não há nada no mundo que ele não seja capaz de fazer só tem que ter força de vontade. Não consigo e desisto são palavras que não existem no nosso vocabulário.

Percebem agora o meu orgulho quando o vejo conseguir fazer um simples recado? Foi mais uma pequena vitória.

 

 

 

Uma das vantagens de só ter rapazes

No sábado fui ao cabeleireiro  fazer novo alisamento ao cabelo porque o anterior já era. Os mais velhos quando me viram arranjada perguntaram onde é que eu ia, respondi que ia arranjar o cabelo e claro que não ouve pedidos para ir comigo. Se fossem meninas possivelmente teria que as levar comigo, assim pude ir sozinha.

Deixem que vos diga que me soube maravilhosamente. Eu que adoro andar com os miúdos todos atrás e que odeio cabeleireiros, dei por mim a desfrutar de uma horas de calma. Não tinha milhentas coisas para fazer, não tinha que estar com mil olhos a vigiar as crianças todas. Ao final da tarde já estava despachada passei no supermercado a comprar umas coisas e segui para casa.

Meti a chave à porta e assim que a abri deparei-me com os mais velhos. Assim que ouviram a porta correram para me receber. Tive logo direito a elogios, disseram que eu estava linda e que tinham tido saudades minhas. O Leonardo queria dar-me um beijo mas disse que não me via as bochechas, afastei o cabelo para receber o beijinho e ele diz-me para ter cuidado para não estragar o penteado.

O mais velho começou a dizer ao pai se já tinha visto como eu estava linda, o marido estava com um dos gémeos a dormir ao colo pelo que não se podia mexer. Depois também me elogiou mas queixou-se de ter demorado tanto tempo. Não passa sem mim, nem ele nem os filhos.  Acho que tenho que sair mais vezes, assim recebo mais beijinhos e abraços.

 

 

Pedido dos filhos

Os dois mais velhos andaram a semana toda a melgar que queria rolo de carne. Houve um dia que dia em que o Leonardo até nem queria comer pizza só queria rolo de carne, santa paciência, já não o podia ouvir. Por norma as crianças pedem pizza, hambúrgueres ou batatas fritas. Os meus pedem massa, se eu deixasse comiam massa 7 dias por semana. Pedem almôndegas, lasanha, arroz de frango mas principalmente o rolo de carne. Simplesmente adoram. Finalmente comprei os ingredientes e fiz o tão famoso rolo de carne. Posso dizer que de rolo com 1,300g sobrou um terço depois de comermos os 4. Ficam as fotos do rolo com arroz no forno e cenoura assada.

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Zoomarine

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Durante as férias fomos passar um dia ao Zoomarine. O pai ficou em casa com os gémeos, pois consideramos que era um crime levar duas crianças pequenas ainda por cima com o calor que estava. Fui eu com os dois mais velhos e alguns amigos. Passamos um dia muito bom, tirando o calor que nos fazia destilar. Começamos por ver o espectáculo dos golfinhos e quando acabou já estávamos todos semi despidos, os meninos escorriam água. Para mim é o melhor espectáculo de todos, rimos imenso com a animação antes do espectáculo começar. Os animadores fizeram todo os tipo de piadas no ecrã gigante, desde Kiss Câmera a colocarem perucas nas pessoas, caricaturas e máscaras, as pessoas claro entraram na brincadeira independentemente da nacionalidade. Depois do show seguimos para o espectáculos dos pássaros tropicais. Quase que não prestamos atenção a nada, os garotos só perguntavam pela piscina. Assim que acabou a apresentação corremos para as piscinas onde nós refrescamos. A piscina das crianças têm um parque infantil dentro de água, os meninos escorregam directamente para a água que tem uma fundura de 50 cm. Para além disso tem um balde por cima que vai enchendo de água, quando está cheio tomba e molha tudo. Os miúdos ficavam à espera só para levar banho. Andamos cerca de uma hora entre as piscinas e os repuxos que fizeram um sucesso, aliás o sucesso foi tanto que quase não conseguíamos sair para comer. No fim o estômago venceu a batalha e fomos almoçar. Depois do almoço vimos o museu/aquário onde estava uma temperatura frigorífica, nem apetecia sair. De seguida fomos ver a apresentação das aves de rapina, engraçada mas é pena não haja sombra nas bancadas. Corremos para a exposição dos dinossauros. Tivemos que esperar um pouco, estava uma escolinha para entrar à nossa frente, mas valeu a pena. Os miúdos saíram de lá encantados afinal qual é o rapaz que não adora dinossauros. Seguimos para o show dos piratas que, para mim foi, o mais fraquinho de todos, se soubesse que era assim teria aproveitado o tempo, que já estava a ficar curto, para fazer outra coisa. Depois uma volta rápida no Rapid River, corremos para os leões marinhos. Quando chegamos o show já tinha começado. Gostei bastante, para mim é o segundo melhor espectáculo.

Entretanto já eram cinco horas, já só tínhamos mais uma hora para aproveitar. Levamos os miúdos para a praia ( piscina de ondas) e fomos andar nos escorregas. Um deles já estava fechado, tinha encerrado às 17h para grande pena nossa. Corremos para o outro eu andei no escorrega claro pois era descoberto e achei o outro um pouco claustrofóbico. O meu Guilherme quis experimentar o verde e adoro, saiu de lá a dizer que tinha luzes no interior o que me entusiasmou. Subimos as escadas para andarmos novamente mas surpresa já estava fechado. Encerrava as 17:30h. Olhamos para a praia e já não havia ondas, os nadadores salvadores estavam a mandar todos sair. O mesmo se passava nas piscinas. Vestido-nos muito contrariados e fomos saindo. Consegui comprar um gelado ao meninos mas foi uma sorte porque já estava tudo fechado. Se alguém quisesse algo para comer não tinha onde comprar. Tínhamos pensado em comprar alguma recordação no fim mas depois de vermos tudo fechado já não compramos nada. É a política do parque mas a meu ver só perdem com isso, as pessoas tentam aproveitar tudo ao máximo e deixam as comprar para o fim, se já está tudo fechado já não compram. Até sou da opinião que para a exorbitância que pagamos deveriam estar abertos mais um pouco, poderiam fechar as 20h que era muito mais aceitável.Quando estivemos na Isla mágica foi muito diferente andamos nas diversões até o parque fechar e fizemos compras depois. As pessoas saíram ordeiramente não foi necessário colocar ninguém na rua, simplesmente anunciaram pelos altifalantes que o parque estava a fechar e pediram-nos que saíssemos. Resumindo foi um dia bem passado mas não conseguimos ver tudo. Vale a penar comprar o bilhete para o segundo dia por 8€, nós só não o fizemos porque vínhamos embora. Foi um sucesso para os miúdos e em geral os miúdos crescidos também se divertiram. O Leonardo não para de perguntar quando é que lá vamos outra vez.

De volta a casa

 

 

 

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Tivemos um começo atribulado. O Salvador caiu da nossa cama no sábado de manhã. Deve ter descido da cama, como já sabe fazer, mas depois faltou-lhe as forças nas pernas e bateu com a boca. Quando cheguei ao pé dele estava a deitar sangue da boca, o marido stressado  como é começou logo a dizer que tínhamos de ir para o hospital com o menino. Eu acalmei o menino, limpei-lhe a boca e vi que só tinha um pequeno golpe no lábio. O pai fez-lhe gelo, dei-lhe o leite e mamou bem pelo que vimos que tinha sido apenas um susto. 

Metemos tudo no carro e iniciamos o caminho. Os gémeos dormiram a primeira hora e meia de caminho mas quando acordaram não se calavam. Acabei por ir o resto da viagem espremida entre eles e mesmos assim estavam sempre a resmungar. Só levantavam o rabo da cadeira como quem diz, deixa-me sair. Custou mas chegamos. Fomos almoçar e depois seguimos para a casa. Tínhamos combinado entrar as 15h mas quando lá chegamos a casa ainda não estava pronta. Esperamos quase uma hora até que finalmente o Sr. nos veio entregar a chave, desculpou-se que casa tinha ficado muito suja das pessoas anteriores e por isso tinha demorado mais tempo. Claro que preferia esperar e encontrar a casa limpa mas não foi isso que aconteceu. Assim que pus os meninos no chão ficaram com as pernas todas pretas. O sofá estava sujo, os armários colavam e a loiça cheirava a gordura. Até um copo meio de agua encontrei no armário. 

Só me apetecia pegar nas malas e vir-me embora mas claro que não valia a pena. Fui as compras, comprei produtos de limpeza e passamos o resto da tarde de sábado a limpar. Limpei o mínimo e indispensável, apenas o que necessitávamos para usar. Lavei alguma roupa de casa que tinham, tapei o sofá com duas mantas que tinha levado para as camas dos mais velhos, caso as noites estivessem frescas. 

Depois disso a casa ficou mais apresentável. A TV estava limitada a 16 canais, os quatros portugueses principais e os restantes todos estrangeiros, o único canal de bonecos era alemão o que não agradou aos meninos. Contudo como passávamos quase os dias todos fora de casa os bonecos acabaram por não fazer falta.

Levamos um dia ou dois a adaptarmos-nos, os gémeos andaram mais chorões, os mais velhos andaram eufóricos mas depois entramos em velocidade cruzeiro e desfrutamos de algum descanso. Tivemos muito tempo em família, coisa que tanta falta nos faz. Desfrutamos da piscina e da belíssima praia da rocha. A agua estava boa, o tempo agradável. A praia estava sempre limpa, cheia de pessoas muito simpáticas, só é pena termos que descer e subir uma escadaria considerável, com os gémeos ao colo, para lá chegarmos.

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Voltamos no domingo a casa. A casa estava toda desarrumada devido as pinturas. Arrumar a casa, as malas. Ir as compras. Pilhas de roupa para lavar e depois pilhas de roupa para passar. O marido já disse que nunca mais vamos de férias para uma casa. Isto de ter de levar lençóis, toalhas, panos da loiça.... só ajuda a piorar a situação. Para além disso temos que ir buscar comer, por a mesa, levantar a mesa, por a loiça na maquina, tira a loiça da maquina, varre o chão, lava o chão. No fim a rotina é a mesma mas noutra casa. Não estou a desdenhar, souberam muito bem mas poderiam ter sido um pouco melhor. Para os meninos foram as melhores ferias do mundo. O Leonardo veio mais calmo, ainda faz algumas birras mas em muito menos escala.

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